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11 de abril de 2022

Preços do esterco aumentam

O Brasil segue sentindo os efeitos da guerra na Ucrânia. O conflito causou alta e escassez dos fertilizantes químicos, provocando uma corrida dos produtores rurais em busca de esterco de bovinos, aves e suínos para adubar as lavouras este ano. Consequentemente, os preços dispararam.

A Usina Narandiba, da Cocal, fica a 90 quilômetros de Bastos, região com a maior concentração de produção de ovos em São Paulo. Apesar de acompanhar o custo do esterco subir desde 2021, a Cocal ainda vê o produto como uma alternativa que vale a pena.

Hoje, 1 tonelada de esterco de aves, que substitui os fertilizantes nitrogenados, corresponde a 10% do custo que a empresa teria com o adubo químico. Há um ano, essa equivalência era de 5%.

Em Presidente Prudente (SP), onde a Cocal tem outra usina, a empresa troca bagaço de cana e leveduras, que podem ser utilizados como ração para bovinos, pelo esterco de confinamentos de gado.

O preço do esterco já vinha em alta desde 2021, acompanhando a valorização dos fertilizantes químicos. Segundo a consultoria Pecege, a tonelada do esterco de galinha passava de R$ 300 em dezembro, mais que o dobro do valor de janeiro de 2021.

A demanda por esterco está aumentando tanto entre produtores de cana como de grãos e outras culturas, provocando escassez do resíduo nessas regiões. Comprar de regiões distantes é mais complicado, já que o uso do esterco exige volumes muito grandes e o custo adicional do frete precisa ser considerado.

Segundo Pedro Barbosa, gerente agrícola da Usina Denusa, se todos os produtores buscarem esterco de aviários e confinamentos, não haverá volume suficiente no país para todos, já que a demanda seria maior que a geração de resíduo.

Matéria adaptada de notícia original, feita pela Valor Econômico.

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