Arquivos testes de superfície por atp | Cap-Lab
x

Rastreamento de Cargas




Publicado em Deixe um comentário

Qualidade da Água: saiba as definições, como analisar e por que é indispensável

técnico analisando a qualidade da água

Nós precisamos de água para tudo no nosso dia-a-dia: hidratação, higiene, agricultura, industrialização e muito mais. Por isso, garantir sua qualidade é prioridade para a gestão de recursos hídricos dos países.

O Brasil, por exemplo, tem cerca de 12% de toda a água doce disponível no planeta. Cada uso demanda padrões diferentes de qualidade, e por isso foram criados os métodos de análise e tratamento da água.

Visto que a qualidade da água é um tema complexo, nosso trabalho neste texto é descomplicar o máximo possível para você. Vamos começar?

 

 

O que define a qualidade da água?

A água é, sem dúvida, um dos compostos mais importantes da história do ser humano sobre a Terra. Sem ela não há saúde, economia ou qualidade de vida, afinal. É a água que dá vida às plantações, permite a fabricação de vários produtos e hidrata o nosso corpo.

O recurso natural mais precioso do planeta tem uma composição harmoniosa, e por isso permite o crescimento de uma fauna e flora próprias, com realização de fotossíntese e disposição de nutrientes. Além disso, atua também como solvente universal quando está no estado líquido.

Por ser tão completa, é natural que a água tenha diversas aplicações em nosso cotidiano. Mas ela não deve ser a mesma para todos os seus usos.

É aqui que entra o conceito de qualidade da água: do ponto de vista prático, é a análise das suas propriedades físicas, químicas e biológicas. Dessa forma, é possível descobrir qual é a água ideal para cada tipo de uso.

 

O que compromete a qualidade da água?

Por causa da sua fluidez, a água consegue dissolver e se misturar com inúmeros elementos e substâncias. Sendo assim, basta entrar em contato com um material ou ambiente para que ela carregue um pouco deles em sua composição.

A água mineral, por exemplo, leva esse nome porque tem origem em aquíferos cercados de materiais rochosos. Uma vez que as rochas soltam minérios, a água os incorpora. Neste caso, são substâncias que fazem bem à saúde de quem beber. Mas, é claro, nem tudo são flores.

 

Principais categorias de contaminantes da água

A presença desses materiais pode causar alterações nos parâmetros físico-químicos da água, de tal forma que coloca a sua conformidade em cheque. Mas se a água incorpora tanta coisa ao mísero contato, o que deve ser monitorado?

Para responder a esta pergunta, em primeiro lugar precisamos saber mais sobre os órgãos responsáveis pela água no Brasil. Em seguida, quais são os marcos legais da legislação sobre o tema e os padrões de qualidade que foram estabelecidos.

 

Quais são os padrões de qualidade da água no Brasil?

Quem cuida da água no Brasil é o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH), que foi criado através da Lei Federal nº 9.433, de 1997.

O SINGREH conta com a participação de órgãos executivos e deliberativos, alguns em âmbito nacional e outros de dimensões estaduais. Algumas das funções desses órgãos são, por exemplo, a regulação de contratos e o controle das operações que envolvam água.

Por outro lado, a entidade responsável pela classificação das águas disponíveis em todo o Brasil é o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). São três tipos de águas brutas: as doces, as salinas e as salobras, que são divididas em classes que orientam seus usos.

 

A partir da divisão das classes da água, o CONAMA mapeou os usos para os quais o recurso é destinado. Sendo assim, os usos são divididos em duas categorias:

 

Resoluções do CONAMA sobre a água

As resoluções do CONAMA contam com tabelas de padrões de qualidade, a fim de listar os parâmetros e seus valores máximos permitidos. Eles devem orientar as análises de conformidade da água, segundo a classe à qual ela pertence. As mais relevantes são:

 

Quais são os principais usos da água no Brasil?

 

Abastecimento doméstico

É a água que usamos para beber, tomar banho e cozinhar, entre outras funções. É dependente de estações de tratamento de água e análises da qualidade para consumo humano.

Mesmo que as águas destinadas para este abastecimento sejam das classes mais altas entre os recursos hídricos, a lei diz que é obrigatório que ocorra um processo de desinfecção. Pode ser de tratamento simplificado ou convencional.

A orientação é seguir os padrões de potabilidade da água estabelecidos pela Portaria de Consolidação nº 5, criada em 2017 pelo Ministério da Saúde e que foi parcialmente alterada pela Portaria nº 888, de 2021.

 

Abastecimento industrial

Pode ser usada como matéria-prima e como solvente, além de ser parte importante dos procedimentos de higienização. A orientação é, acima de tudo, não possuir substâncias e organismos que façam mal à saúde. Também deve ter baixa dureza e baixa agressividade.

