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Conheça o FoodLab Jr. e seus benefícios para a indústria

O Food Lab Jr.

 

O analisador Food Lab Jr. Portátil é um espectrofotômetro* para a análise rápida e quantitativa de lactose, cloreto e ureia em alimentos. Um *espectrofotômetro é um dispositivo que mede a absorção de luz por uma substância, o que pode ser usado para determinar a concentração de um composto em uma amostra. No contexto de análise de alimentos, esse tipo de equipamento pode ser útil para a determinação quantitativa de diversos componentes, como proteínas, vitaminas, minerais, gorduras, açúcares, entre outros.

 

Os Kits

 

O Food Lab Jr. possui uma variedade de kits reagentes que são específicos para a análise de diferentes componentes em alimentos. Os kits contêm reagentes químicos que atuam com a substância-alvo na amostra e geram uma mudança na absorção de luz, que é então medida pelo espectrofotômetro. Com base na intensidade da mudança na absorção de luz, o equipamento calcula a concentração do componente de interesse na amostra.

 

 

 

Características:

 

 

Portanto, esse equipamento desempenha um papel fundamental na otimização das análises laboratoriais nas indústrias. Ele auxilia no atendimento de regulamentações de segurança alimentar e no desenvolvimento de produtos alimentícios.

 

Este post foi útil? Então dê uma olhada no site da Cap-Lab, onde você encontra mais informações e artigos para laboratório!
Entre em contato com o nosso Departamento de Vendas em vendas@cap-lab.com.br.

 

Referência:

https://www.cdrfoodlab.com.br

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Qual é a importância de analisar a qualidade do leite?

Em termos nutricionais, o leite é um dos alimentos mais completos que o ser humano consome.

Tanta riqueza em uma única substância abre várias possibilidades de uso, de tal forma que até hoje não descobrimos completamente o seu potencial. Apesar disso, sabemos que o leite faz bem à nossa saúde, além de nos permitir fabricar derivados lácteos de alta qualidade.

O leite cru é a matéria-prima de todos os derivados lácteos. Para garantir sua qualidade é preciso que três pilares, que se relacionam entre si, estejam bem estabelecidos.
São eles:

 

Composição do leite

Cada componente tem suas particularidades, e todas são relevantes para os derivados lácteos. Portanto, para produzir laticínios é necessário estudar esses componentes. Usando como base os parâmetros do leite cru refrigerado, que até então não sofreu nenhuma alteração em sua estrutura, temos os números abaixo:

 

 

Os números da composição média indicam uma faixa segura para trabalhar o leite, não apenas como matéria-prima, mas também como produto final para consumo. No que tange aos derivados lácteos, a importância de cada componente varia dependendo do laticínio que se quer fazer.

 

Água

O leite tem aproximadamente 87% de água em sua composição total, tanto na forma ligada quanto na forma livre. Enquanto a água ligada está combinada com os demais componentes, a água livre permite reações químicas e o crescimento de microrganismos.Quando evaporada ou separada dos demais componentes, permite a fabricação de produtos como leite em pó, doce de leite e leite condensado.

 

Lactose

Sólido mais presente, com 4,6% na composição média, a lactose é o principal carboidrato do leite. Formada por glicose e galactose, é ela que confere ao leite seu sabor adocicado particular.É essencial para o crescimento de recém-nascidos e crianças, além de dar energia e ajudar no desenvolvimento cerebral. Também tem uma atuação relevante no nosso intestino, melhorando a microbiota.
Apesar disso, não é todo mundo que tem tolerância à lactose, o que abre um mercado para derivados com pouco ou nada desse componente.A adição de microrganismos transformadores causa uma reação na lactose, o que acaba permitindo a fabricação de lácteos fermentados. Alguns exemplos são o iogurte e os queijos azuis, como o Gorgonzola e o Roquefort. A fermentação transforma as características sensoriais desses alimentos.
A lactose também tem um papel essencial na reação de Maillard: um escurecimento não enzimático causado por aquecimento, que permite a fabricação de lácteos como o leite condensado e o doce de leite.

 

Gordura

Sabe o prazer que sentimos quando comemos um pedaço de queijo, ou quando sobe aquele cheiro delicioso de manteiga derretida? O que torna os produtos lácteos tão agradáveis aos nossos sentidos é justamente a presença da gordura.
Com teor médio de 4% no leite, a gordura é um dos componentes que mais se destaca. Além de ser indispensável para a fabricação de derivados como a manteiga e o creme de leite, ela também é necessária para a produção de diversos alimentos. A gordura láctea deixa qualquer alimento com mais sabor, aroma e cremosidade.

