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11 de novembro de 2021
Depois que passamos pela pandemia de COVID-19, sabemos mais sobre os EPIs e sua importância na proteção dos trabalhadores da saúde. Dentro do ambiente de laboratório, no entanto, o uso desses equipamentos sempre foi necessário.
Quer entender o que são os EPIs, o que diz a lei brasileira sobre seu uso e quais são os principais equipamentos para se ter em laboratório? Neste artigo falamos tudo o que você precisa saber sobre o assunto!
Equipamento de Proteção Individual (EPI) é qualquer produto que proteja o trabalhador ao fazer tarefas que coloquem sua segurança e saúde em risco. O uso desses equipamentos é obrigatório desde que a lei 6.514 da CLT foi aprovada, em 1977.
Em ambientes de trabalho que apresentem perigo ao bem-estar dos funcionários, a distribuição dos EPIs deve ser gratuita e para todos. Assim é possível evitar acidentes, riscos de contaminação e o contato direto com substâncias químicas.
Ou seja, qualquer empregador correto deve respeitar as regras de Segurança do Trabalho. Trata-se de um conjunto de medidas de prevenção garantidas pelo Governo Federal. Assim os colaboradores ficam protegidos e se reduz os custos com acidentes de trabalho, incluindo gastos com processos judiciais.
A Norma Regulamentadora Nº 6, que foi publicada em junho de 1978, define quais são as obrigações dos empregadores, funcionários e fornecedores no que diz respeito ao uso e venda dos EPIs.
De acordo com a norma, são autorizados para uso apenas equipamentos que tenham um Certificado de Aprovação. Esse documento é feito pelo Ministério do Trabalho e garante que o produto está de acordo com as regras de proteção. Para fins de identificação, todos os EPIs devem ter o número do lote de fabricação.
Acima de tudo, é dever do empregador garantir todos os EPIs necessários a seus funcionários. Os produtos devem estar em perfeito estado e prontos para uso, assim como a entrega deve ser registrada. O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) é quem faz a lista dos equipamentos que serão distribuídos.
Além disso, também cabe à empresa exigir o uso dos produtos durante o horário de trabalho. O ideal é realizar treinamentos para reforçar a importância dos EPIs e fazer a substituição de qualquer equipamento que seja perdido ou sofra danos. A limpeza e manutenção dos produtos deve ser feita de tempos em tempos, para seguir a norma de proteção aos usuários.
Da mesma forma, é papel do funcionário se preocupar em sempre usar os EPIs quando desempenhar funções que apresentem risco a sua saúde e segurança, bem como se responsabilizar pela guarda e conservação. Se acontecer de algum EPI se tornar impróprio para uso, o colaborador deve informar o problema ao empregador.
Se a norma não for cumprida, contudo, a empresa corre o risco de ser fechada. Também pode sofrer processos cíveis e trabalhistas, além de estar sujeita a multa. O valor da multa varia de acordo com o tipo de ocorrência.
O colaborador que não seguir as regras de uso dos EPIs pode levar advertências, ser suspenso e até mesmo ser demitido por justa causa.
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Agora que sabemos o motivo do uso dos EPIs no ambiente de trabalho, veja quais são os equipamentos certos para garantir a segurança dentro do laboratório.
Dentro do laboratório os técnicos costumam trabalhar em bancadas altas, que estão na altura do tronco. Tudo pode acontecer, inclusive respingos e derramamento de amostras. O uso do jaleco serve para impedir o contato de fluídos químicos com a pele, evitando assim que sejam absorvidos.
A orientação padrão é que os jalecos sejam de manga longa, para cobrir ao máximo os membros do técnico. É obrigatório que tenham elástico nos punhos, para proteger os braços por inteiro. O material deve ser resistente, não-inflamável e impermeável. Os jalecos feitos de algodão ou fibra sintética são os mais usados.
O jaleco deve estar sempre fechado durante o trabalho no laboratório. Os botões devem ser de pressão ou de velcro, assim basta um puxão para abrir após o uso, já que o ato de desabotoar pode causar contaminação através das mãos. A indicação é que o jaleco não tenha bolsos, tanto superiores quanto inferiores.
A região dos olhos é uma das partes mais sensíveis do nosso corpo. Está sempre exposta ao ambiente, ainda mais no laboratório, onde se mexe com substâncias tóxicas e materiais que soltam partículas. Quando trabalhamos com produtos químicos, não usar óculos de proteção é um risco sério.
Existem vários tipos de óculos de proteção. O material e o formato variam conforme o trabalho que será desempenhado. No laboratório, o ideal é que o material dos óculos seja resistente a corrosões. O equipamento deve estar ajustado ao rosto do técnico, sem ficar apertado ou frouxo demais. A ideia é proteger a região dos olhos por completo.
A pandemia de COVID-19 nos ensinou a importância das máscaras para a proteção de doenças respiratórias, que são transmitidas pelo ar. Do mesmo modo, há risco de inalação de vapores tóxicos e partículas de materiais dentro do ambiente de laboratório.
Há máscaras feitas de diversos materiais e em modelos diferentes, que podem ou não contar com filtros. Avalie o nível de proteção necessário para escolher a melhor para o uso. Quanto mais tóxicas forem as substâncias analisadas, maior deve ser a proteção que a máscara oferece.
Não tem como trabalhar em laboratório sem usar as mãos. Elas são o principal instrumento que os técnicos têm para mexer com equipamentos e analisar substâncias. Usar luvas é crucial para evitar que a pele entre em contato com soluções químicos.
Os tipos de luvas mais usados são:
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NORMA Regulamentadora Nº 6 (NR-6). Governo Federal, 2021. Acesso em: 21 set. 2021.
OLIVEIRA, A. F. Tudo o que você precisa saber sobre segurança do trabalho. Beecorp, 2021. Acesso em: 21 set. 2021.
EPI para uso em laboratório químico: quais são os principais. Volk do Brasil, 2020. Acesso em: 21 set. 2021.
LEI do uso de EPIs: entenda as penalidades para quem não cumpre. Volk do Brasil, 2019. Acesso em: 21 set. 2021.
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