No caso da indústria de alimentos, manter o controle de qualidade da água é importante para a conformidade do produto final. Por isso, é recomendado que as fábricas de alimentos contem com suas próprias estações de tratamento de água, se for posível.

 

Irrigação

É o maior uso da água em território nacional, já que corresponde à metade do que é retirado dos recursos hídricos. Visto que é enviada para a atividade agrícola, a quantidade varia dependendo do tipo de cultura, solo, relevo, clima e equipamentos utilizados.

Desse modo, a orientação geral é que tenha baixa dureza, agressividade e salinidade. Além disso, deve ser isenta de substâncias químicas e organismos prejudiciais à saúde, ao solo e às plantações.

 

Uso animal

É a água que vai para o desenvolvimento da pecuária, aquicultura e pesca. A quantidade destinada varia dependendo do tipo da cultura, sendo que 87% da demanda corresponde à criação de bovinos.

Para que a água não faça mal à saúde dos animais, a orientação é que não contenha substâncias químicas e microrganismos patogênicos. Dessa forma, é possível garantir a conformidade dos produtos finais.

 

Preservação da fauna e flora

Voltadas para a preservação das comunidades aquáticas em território nacional, é uma demanda atendida por classes de águas doces, salobras e salinas. Seu padrão de qualidade varia de acordo com os requisitos ambientais da fauna ou flora que se deseja conservar.

 

Recreação e lazer

São as águas direcionadas para o turismo náutico, prática de esportes aquáticos e outras usos. De acordo com as legislações do CONAMA, são catalogados dois tipos de recreações:

Assim como qualquer recurso hídrico direcionado para uso humano, as águas para recreação e lazer não devem conter substâncias químicas ou organismos prejudiciais à saúde. Além disso, também é orientado que possuam baixos teores de sólidos em suspensão, óleos e graxas.

 

Geração de energia

São as águas voltadas para o funcionamento de usinas hidroelétricas e termelétricas. De acordo com a orientação geral, as águas direcionadas para geração elétrica devem ter baixa dureza e agressividade.

 

 

Índices de Qualidade de Água usados no Brasil

Cada uso de água demanda critérios diferentes de qualidade. O CONAMA permite o uso de índices personalizados para que os órgãos estaduais façam a análise das águas. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), são sete os principais índices utilizados no Brasil:

  1. Índice de Qualidade das Águas (IQA): criado pela National Sanitation Foundation, órgão que fiscaliza recursos hídricos nos EUA. Avalia a qualidade da água para uso doméstico.
  2. Índice do Estado Trófico: verifica a presença de nutrientes na água, visto que podem incentivar a proliferação de algas e presença de odores fortes quando estão em altas quantidades .
  3. Análise de Balneabilidade: mede a qualidade da água para uso recreativo em praias, lagos e rios.
  4. Qualidade de Água para a Proteção da Vida Aquática (IVA): análise das propriedades da água para a fauna e flora aquáticas.
  5. Índice de Qualidade da Água Bruta para Fins de Abastecimento Público (IAP): desenvolvido no Brasil, aprimora o IQA e adiciona outros parâmetros de análise, como a presença de substâncias tóxicas, ou que afetem sua qualidade para os sentidos humanos.
  6. Qualidade de Água em Reservatórios (IQAR): critério que analisa os parâmetros da água em reservatórios de abastecimento.
  7. Índice de Contaminação por Tóxicos: criado no Brasil, analisa parâmetros químicos que podem causar danos à saúde por ingestão da água.

 

Qual é o padrão de qualidade da água para uso em laboratório?

A água utilizada em laboratórios vem das fontes direcionadas para o abastecimento doméstico urbano. Apesar de ser retirada das classes mais altas dos recursos hídricos e tratada em estações, ela ainda não está adequada para o uso laboratorial.

Acontece que, mesmo depois do tratamento, a água ainda possui alguns elementos e substâncias. O flúor, por exemplo, é adicionado visando a saúde dental dos consumidores.

Já outros materiais, orgânicos e inorgânicos, são liberados pelo contato da água com as tubulações, tanques de estocagem e torneiras. Sem falar nos microrganismos, que estão por toda a parte. É por isso que, na rotina do laboratório, é preciso transformar a água potável em água reagente.

 

Qual é a diferença entre a água potável e a água reagente?

Pois é, a água boa para beber não é suficientemente pura para uso laboratorial. E nem poderia ser, já que a água reagente não é adequada para o consumo.

A água considerada potável tem íons e sais que são essenciais para hidratar o corpo humano. A água reagente, por outro lado, só passa a ser considerada pura se contém o mínimo, ou elimina todos eles.