 

Proteínas

Correspondendo à aproximadamente 3,3% da composição média do leite, as proteínas lácteas são divididas basicamente em caseínas e proteínas do soro. Possuem alto valor nutricional e são de fácil digestão.
Na produção de queijos, é importante usar um leite com alto teor de caseína, já que é ela que gera a massa do queijo. Em média, são necessários 10 litros de leite para fabricar aproximadamente 1 quilo de queijo. Se o teor de proteína for mais elevado, é necessário um volume menor de leite para fazer a mesma quantidade de queijo. Ou seja, quanto mais proteína o leite tem, mais valorizado no mercado ele é.
As proteínas do soro possuem alta quantidade de aminoácidos e favorecem o ganho de força muscular, redução da gordura corporal e aumento do teor de cálcio. Por isso, é muito usada como suplemento alimentar por quem pratica atividades físicas – o famoso whey protein, que significa proteína do soro, em inglês.

 

Vitaminas e Sais Minerais

Os anos passam, e por mais criteriosos que os clientes fiquem com os alimentos que ingerem, o leite nunca sai da rotina de bilhões de pessoas ao redor do mundo. Isso acontece porque o leite é uma fonte rica em sais minerais, como cálcio e fósforo.
O organismo humano, principalmente em fase de crescimento, se beneficia do cálcio presente no leite para a sua formação óssea. Além disso, o leite ainda contém alguns tipos de vitaminas em sua composição (A, B, C, D, E e K).

 

Qualidade higiênica do leite

Como já abordamos em outro artigo, os microrganismos estão em todo lugar na natureza. Nós fazemos parte da natureza e o gado de leite também, portanto o contato é garantido. Seja na água, no solo, no ar ou nos seres vivos os microrganismos, incluindo os patógenos, podem estar presentes.
Sendo assim, é comum uma infecção por microrganismos acometer o rebanho, e dessa forma observa-se uma maior produção de células somáticas pelo organismo dos animais. Se a contagem de células somáticas do leite extraído está acima dos padrões estabelecidos, isso significa que houve uma redução significativa em seu teor de proteínas e gorduras, com a perda do valor nutricional e rendimento para fabricação de derivados.
Para tratamento das infecções são utilizados antibióticos de diversas famílias. A presença de antibióticos pode atrapalhar o processo de fermentação do leite na fabricação de derivados, além de acarretar diversos problemas para a saúde dos consumidores. Para identificá-los, existem testes rápidos e plataformas especializadas em diversos grupos e famílias.
No caso dos microrganismos, devem ser analisados não apenas os que causam doenças, como também os deteriorantes. Para isso, deve-se fazer análises microbiológicas usando meios de cultura ou placas prontas específicas para esses microrganismos.

 

Qualidade sensorial do leite

Quando a composição média está harmoniosa e a qualidade higiênica está garantida, o leite tende a ser agradável aos nossos sentidos: o gosto é bom, a textura é suave, o odor é delicado e sua cor é branca e opaca. Para que isso se mantenha para além dos pontos anteriores, é preciso ter atenção com o resfriamento e a estocagem do leite cru. Não é incomum que um leite de qualidade acabe estragado por ser agitado demais, ou não ser armazenado na temperatura correta.
Portanto, é importante analisar a quantidade do leite para ter conhecimento sobre a sua composição e segurança alimentar, além disso também é um indicativo de possíveis de nutrição e manejo dos animais.

 

Referências:

Análises Físico-Químicas. Cartilha com metodologias de análises físico-químicas para leite e derivados. 2º Edição Ampliada e Revisada.

Instrução Normativa Nº 76, de 26 de novembro de 2018.

https://www.milkpoint.com.br/

 

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Mastite em vacas: o que é, como evitar e como tratar

A Mastite é caracterizada pela inflamação das glândulas mamárias, e é uma doença que afeta as vacas leiteiras impactando negativamente em sua capacidade produtiva. É multifatorial e seu desenvolvimento está relacionado à ação de patógenos e de agentes químicos ou traumas físicos irritantes (condições sanitárias e ambientes inadequados). Animais com mastite produzem leite com modificações físico-químicas e alterações que reduzem a qualidade e trazem prejuízos para os produtores e laticínios.

Por isso, é importante que as fazendas tenham medidas de controle e monitoramento da mastite que incluam a identificação das causas e quantificação do problema.

Tipos e causas de mastite bovina

A mastite bovina pode ser classificada em clínica e subclínica. Ambas precisam de cuidados.

O tipo clínico é mais fácil de ser identificado, uma vez que o úbere da vaca começa a apresentar sintomas inflamatórios, como vermelhidão, inchaço, aumento da temperatura e dor no local. Além dos sintomas, o leite ordenhando destes animais apresenta sinais de alteração como presença grumos, sangue e pus.

Já a mastite subclínica ocorre de maneira silenciosa e é de difícil identificação, uma vez que as alterações afetam a composição do leite, enquanto os animais não apresentam sintomas clínicos. Este tipo de mastite bovina pode se alastrar por todo o rebanho, muitas vezes tornando-se crônica.

A mastite também pode ser classificada em: contagiosa (causada por microrganismos infecciosos de animais doentes) e ambiental (infecção por microrganismos presentes no solo, esterco e/ou água).

Como evitar e como tratar

Para evitar que a mastite se espalhe no rebanho, é essencial que o diagnóstico seja feito de maneira correta e ágil. Por isso, fazer inspeções regulares nos animais e no leite, bem como aplicar testes capazes de identificar a doença de maneira segura, são medidas necessárias e eficientes.

É importante além da palpação do animal, recolher amostras do leite para a realização dos seguintes exames:

Para o acompanhamento regular da contagem de células somáticas nas fazendas, existem equipamentos projetados para fornecer o resultado de forma rápida e precisa, como por exemplo, o analisador de leite Ekomilk Scan.

O Ekomilk Scan (figura abaixo) é um equipamento que determina o número de células somáticas através da medição do tempo de escoamento de uma amostra de leite adicionada de um agente tensoativo. O agente tensoativo é misturado ao leite para dissolver as membranas das células, formando o gel que aumenta a viscosidade. O tempo de escoamente varia de acordo com a viscosidade dessa mistura e a viscosidade aumenta com a presença dessas células somáticas.  

 

 

Como já mencionado, a melhor forma de manter o rebanho livre da mastite é a prevenção. Assim, é preciso alguns cuidados:

Como já visto acima, a mastite bovina é uma doença que envolve uma série de fatores e requer cuidados constantes para que não comprometa a produção de leite. Conhecer os tipos existentes ajuda a reconhecer os casos e iniciar o tratamento de forma a não afetar o bem-estar animal.

Referências:

https://www.milkpoint.com.br/colunas/marco-veiga-dos-santos/qual-a-duracao-da-mastite-e-os-modos-de-transmissao-233822/

https://nutricaoesaudeanimal.com.br/o-que-e-mastite-bovina/

https://dicas.boisaude.com.br/mastite-bovina/?gclid=CjwKCAjwscGjBhAXEiwAswQqNBHGZigD5R-b92TcAFzqJZc9fz_MFHRN7mLMzr5_M84Gn1hb-Ie8ExoC8SIQAvD_BwE

 

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Conheça as Vidrarias de Laboratório e suas funções nos procedimentos

vidrarias de laboratório

Dá pra fazer muita coisa dentro de um laboratório, ainda mais se você conta com as principais vidrarias disponíveis para uso. São inúmeros tipos e funcionalidades, tantos que até os técnicos mais experientes podem se perder em algum momento.

Além disso, como saber quais vidrarias o seu laboratório precisa? Tudo depende, em suma, do objetivo das suas análises. Enquanto algumas tem uma função bem específica, outras não podem faltar em um ambiente experimental.

Afinal, quais são as vidrarias de laboratório mais importantes? E qual é a função de cada uma delas? Sim, este artigo te entrega todas essas informações, assim você realiza suas análises com mais conhecimento e segurança. Vamos começar?

 

 

Para que servem as vidrarias de laboratório?

O ser humano testou tudo o que sabe fazer em algum momento. Seja a descoberta do fogo ou a criação de objetos de bronze, alguém precisou colocar a mão na massa. Foi a observação da prática que nos trouxe até aqui, e é graças a ela que continuamos nos desenvolvendo.

Como resultado, nós inventamos um lugar seguro e preparado para a experimentação: o laboratório. Dentro dele há equipamentos, utensílios e substâncias que permitem a realização de análises e pesquisas científicas. As vidrarias de laboratório estão entre eles.

Feitas de uma mistura de vidro temperado com borossilicato, elas suportam altas temperaturas e não reagem ao entrar em contato com substâncias. Também são menos densas, mais leves e garantem mais precisão nas análises.

Quando usadas em conjunto, as vidrarias permitem uma diversidade de práticas e experimentos dentro do laboratório. Algumas, aliás, são versáteis e atendem a várias necessidades dos técnicos. Em resumo: sem as vidrarias, o laboratório não funciona.

 

Como usar as vidrarias de laboratório?

 

Quais são os tipos de vidrarias de laboratório?

 

Vidrarias analíticas

 

Alcoômetro

alcoômetro gay-lussac

Muito utilizado na produção de bebidas alcoólicas, o alcoômetro é um tubo graduado, geralmente com duas escalas diferentes: Cartier e Gay-Lussac. Sua função é determinar o percentual de álcool em uma solução.

A escala Cartier surgiu em 1771 e recebe o nome do seu inventor, o francês Jean-François Cartier. Vai de 10 a 44 graus e, apesar de já não ser referência, está presente ainda hoje em alguns modelos.

Já a escala Gay-Lussac, definida pelo físico-químico francês Joseph Louis Gay-Lussac, passou a ser o padrão para medições de álcool a partir de 1824. O grau GL entrega a quantidade de mililitros de álcool absoluto presentes em uma solução.

A bebida deve estar a 20°C para medir seu teor alcoólico do jeito certo. Basta inserir uma amostra de 100 mililitros em uma proveta graduada, e então mergulhar o alcoômetro.

 

Areômetro de Baumé

areometro de baume

O processo de salga é um método antigo de preservação dos alimentos. Se embebem carnes e queijos em salmoura, uma solução de água e sal, por um determinado período de tempo. Isso ajuda a melhorar a qualidade geral do alimento.