 

 

Os íons, sais e microrganismos podem impactar nos resultados das análises, já que alteram a qualidade dos reagentes utilizados. Sendo assim, todo laboratório que se preze precisa trabalhar com métodos de purificação da água.

É por isso que a Cap-Lab comercializa dois métodos de purificação de água: destiladores e equipamentos de osmose reversa. A combinação dos dois métodos dá uma ótima água pura, que atende a maior parte dos procedimentos de rotina de um laboratório de análise.

Há dois tipos de destiladores disponíveis: o tipo Pilsen, que é instalado em paredes e possui capacidade para lidar com grandes fluxos de água, e o de bancada, que deve ser usado junto com carvão ativado para filtrar as impurezas.

Destilador de Água Tipo Pilsen

Destilador de Água de Bancada Osmose Reversa

 

Quais são os parâmetros para analisar a qualidade da água?

 

Parâmetros físicos

 

Temperatura

Variações térmicas vêm de causas naturais, não apenas da influência do sol e das estações do ano, como também pela ação humana. A temperatura afeta diretamente a tensão superficial da água e pode aumentar sua viscosidade, bem como impactar os organismos aquáticos.

 

Sabor, odor e cor

São parâmetros de alta importância para a distribuição de uso doméstico e industrial. Uma vez que a água não está insípida, inodora e incolor, há um indicativo da presença de microrganismos e resíduos orgânicos e inorgânicos.

 

Turbidez

Imagine, por exemplo, que você está tomando água em um copo de vidro transparente, sentado em um parque ao meio-dia. À medida que a luz do sol bate no copo, você repara que a água está com um aspecto turvo.

Isso acontece porque a luz tem dificuldade em atravessar as partículas em suspensão, que estão dispersas na água. A turbidez pode ser fruto do crescimento de bactérias ou da presença de sólidos.

 

Sólidos totais dissolvidos

É o parâmetro que mede a quantidade de solutos dissolvidos na água. Costuma identificar materiais como bicarbonato, sódio, magnésio, cálcio e cloretos.

Apesar de serem emitidos em fontes naturais, as principais razões para a presença de sólidos em água são contato com resíduos industriais, esgotos, produtos químicos e atividades ligadas a agricultura.

 

Condutividade elétrica

A água conduz eletricidade por causa dos íons em sua composição, geralmente vindos dos sais. Sendo assim, medir a condutividade da água ajuda a determinar com precisão seu grau de salinidade. Se o índice for alto, é indicativo da presença de contaminantes.

 

 

Parâmetros químicos

 

pH

É o potencial hidrogeniônico da água. É medido em uma escala que vai de 0 a 14, para que se classifique a substância como ácida, neutra ou básica/alcalina. Influencia na qualidade da água, dependendo do seu uso. Para beber, o pH ideal é entre 6 e 9,5.

 

Alcalinidade

É o parâmetro que indica o quanto a água consegue absorver substâncias ácidas sem que o pH se altere. É muito importante para a aquicultura e as estações de tratamento de água, já que ajuda a definir a quantidade de produtos químicos que serão utilizados.

 

Dureza

Quando há altas concentrações de sais, como cálcio e magnésio, ou metais bivalentes, a água é considerada “dura”. Ao ser utilizada, essa água pode manchar roupas, entupir canos e conexões, ressecar a pele e os cabelos, além de diminuir a vida útil de equipamentos.

 

Metais

Podem vir do contato natural da água com o solo e as rochas, mas também de resíduos industriais. Alguns, como o ferro e o manganês, causam alterações em parâmetros físicos da água. Outros, como o chumbo, são tóxicos e extremamente prejudiciais à saúde.

 

Fósforo e Nitrogênio

São nutrientes que, se estiverem em alta quantidade, facilitam o desenvolvimento de algas indesejadas. A presença de algas na água altera alguns parâmetros físicos, principalmente o sabor o odor.

 

Fluoretos

O flúor é colocado na água durante o tratamento para abastecimento doméstico, para ajudar na saúde bucal e manutenção da arcada dentária. No entanto, se estiver em altas quantidades, pode causar doenças, déficits cognitivos e até mesmo câncer.

 

Oxigênio dissolvido

A água, naturalmente, tem oxigênio dissolvido em sua composição. Sem o oxigênio, não há vida para os organismos aquáticos aeróbios.

A quantidade de oxigênio dissolvido depende da altitude e da temperatura de onde a água foi retirada. Também pode ser diminuído pela presença de matéria orgânica, já que isso coloca as bactérias para trabalharem na decomposição, consumindo muito oxigênio no processo.

 

Matéria orgânica

É primordial para a vida e nutrição de seres aquáticos, mas em grandes quantidades causam alterações em parâmetros físicos e químicos da água. Quanto mais matéria orgânica, mais o oxigênio dissolvido diminui, o que causa desequilíbrios ecológicos.