É necessário saber a concentração de sal na salmoura para que a salga gere o efeito esperado nos produtos. O Areômetro é o densímetro que faz essa medição, e seus resultados são entregues em escala Baumé.

A salmoura, quando bem conservada, pode durar de 1 a 3 meses. Usar o areômetro depois do processo de salga ajuda a fiscalizar sua qualidade e, dessa forma, garantir a economia da solução.

 

Butirômetro

butirômetro

A gordura é um dos componentes mais importantes do leite, principalmente por garantir o rendimento na fabricação de laticínios. Como todos os derivados do leite servem de matéria-prima para outros alimentos, se monitora o teor de gordura com frequência. Isso serve não apenas para padronizar os produtos, como também para evitar problemas tecnológicos de produção.

O Butirômetro é a vidraria que faz esse tipo de medição. Trata-se de um tubo oco e graduado, com um bulbo em uma das extremidades. Seu formato varia dependendo do tipo de produto que será analisado.

É necessário usar ácido sulfúrico e álcool isoamílico para analisar gordura com o butirômetro. Em seguida, deve-se fechar o tubo com uma rolha, agitar bem e começar o processo de centrifugação. Dessa forma, a gordura se separa da amostra e é possível ver sua quantidade.

 

Densímetro

densímetro de peso específico

É um tubo de vidro graduado, de estrutura resistente e com chumbo em sua base. Seu nome é autoexplicativo: serve para identificar a densidade de líquidos, ou seja, a massa dividida pelo volume.

Em análises laboratoriais, a regra é que a temperatura ambiente esteja em aproximadamente 20°C para fazer uso do densímetro. Depois, basta mergulha-lo na amostra. O chumbo na base o fará flutuar, indicando então a densidade.

 

Picnômetro

picnômetro de vidro

O picnômetro determina a densidade absoluta de uma substância sólida ou líquida. É considerado um dos instrumentos mais precisos do laboratório.

Trata-se de um frasco em formato de balão, que pode ter em seu bocal uma tampa ou um termômetro. O frasco também pode contar com uma haste cilíndrica em sua diagonal superior.

É preciso ter uma balança analítica no laboratório para fazer análises com o picnômetro. Primeiro se pesa o frasco vazio, e depois com a amostra. Isso determina a massa, enquanto o picnômetro entrega o volume. Por fim, a divisão dos valores define a densidade da substância.

 

Termolactodensímetro

termolactodensímetro

Infelizmente, a fraude do leite por adição de água ou sólidos ainda é uma prática existente na cadeia de produção de produtos lácteos. O termolactodensímetro é um densímetro de escala graduada, que consegue identificar possíveis adulterações no leite ao avaliar a densidade da amostra.

O valor da densidade é apenas um indicativo de qual tipo de alteração pode ter acontecido. Isto é, só aponta se o leite foi fraudado ou não. É preciso usar um Crioscópio para saber a quantidade exata de água adicionada.

 

 

LEIA TAMBÉM: Descubra porque a Crioscopia do leite é essencial para garantir sua qualidade

 

 

Recipientes úteis

 

Balão de Destilação

balão para destilação

Parte importante de qualquer processo de destilação, este balão possui um fundo chato ou redondo, gargalo alongado e saída lateral. Ele é resistente o suficiente para ser aquecido e, dessa maneira, levar ao ponto de ebulição a substância que será destilada.

A saída lateral é onde se encaixa o condensador, que recebe o vapor da ebulição e, por fim, o transforma em líquido destilado ao final do procedimento.

 

Balão Volumétrico

balão volumétrico

Também de gargalo longo e fundo chato, o que destaca o balão volumétrico é a presença de um traço de aferição. É a partir dessa marcação que se faz medições exatas de volume. Sua base arredondada é ideal para o preparo de diversas soluções.

 

Cadinho de Fusão

cadinho de fusão

Feito de porcelana, aço ou alumínio, o cadinho é um recipiente fundo que serve para trabalhar materiais em temperaturas altas. Pode ser encontrado em formatos variados, com forma alta ou baixa, fundo perfurado ou poroso. Pode ser aquecido em fornos mufla e estufas de calor.

 

Copo Becker

copo becker

Disponível em vários tamanhos, o Copo Becker é figurinha carimbada em qualquer laboratório que exista. Trata-se de um copo graduado com um bico dosador na borda, e é muito usado para preparar e dissolver soluções.

São dois tipos: o Griffin, que é de forma baixa, e o Berzelius, que é de forma alta. Além do vidro, este recipiente também pode ser fabricado em polipropileno ou metal.

 

Dessecador de Vidro

dessecador de vidro

Algumas análises exigem que a amostra esteja livre de umidade. Depois de usar a estufa para secar a substância, deixa-la exposta ao ambiente é o mesmo que descartar todo o trabalho já feito.

O dessecador de vidro é um recipiente fundo com dois compartimentos, separados por uma grelha de porcelana removível. Vem também com uma tampa de junta esmerilhada. Sua função é justamente manter a amostra livre de qualquer umidade.

Um agente secante é depositado no compartimento inferior, geralmente sílica, que suga a umidade por dentro. A grelha de porcelana separa o agente da substância a ser armazenada. Por fim, a tampa com junta esmerilhada garante que a amostra não absorva a umidade do ambiente.

 

Erlenmeyer

erlenmeyer

Batizado em homenagem ao químico alemão Emil Erlenmeyer, é um frasco em formato cônico, de fundo chato e bocal estreito. É uma das vidrarias mais versáteis para laboratório, muito usado em titulações, preparos e manuseio de soluções.

É o frasco preferido dos técnicos que trabalham com substâncias voláteis, já que seu formato dificulta a evaporação. Também é seguro para trabalhar com ácidos, já que seu bico afunilado impede o respingo de líquidos, mesmo quando agitados.

Aliás, qualquer solução que precise de agitação manual pode ser feita no Erlenmeyer. Por ter uma base larga, o líquido se movimenta bem em seu interior, o que promove reações químicas.

 

Frasco Kitassato

frasco kitassato

Apesar do formato parecido com o Erlenmeyer – cônico e de base larga –, o Kitassato tem duas diferenças cruciais: é um frasco mais grosso e possui uma saída lateral em seu gargalo. Pode ser graduado ou não, e é indispensável em processos de filtração à vácuo.

No bocal se encaixa um funil de Büchner. Na saída lateral, é conectada uma mangueira que liga o Kitassato a uma bomba de vácuo, que realiza a sucção. Como o ar foi retirado, o líquido despejado não encontra resistência e a filtração ocorre mais rapidamente.

 

Frasco Reagente

frasco reagente

Feito para armazenar substâncias líquidas, sólidas ou em pó, o frasco reagente pode ter vários tamanhos. Vem com uma tampa e seu bocal é estreito, desse modo se evitam derramamentos e evaporação de amostras voláteis.

Pode ser fabricado em vidro transparente ou marrom, ao propósito de abrigar reagentes que precisam ser protegidos da luz. Também pode ser usado para mistura de meios de cultura.

 

Placa de Petri

placa de petri

Inventada pelo microbiologista alemão Julius Richard Petri, é um recipiente cilíndrico e achatado, composto por uma base e uma tampa. Quando preenchida com o ágar ainda líquido, torna-se um meio de cultura para o cultivo de microrganismos assim que ele se solidifica.

São transparentes, a fim de facilitar a vida do analista durante o processo de contagem das colônias. Após seu uso, devem ser esterilizadas em uma autoclave.

 

 

LEIA TAMBÉM: Microrganismos nos alimentos: como identificar e com quais a indústria deve se preocupar?

 

 

Proveta

proveta de vidro graduada

Encontrada em qualquer laboratório, a proveta é um tubo cilíndrico alongado, com uma base de apoio inferior e uma boca com bico dosador. É graduada e serve para fazer medições volumétricas de líquidos.

Também pode ser usada para descobrir a densidade de objetos sólidos, quando adicionados aos poucos a uma quantidade de água. Vale ressaltar que, apesar das graduações tornarem a proveta mais precisa do que outras vidrarias, deve-se sempre considerar o erro associado à medição.

 

 

Auxiliares de manuseio

 

Alça de Drigalski

alça de drigalski em vidro

Nomeada em homenagem ao bacteriologista alemão Wilheim von Drigalski, é um instrumento usado para espalhar células de microrganismos nos meios de cultura em placas de Petri. Existem opções descartáveis e esterilizáveis, assim como formatos diferentes. O mais comum é a sua ponta ser triangular.

 

Bastão de Vidro

bastão de vidro

Também chamado de baqueta, é muito adaptável no dia-a-dia do laboratório: pode ser usado para misturar e agitar soluções, auxiliar em reações químicas e alinhar a transferência de líquidos de um recipiente para outro, evitando respingos.

 

Bureta

buretas graduadas

Vidraria longa, fina e graduada, a bureta é um instrumento de precisão que todo laboratório deve ter. Conta com uma torneira próxima a sua base, o que permite uma liberação cuidadosa de líquidos. Sua função principal é realizar titulações.

Sendo uma vidraria de precisão, precisa ser calibrada antes do uso, garantindo assim resultados confiáveis. Também é preciso deixar a torneira sempre lubrificada, para facilitar seu manuseio.

 

Pipeta

pipeta

Também na categoria de instrumento de precisão, a função da pipeta é auxiliar na transferência de líquidos. Seu formato padrão é de um tubo fino, que pode ser graduado ou ter marcação volumétrica.

O ideal é usar um pipetador para sugar um líquido com este instrumento. Jamais devemos usar a boca para puxar o líquido, já que isso automaticamente contamina a amostra.

 

Tubo de Ensaio

tubos de ensaio

Versáteis e necessários em qualquer laboratório, os tubos de ensaio servem para recolher, analisar e guardar pequenas amostras. Sua base é arredondada, variando apenas o tamanho, e pode ser tampado com rolhas. Podem ser aquecidos ou resfriados de forma gradual.