 

Componentes inorgânicos

Agrotóxicos, detergentes, cianetos e produtos químicos entram em contato com a água por causa de dejetos industriais e atividades extrativistas, como o garimpo e a mineração. Devem ser monitorados, pois são prejudiciais à saúde dos seres humanos e dos animais.

 

 

Parâmetros biológicos

Já que a água repleta de nutrientes, ela é um prato cheio para microrganismos de todas as classificações. Nas análises de qualidade, alguns devem ser acompanhados com atenção: as bactérias patogênicas e as algas.

As algas surgem em águas com excesso de matéria orgânica. Elas podem trazer alterações de sabor, cor e odor, reduzem o oxigênio dissolvido e interferem em processos de tratamento de água.

As bactérias patogênicas, por outro lado, são um perigo para a água destinada ao uso humano e animal. Indicativo de que houve contato com dejetos, podem causar doenças sérias como febre tifóide, cólera, gastroenterites e diarreias sanguíneas.

 

 

O que há no catálogo da Cap-Lab para analisar a qualidade da água?

 

Para análises físicas

Para verificar a cor da amostra de água, temos o Colorímetro Portátil Checker® Hanna HI727. Em análises de turbidez, o Turbidímetro Milwaukee Mi415 trabalha com uma faixa ampla de medições. Por fim, contamos com uma ampla linha de termômetros para definições de temperatura.

Colorímetro Portátil Checker HC Analisador de Cor de Água HI727

 

Turbidímetro Milwaukee MI415 Termômetro Digital com Sonda Checktemp HI98501

Há diversas opções para análise de cloro: os Analisadores Portáteis Checker® HC Hanna conseguem medir a quantidade de cloro livre, cloro total e cloro total faixa ultra alta. Entregam resultados rápidos, cabem no seu bolso e são simples de operar. Para essas medições, também estão disponíveis o Microquant® Cloro Livre Merck e os Fotômetros Milwaukee.

Analisador Checker para Cloro Livre Hanna

 

Microquant Cloro Livre Fotômetro Portátil para Cloro Total MW11

Para medir a condutividade elétrica da água, temos os condutivímetros de bolso HI98303 da Hanna e o CD601 da Milwaukee. Ambos possuem compensação automática de temperatura, mas são diferentes na faixa de medição e resolução.

Condutivímetro de Bolso Hanna HI98303 Condutivímetro de Bolso Milwaukee CD601

 

Para análises químicas

Os pHmetros Milwaukee contam com eletrodo de pH e uma sonda de temperatura, para compensação dos efeitos durante as medições. Há modelos de bancada, portáteis ou de bolso. Os eletrodos podem ser para amostras sólidas ou líquidas. Possuímos também pHmetros direcionados para aquarismo, tratamento de piscinas e aplicações robustas.

Caso o desejo seja uma análise mais simples, o Teste de pH 1-14,0 MQuant® Merck atende perfeitamente: são 100 tiras que entregam o valor do pH de forma semiquantitativa, a partir de uma escala de cores.

pHmetro de Bancada Milwaukee MW150 pHmetro Portátil Milwaukee MW105 pHmetro de Bolso Milwaukee Teste de pH MQuant Merck

Para medir o oxigênio em água, o Medidor de Oxigênio Dissolvido Milwaukee MW600 é um dos queridinhos do mercado. É portátil, possui uma estrutura robusta e conta com uma bateria com até 70 horas de uso contínuo.

Medidor de Oxigênio Dissolvido Milwaukee MW600

 

Para análises microbiológicas

Os Luminômetros Hygiena detectam trifosfato de adenosina, ou ATP, uma molécula de energia que pode ser encontrada em qualquer matéria orgânica. Através dos dispositivos AquaSnap Free e Total é possível monitorar a eficiência de limpeza em amostras de água vindas do processo de enxágue.

Para detecção de microrganismos, também é possível usar o MicroSnap: há testes para contagem total, Enterobactérias, Coliformes e Listeria. As amostras precisam de incubação, com resultados em menos de 24h.

Teste por ATP AquaSnap Livre e Total Luminômetro Hygiena EnSURE Touch Teste Microbiológico por ATP MicroSnap

Outra opção para as análises microbiológicas é a linha de meios de cultura granulados da Merck. Com foco exclusivo em Coliformes e E. coli, é possível fazer medições presuntivas com o Agar Cristal Violeta Vermelho Bile (VRB), e confirmativas com o Caldo EC ou o Caldo Verde Brilhante Bile 2%.

Para uma análise mais rápida e qualitativa de Coliformes e E. coli, também indicamos o Readycult® Coliforms 100 Merck. O pacote contém 20 testes, e um flaconete é o suficiente para 100mL de amostra de água.

Meios de Cultura Granulados Merck Readycult Coliforms 100 Merck

Outra opção para análise de microrganismos são as placas Compact Dry, que podem ser mantidas em temperatura ambiente e reduzem o espaço de estocagem em até 90%. Elas são transparentes e facilitam a contagem de colônias.

Compact Dry

 

Este post foi útil? Então dê uma olhada no site da Cap-Lab, onde você encontra mais informações e artigos para laboratório! Entre em contato com o nosso Departamento de Vendas em vendas@cap-lab.com.br.

 

 

Referências

CASTANHEIRA, A. C. Controle de Qualidade de Leite e Derivados. 2ª ed. São Paulo: Cap-Lab, 2010. 269 p.

GUERRA, M. G. et al. Disponibilidade e qualidade da água na produção de leite. Acta Veterinaria Brasilica, v. 5, n. 3, p. 230-235, 2011.

FERNANDES, A.; NOGUEIRA, M.; RABELO, P. Escassez e qualidade da água no século 21. Informe Agropecuário, v. 29, n. 246, p. 86-101, 2008.

GIRARDI, R; VENZON, P. T. Parâmetros de qualidade da água de rios e efluentes presentes em monitoramentos não sistemáticos. Revista de Gestão de Água da América Latina, v. 16. e. 2, 2019.

LÁZARO DA SILVA, J. C. A qualidade das águas superficiais e os principais critérios de avaliação. Goiânia, GO: Brasil Escola, c2022. Acesso em: 6 jun. 2022.

ANA – Agência Nacional de Águas. Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil. Brasília, DF: Governo Federal, c2021. Acesso em: 14 jul. 2022.

ANA – Agência Nacional de Águas. Indicadores de Qualidade – Índice de Qualidade das Águas (IQA). Brasília, DF: Governo Federal, c2022. Acesso em: 22 jul. 2022.

EOS CONSULTORES. Qualidade da Água: conheça os parâmetros de monitoramento no Brasil. Campo Grande, MS: EOS Consultores, c2022. Acesso em: 6 jun. 2022.

SANCHES, C. Como manter a qualidade da água nos laboratórios. São Paulo: LabNetwork, 2015. Acesso em: 21 jul. 2022.

Publicado em Deixe um comentário

Descubra tudo o que você precisa saber sobre Higiene na Indústria de Alimentos

luminômetro ensure touch hygiena, para monitoramento de higiene na indústria dos alimentos

É o que dizem: a saúde vem em primeiro lugar. Para sermos pessoas saudáveis temos que nos alimentar bem, ter bons hábitos de higiene e tomar cuidado com tudo o que comemos. Por isso, nada mais lógico que a higiene seja fundamental na indústria dos alimentos.

Já que responsável por toda a alimentação da população, a produção e a indústria dos alimentos precisam ter cuidados com a limpeza das suas instalações. Aliás, existem leis que exigem essas práticas.

Sendo assim, como fazer a higiene adequada em indústrias que trabalham com alimentos? O que dizem as leis brasileiras e internacionais sobre o assunto? E como fazer o monitoramento destes ambientes do jeito certo? Tudo isso você encontra neste texto! Vamos começar?

 

 

Qual é a importância da Higiene na Indústria de Alimentos?

A alimentação é, sem dúvida, a base da nossa vida na Terra. É graças ao consumo dos alimentos que temos energia para levantar da cama, que o nosso cérebro funciona e as nossas funções motoras estão em dia. Em outras palavras, alimentação é saúde e deve ser tratada como tal.

A comida é o combustível que o nosso corpo precisa para dar conta da rotina diária. Por isso, vamos ao mercado e compramos alguma coisa para comer. Depois, colocamos esse alimento para dentro do nosso organismo, que tira dele tudo o que possui. O bom e o ruim.

Nós devemos ter muito cuidado com os alimentos que ingerimos. Somos seres vivos, afinal. Quando comemos algo que não está bom para o consumo, podemos afetar seriamente a nossa microbiota intestinal. O trabalho dela, em resumo, é ajudar na absorção de nutrientes e estimular o nosso sistema imunológico.

O alimento é, portanto, um artigo de primeira necessidade. Esta é a razão para as boas práticas de higiene e fabricação serem tão importantes. É um tema de saúde pública, compete ao direito do consumidor e tem influência direta na imagem e no lucro dos produtores e comerciantes.

 

 

O que pode tornar um alimento impróprio para consumo?

Como dissemos acima, os alimentos são repletos de nutrientes. Assim como o nosso corpo usa desses nutrientes para se desenvolver e reter energia, os microrganismos fazem a mesma coisa. E eles estão por todos os lugares.

Todo alimento possui uma microbiota própria, ou seja, um conjunto de microrganismos em sua composição. Alguns não causam nada de mal, e até têm boas ações transformadoras, como é o caso dos “coadjuvantes de tecnologia”.