 

Utensílios

 

Bico com Junta Esmerilhada

bico de papagaio kipp

Inventado em 1844 pelo farmacêutico holandês Petrus Jacobus Kipp, seu bico serve para preparar pequenos volumes de gases. Também pode ser chamada de pipeta bico de papagaio, por causa de seu formato e utilidade.

Deve ser acoplada a um frasco, geralmente um Erlenmeyer, onde são inseridos reagentes diversos. O bico ajuda no doseamento desses reagentes em procedimentos no laboratório.

 

Condensador

condensador com juntas

Essencial para a rotina do laboratório, o condensador serve para transformar as substâncias do estado gasoso para o líquido. Tem como padrão uma estrutura de dois tubos, um externo e outro interno, sendo que o segundo pode ter formatos variados

Muito usado em processos de destilação simples, é o formato do tubo interno que define a qualidade do procedimento. Os mais comuns são:

 

Funil Analítico

funil analítico de vidro

Seja para transferência de líquidos ou processos de filtração simples, o funil analítico também é obrigatório em um laboratório funcional. É fabricado em diâmetros e tamanhos de haste diferentes, variando o tipo de procedimento.

 

Almofariz com Pistilo

almofariz com pistilo

O almofariz com pistilo – ou gral, outro nome utilizado, principalmente para recipientes menores – serve para moer sólidos até transformá-los em pó. Pode ser fabricado em vários materiais, mas os mais comuns são vidro e porcelana.

Os almofarizes em vidro permitem a visualização das substâncias e não ficam impregnados com odores. Os feitos de porcelana têm a vantagem do aquecimento, e por isso permitem o trabalho com materiais quentes.

 

Lamparina de Vidro

lamparina de vidro

Há muitas maneiras de aquecer substâncias em um laboratório, e tudo depende da intensidade do calor necessário. Para análises que precisam de pouco aquecimento, o método indicado é usar uma lamparina de vidro.

É um recipiente pequeno, de base redonda e chata, onde se coloca o líquido que fará a combustão. Depois, basta inserir um pavio pequeno na substância, que absorverá o combustível e está pronto para ser aceso com um fósforo.

 

Pérolas de Vidro

pérolas de vidro

Existe uma intenção por trás de cada análise, e é por isso que os conceitos de física são tão importantes dentro do laboratório. Quanto maior o controle, melhores são os resultados.

Quando se esquenta uma substância para que ela chegue ao seu ponto de ebulição, há o risco de derramamento por causa do calor. As pérolas de vidro ajudam a controlar a energia cinética, garantindo um procedimento limpo e seguro.

 

 

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Referências

INFO ESCOLA – Navegando e Aprendendo. Materiais de Laboratório. Florianópolis, SC: Info Escola, c2023. Acesso em: 18 jan. 2023.

DIAS, D. L. O que é destilação? Brasil Escola. Goiânia, GO: Rede Omnia, c2023. Acesso em: 19 jan. 2023.

DIAS, D. L. Filtração à Vácuo – Características da Filtração à Vácuo. Brasil Escola. Goiânia, GO: Rede Omnia, c2023. Acesso em: 19 jan. 2023.

FOGAÇA, J. R. V. Filtração – Filtração Simples e à Vácuo. Mundo Educação. Goiânia, GO: Rede Omnia, c2023. Acesso em: 26 jan. 2023.

FAZENDO COISAS LEGAIS Brasil. Dessecador {Química #20}. Youtube: Fazendo Coisas Legais Brasil, 2018. 1 video (8m29seg). Acesso em: 26 jan. 2021.

CONSIGLIERI, V. O. Material e procedimentos do Laboratório de Farmacotécnica. e-Disciplinas USP. São Paulo: Universidade de São Paulo, c2023. Acesso em: 27 jan. 2023.

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Qualidade da Água: saiba as definições, como analisar e por que é indispensável

técnico analisando a qualidade da água

Nós precisamos de água para tudo no nosso dia-a-dia: hidratação, higiene, agricultura, industrialização e muito mais. Por isso, garantir sua qualidade é prioridade para a gestão de recursos hídricos dos países.

O Brasil, por exemplo, tem cerca de 12% de toda a água doce disponível no planeta. Cada uso demanda padrões diferentes de qualidade, e por isso foram criados os métodos de análise e tratamento da água.

Visto que a qualidade da água é um tema complexo, nosso trabalho neste texto é descomplicar o máximo possível para você. Vamos começar?

 

 

O que define a qualidade da água?

A água é, sem dúvida, um dos compostos mais importantes da história do ser humano sobre a Terra. Sem ela não há saúde, economia ou qualidade de vida, afinal. É a água que dá vida às plantações, permite a fabricação de vários produtos e hidrata o nosso corpo.

O recurso natural mais precioso do planeta tem uma composição harmoniosa, e por isso permite o crescimento de uma fauna e flora próprias, com realização de fotossíntese e disposição de nutrientes. Além disso, atua também como solvente universal quando está no estado líquido.