Os microrganismos deteriorantes, por outro lado, podem estragar o alimento. Por fim, entram em cena os patogênicos. Eles podem causar doenças a quem ingerir o alimento contaminado.

Algumas práticas inadequadas atraem microrganismos deteriorantes e patogênicos para os alimentos. Entre elas, podemos citar:

 

 

LEIA TAMBÉM: Microrganismos nos alimentos: como identificar e com quais a indústria deve se preocupar?

 

 

Qual é o papel da indústria na segurança dos alimentos?

É a indústria que escolhe a matéria-prima usada para fabricar os seus produtos. Sendo assim, é natural que seja responsabilidade da indústria a segurança dos alimentos que ela vende.

Para isso, devem ser tomadas uma série de medidas sanitárias nas instalações do setor, a fim de se evitar danos à saúde do consumidor.

Vale lembrar que as pessoas estão cada dia mais exigentes com a qualidade da sua alimentação. Além disso, a relação que nós temos com o que comemos é sensorial: desejamos que tenha um cheiro agradável, uma aparência boa e um gosto bom.

De fato, os alimentos com essa qualidade de sabor e nutrição só chegam até nós por causa das indústrias que fazem os processos de higienização do jeito certo, e com a frequência adequada.

A indústria que atua de acordo com as Boas Práticas de Fabricação – um conjunto de normas emitidas pelos órgãos que fiscalizam – transmite a confiança necessária para promover sua imagem perante os consumidores, fornecedores e as outras partes interessadas.

 

 

O que a legislação brasileira diz sobre Higiene na Indústria de Alimentos?

A primeira lei em vigor no Brasil sobre higiene dos alimentos foi o Decreto-Lei nº 986, publicado em 1969. Nela são estabelecidas a defesa e a proteção da saúde individual e coletiva no que diz respeito aos alimentos.

Em seguida, a legislação brasileira optou por dividir a fiscalização das indústrias entre dois órgãos, levando em conta as características de cada tipo de alimento:

Cada órgão tem seus métodos de monitoramento, mas também compartilham algumas competências. Tudo depende do que acontece com o alimento em sua esteira industrial.

É o caso, por exemplo, de produtos de origem animal e vegetal quando chegam às estantes dos mercados. Depois disso, a responsabilidade sai do MAPA e passa a ser da ANVISA.

Ademais, vale frisar que todas as portarias emitidas pelo Ministério da Saúde sobre higiene dos alimentos são válidas. Não importa o órgão fiscalizador ou o tipo de alimento fabricado. Alimentação é saúde, inclusive no campo legal.

 

 

O que são as Boas Práticas de Fabricação (BPF’s)?

Como já dissemos antes neste texto, as Boas Práticas de Fabricação são um conjunto de normas feitas para a indústria de alimentos, a fim de fornecer as condições operacionais e ambientais para produzir alimentos de forma segura.

As BPF’s são utilizadas em conjunto com o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). Ou seja, há a necessidade de uma análise de risco das etapas de produção, para então definir:

Em resumo, toda indústria deve ter seu próprio Manual de Boas Práticas. Levando em conta as leis gerais e também as próprias de cada órgão, deve-se produzir um documento objetivo e que informe seus Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s).

De acordo com a lei, os POP’s devem contar com dados sobre a natureza das superfícies, quais são os princípios ativos dos produtos usados, quais são os métodos de limpeza corretos, entre outros pontos vitais para manter o ambiente higiênico.

 

Quais são os marcos legais sobre higiene dos alimentos no Brasil?

 

 

Codex Alimentarius

Nos anos 1960, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Codex Alimentarius. Trata-se de um conjunto de normas e orientações sobre as boas práticas na indústria alimentícia, que vale para todos os países integrantes.

Ou seja, o objetivo principal do Codex Alimentarius é alinhar as normas de segurança dos alimentos entre os países. Nele há regras sobre:

Apesar de não ser obrigatório seguir o Codex, a maioria dos países membros da ONU o usa de referência para suas leis nacionais. O Brasil, que se tornou membro nos anos 1970, é um dos adeptos a esta prática.

 

 

Quais são os conceitos básicos de higiene na Indústria de Alimentos?

Agora é o momento de esquecer qualquer rotina de limpeza doméstica. A segurança dos alimentos pede por uma análise mais detalhada, não apenas do ambiente que deve ser limpo, como também dos produtos e métodos que serão utilizados.

Vamos começar pela equação da higienização. Ainda que os termos abaixo sejam usados como sinônimos, eles não são a mesma coisa. A conta é a seguinte:

 

HIGIENIZAÇÃO = LIMPEZA + DESINFECÇÃO ou SANITIZAÇÃO

 

Higienização vem da palavra grega hygiene, que significa saúde. Sem dúvida, um ambiente precisa estar higienizado para ser considerado saudável. A higienização é a limpeza e sanitização completa do ambiente. Isso inclui suas instalações, equipamentos e utensílios.