Por ser tão completa, é natural que a água tenha diversas aplicações em nosso cotidiano. Mas ela não deve ser a mesma para todos os seus usos.

É aqui que entra o conceito de qualidade da água: do ponto de vista prático, é a análise das suas propriedades físicas, químicas e biológicas. Dessa forma, é possível descobrir qual é a água ideal para cada tipo de uso.

 

O que compromete a qualidade da água?

Por causa da sua fluidez, a água consegue dissolver e se misturar com inúmeros elementos e substâncias. Sendo assim, basta entrar em contato com um material ou ambiente para que ela carregue um pouco deles em sua composição.

A água mineral, por exemplo, leva esse nome porque tem origem em aquíferos cercados de materiais rochosos. Uma vez que as rochas soltam minérios, a água os incorpora. Neste caso, são substâncias que fazem bem à saúde de quem beber. Mas, é claro, nem tudo são flores.

 

Principais categorias de contaminantes da água

A presença desses materiais pode causar alterações nos parâmetros físico-químicos da água, de tal forma que coloca a sua conformidade em cheque. Mas se a água incorpora tanta coisa ao mísero contato, o que deve ser monitorado?

Para responder a esta pergunta, em primeiro lugar precisamos saber mais sobre os órgãos responsáveis pela água no Brasil. Em seguida, quais são os marcos legais da legislação sobre o tema e os padrões de qualidade que foram estabelecidos.

 

Quais são os padrões de qualidade da água no Brasil?

Quem cuida da água no Brasil é o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH), que foi criado através da Lei Federal nº 9.433, de 1997.

O SINGREH conta com a participação de órgãos executivos e deliberativos, alguns em âmbito nacional e outros de dimensões estaduais. Algumas das funções desses órgãos são, por exemplo, a regulação de contratos e o controle das operações que envolvam água.

Por outro lado, a entidade responsável pela classificação das águas disponíveis em todo o Brasil é o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). São três tipos de águas brutas: as doces, as salinas e as salobras, que são divididas em classes que orientam seus usos.

 

A partir da divisão das classes da água, o CONAMA mapeou os usos para os quais o recurso é destinado. Sendo assim, os usos são divididos em duas categorias:

 

Resoluções do CONAMA sobre a água

As resoluções do CONAMA contam com tabelas de padrões de qualidade, a fim de listar os parâmetros e seus valores máximos permitidos. Eles devem orientar as análises de conformidade da água, segundo a classe à qual ela pertence. As mais relevantes são:

 

Quais são os principais usos da água no Brasil?

 

Abastecimento doméstico

É a água que usamos para beber, tomar banho e cozinhar, entre outras funções. É dependente de estações de tratamento de água e análises da qualidade para consumo humano.

Mesmo que as águas destinadas para este abastecimento sejam das classes mais altas entre os recursos hídricos, a lei diz que é obrigatório que ocorra um processo de desinfecção. Pode ser de tratamento simplificado ou convencional.

A orientação é seguir os padrões de potabilidade da água estabelecidos pela Portaria de Consolidação nº 5, criada em 2017 pelo Ministério da Saúde e que foi parcialmente alterada pela Portaria nº 888, de 2021.

 

Abastecimento industrial

Pode ser usada como matéria-prima e como solvente, além de ser parte importante dos procedimentos de higienização. A orientação é, acima de tudo, não possuir substâncias e organismos que façam mal à saúde. Também deve ter baixa dureza e baixa agressividade.

No caso da indústria de alimentos, manter o controle de qualidade da água é importante para a conformidade do produto final. Por isso, é recomendado que as fábricas de alimentos contem com suas próprias estações de tratamento de água, se for posível.

 

Irrigação

É o maior uso da água em território nacional, já que corresponde à metade do que é retirado dos recursos hídricos. Visto que é enviada para a atividade agrícola, a quantidade varia dependendo do tipo de cultura, solo, relevo, clima e equipamentos utilizados.

Desse modo, a orientação geral é que tenha baixa dureza, agressividade e salinidade. Além disso, deve ser isenta de substâncias químicas e organismos prejudiciais à saúde, ao solo e às plantações.

 

Uso animal

É a água que vai para o desenvolvimento da pecuária, aquicultura e pesca. A quantidade destinada varia dependendo do tipo da cultura, sendo que 87% da demanda corresponde à criação de bovinos.

Para que a água não faça mal à saúde dos animais, a orientação é que não contenha substâncias químicas e microrganismos patogênicos. Dessa forma, é possível garantir a conformidade dos produtos finais.

 

Preservação da fauna e flora

Voltadas para a preservação das comunidades aquáticas em território nacional, é uma demanda atendida por classes de águas doces, salobras e salinas. Seu padrão de qualidade varia de acordo com os requisitos ambientais da fauna ou flora que se deseja conservar.