A limpeza é a primeira etapa: a remoção de substâncias orgânicas e minerais. É nesta fase que fazemos uso dos sabões e detergentes, que devem dissolver essas substâncias para facilitar sua retirada.

Em seguida, vem a desinfecção ou a sanitização. E não, elas não são a mesma coisa. As duas agem sobre os microrganismos que causam doenças, mas de maneiras diferentes:

Quer saber se deve desinfectar ou sanitizar o seu ambiente industrial? Basta dar uma olhada nas normas de segurança dos alimentos definidas pelo seu órgão fiscalizador responsável.

 

 

O que é preciso analisar antes de higienizar um ambiente?

 

1. O tipo de superfície

Saiba qual é o material das superfícies antes de escolher os agentes de limpeza. Dependendo de qual seja, alguns produtos podem não funcionar tão bem, e até mesmo causar danos.

 

2. As sujidades que devem ser removidas

Os alimentos são feitos de proteínas, carboidratos e outros compostos orgânicos. Químicos também, levando em conta os processados. A higienização só vai fazer efeito se você usar os produtos certos, e para isso é preciso saber exatamente o que deve ser removido.

 

3. Os produtos adequados à superfície e à sujidade

Para saber quais produtos usar para fazer uma boa higienização industrial, considere os dois pontos abaixo:

 

4. A dosagem correta dos produtos

Todo produto de limpeza deve ter a informação da sua concentração química presente no rótulo. Para limpar ambientes industriais, deve-se medir a quantidade dos produtos que serão usados.

Dessa forma, podemos garantir uma higienização que não cause danos às superfícies, além de evitar a sobra de resíduos químicos por exagerar na dose.

 

5. As variáveis do processo

Depois de definidos os produtos, superfícies e sujidades, deve-se descrever as ações mecânicas, temperaturas e tempos ideais para que a higienização seja efetiva.

 

6. A frequência da higienização

Higienizar dá muito trabalho, então é preciso criar um planejamento. Leve em conta o tempo que cada ambiente, utensílio e equipamento precisa ser limpo, e desenvolva uma programação. Umas são diárias, outras semanais e algumas podem ser feitas mensalmente.

 

 

Como fazer o monitoramento da higiene na Indústria de Alimentos?

Houve um tempo em que uma inspeção visual bastava para dizer se o ambiente estava limpo ou não. Se a aparência era de limpeza, sem sujeiras visíveis a olho nu, então não haveria problema. Mas, claro, haviam problemas e não eram poucos.

Neste artigo, você já aprendeu a selecionar as açõs mecânicas e os produtos químicos certos para eliminar cada tipo de sujidade. Errar nisso é dar chance para os microrganismos contaminarem os alimentos. Até aqui, tudo certo. Mas como garantir que o ambiente industrial está mesmo limpo?

Atualmente são considerados dois métodos para monitorar a higiene: os testes microbiológicos, que podem levar dias ou até semanas, e os testes de superfície por ATP, que entregam resultados mais rápidos.

ATP é a sigla em inglês para adenosina trifosfato, uma molécula de energia encontrada em qualquer matéria orgânica. Ou seja, se há sujidade ou microrganismo em algum lugar, o ATP estará presente.

Nos anos 1970, cientistas descobriram que o ATP emitia uma reação quando entrava em contato com a Luciferase, uma enzima encontrada em vagalumes. Esta reação produz uma bioluminescência que, apesar de não ser vista a olho nu, pode ser identificada por equipamentos especializados.

Foi dessa forma que surgiram os Luminômetros, aparelhos que são capazes de ler essa reação em números, na forma de unidades relativas de luz – ou RLU’s, na sigla em inglês.

A leitura de RLU’s é diretamente proporcional a quantidade de ATP em uma amostra. Em resumo: quanto mais alta for a leitura, maior é a presença de contaminantes.

 

 

Luminômetros Hygiena

Líder global em equipamentos e testes por ATP, a Hygiena atende pelo menos 100 países ao redor do mundo. O sucesso não é a toa, já que seus luminômetros entregam os resultados mais precisos e sensíveis do mercado.

A Hygiena também possui uma ampla linha de testes por ATP, swabs para recolhimento de amostras e outras tecnologias. Seu objetivo é garantir a higiene nas indústrias alimentícia e farmacêutica.

Quando o assunto é luminômetro, não há nada no mercado que bata de frente com o EnSURE Touch. Prático, ele funciona como um smartphone: sua tela é touchscreen e entrega uma navegação intuitiva. Como resultado, você faz as testagens e o registro dos resultados em questão de segundos.

Além disso, seu design minimalista permite o uso com apenas uma mão, e o equipamento é acompanhado por uma alça de ombro. Mas, caso aconteça algum acidente, não se preocupe: seu display é resistente à estilhaços.

O EnSURE Touch ainda acessa redes wi-fi, permitindo que o técnico use de qualquer lugar o SureTrend™ Cloud, um software de análise de dados. Enquanto o analista realiza os testes, os resultados são armazenados de forma automática.

A Hygiena ainda conta com outros modelos de luminômetros em seu catálogo, como o SystemSURE Plus e o EnSURE. A ideia é atender à todas as necessidades e limitações que o mercado apresenta.

 

 

Testes de Superfície por ATP

 

UltraSnap

Campeão de vendas para monitoramento de higiene, o UltraSnap foi o primeiro teste por ATP desenvolvido pela Hygiena. É um teste de amostragem para superfícies, que conta com um reagente próprio e fornece uma precisão superior.

 

SuperSnap

Quatro vezes mais sensível que o UltraSnap, o SuperSnap consegue detectar níveis muito baixos de ATP. Serve para procedimentos rigorosos de limpeza e faz prevenção de contaminação cruzada por alergênicos.

 

AquaSnap

São dois tipos: o AquaSnap Free, que detecta somente ATP livre na amostra (não microbiano), e o AquaSnap Total, que identifica tanto ATP livre quanto o ATP microbiano. Pela diferença entre o ATP total e o ATP livre, obtemos o ATP microbiano. É ideal para analisar a qualidade de amostras de água.

 

MicroSnap

Conta com quatro tipos de testes para detecção de microrganismos: contagem total, Enterobactérias, Coliformes Totais e E. Coli e Listeria. As amostras devem ser incubadas, mas os resultados saem no mesmo dia.

 

 

Testes para Detecção de Proteína

 

AllerSnap

Usando uma escala de cores que vai de verde para roxo, o AllerSnap é um teste semi-quantitativo para detectar proteínas em superfícies. É muito sensível e seus resultados são de alta precisão. Os testes precisam de uma incubação entre 15 a 30 minutos.

 

PRO Clean

Se você precisa de uma análise mais rápida de restos de proteínas em superfícies, o PRO Clean é uma solução mais acessível. O resultado também é entregue em uma escala de cores, que vai de verde para roxo.

 

 

Swabs para Recolhimento de Amostras

 

Q-Swab

Usando reagentes como caldo Letheen ou Peptona Tamponada, o Q-Swab foi feito para recolher amostras de qualquer superfície. Ele é ótimo para recuperar bactérias, ajudando nas análises microbiológicas.

 

QD Loop

Precisa trabalhar com amostras de volume específico? O QD Loop é a melhor opção. Temos disponíveis dois formatos de diluição: 1:10 e 1:100.

 

 

Este post foi útil? Então dê uma olhada no site da Cap-Lab, onde você encontra mais informações e artigos para laboratório! Entre em contato com o nosso Departamento de Vendas em vendas@cap-lab.com.br.

 

Referências

SILVA, Gilvan et al. Higiene na Indústria de Alimentos. Recife, PE: Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2010. Acesso em: 8 fev. 2022.

AFREBRAS – Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil. Conheça procedimentos necessários para executar boas práticas de fabricação. Brasília, DF: AFREBRAS, 2020. Acesso em: 24 mar. 2022.

TOIMIL, Rosana F. Microbiota intestinal: cada vez mais importante. São Paulo: Grupo Abril, 2019. Acesso em: 24 mar. 2022.

BARROS, Camila. Descomplicando as Boas Práticas de Fabricação – BPF. Florianópolis, SC: Paripassu, 2019. Acesso em: 23 mar. 2022.

NEOPROSPECTA. Segurança dos Alimentos: legislações utilizadas para garantir a qualidade dos alimentos no Brasil. Florianópolis, SC: Neoprospecta, 2017. Acesso em: 24 mar. 2022.

ITAL – Plataforma de Integração Tecnológica. Os ingredientes nos alimentos processados. São Paulo: Governo Estadual, c2022. Acesso em: 25 mar. 2022.

CARLA, Monise. Os 7 princípios para implementar o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). Cornélio Procópio, PR: Qualiex, 2015. Acesso em: 25 mar. 2022.

FREITAS, Andreia. Quem fiscaliza o quê na cadeia de produção de alimentos. O Globo, Rio de Janeiro, 6 jun. 2013. Acesso em: 7 mai. 2014.

DIDIER, Dafné. Competência pela inspeção e regulação de alimentos: MAPA ou ANVISA? Campinas, SP: Food Safety Brazil, 2015. Acesso em: 28 mar. 2022.