 

Recreação e lazer

São as águas direcionadas para o turismo náutico, prática de esportes aquáticos e outras usos. De acordo com as legislações do CONAMA, são catalogados dois tipos de recreações:

Assim como qualquer recurso hídrico direcionado para uso humano, as águas para recreação e lazer não devem conter substâncias químicas ou organismos prejudiciais à saúde. Além disso, também é orientado que possuam baixos teores de sólidos em suspensão, óleos e graxas.

 

Geração de energia

São as águas voltadas para o funcionamento de usinas hidroelétricas e termelétricas. De acordo com a orientação geral, as águas direcionadas para geração elétrica devem ter baixa dureza e agressividade.

 

 

Índices de Qualidade de Água usados no Brasil

Cada uso de água demanda critérios diferentes de qualidade. O CONAMA permite o uso de índices personalizados para que os órgãos estaduais façam a análise das águas. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), são sete os principais índices utilizados no Brasil:

  1. Índice de Qualidade das Águas (IQA): criado pela National Sanitation Foundation, órgão que fiscaliza recursos hídricos nos EUA. Avalia a qualidade da água para uso doméstico.
  2. Índice do Estado Trófico: verifica a presença de nutrientes na água, visto que podem incentivar a proliferação de algas e presença de odores fortes quando estão em altas quantidades .
  3. Análise de Balneabilidade: mede a qualidade da água para uso recreativo em praias, lagos e rios.
  4. Qualidade de Água para a Proteção da Vida Aquática (IVA): análise das propriedades da água para a fauna e flora aquáticas.
  5. Índice de Qualidade da Água Bruta para Fins de Abastecimento Público (IAP): desenvolvido no Brasil, aprimora o IQA e adiciona outros parâmetros de análise, como a presença de substâncias tóxicas, ou que afetem sua qualidade para os sentidos humanos.
  6. Qualidade de Água em Reservatórios (IQAR): critério que analisa os parâmetros da água em reservatórios de abastecimento.
  7. Índice de Contaminação por Tóxicos: criado no Brasil, analisa parâmetros químicos que podem causar danos à saúde por ingestão da água.

 

Qual é o padrão de qualidade da água para uso em laboratório?

A água utilizada em laboratórios vem das fontes direcionadas para o abastecimento doméstico urbano. Apesar de ser retirada das classes mais altas dos recursos hídricos e tratada em estações, ela ainda não está adequada para o uso laboratorial.

Acontece que, mesmo depois do tratamento, a água ainda possui alguns elementos e substâncias. O flúor, por exemplo, é adicionado visando a saúde dental dos consumidores.

Já outros materiais, orgânicos e inorgânicos, são liberados pelo contato da água com as tubulações, tanques de estocagem e torneiras. Sem falar nos microrganismos, que estão por toda a parte. É por isso que, na rotina do laboratório, é preciso transformar a água potável em água reagente.

 

Qual é a diferença entre a água potável e a água reagente?

Pois é, a água boa para beber não é suficientemente pura para uso laboratorial. E nem poderia ser, já que a água reagente não é adequada para o consumo.

A água considerada potável tem íons e sais que são essenciais para hidratar o corpo humano. A água reagente, por outro lado, só passa a ser considerada pura se contém o mínimo, ou elimina todos eles.

 

 

Os íons, sais e microrganismos podem impactar nos resultados das análises, já que alteram a qualidade dos reagentes utilizados. Sendo assim, todo laboratório que se preze precisa trabalhar com métodos de purificação da água.

É por isso que a Cap-Lab comercializa dois métodos de purificação de água: destiladores e equipamentos de osmose reversa. A combinação dos dois métodos dá uma ótima água pura, que atende a maior parte dos procedimentos de rotina de um laboratório de análise.

Há dois tipos de destiladores disponíveis: o tipo Pilsen, que é instalado em paredes e possui capacidade para lidar com grandes fluxos de água, e o de bancada, que deve ser usado junto com carvão ativado para filtrar as impurezas.

Destilador de Água Tipo Pilsen

Destilador de Água de Bancada Osmose Reversa

 

Quais são os parâmetros para analisar a qualidade da água?

 

Parâmetros físicos

 

Temperatura

Variações térmicas vêm de causas naturais, não apenas da influência do sol e das estações do ano, como também pela ação humana. A temperatura afeta diretamente a tensão superficial da água e pode aumentar sua viscosidade, bem como impactar os organismos aquáticos.

 

Sabor, odor e cor

São parâmetros de alta importância para a distribuição de uso doméstico e industrial. Uma vez que a água não está insípida, inodora e incolor, há um indicativo da presença de microrganismos e resíduos orgânicos e inorgânicos.

 

Turbidez

Imagine, por exemplo, que você está tomando água em um copo de vidro transparente, sentado em um parque ao meio-dia. À medida que a luz do sol bate no copo, você repara que a água está com um aspecto turvo.

Isso acontece porque a luz tem dificuldade em atravessar as partículas em suspensão, que estão dispersas na água. A turbidez pode ser fruto do crescimento de bactérias ou da presença de sólidos.

 

Sólidos totais dissolvidos

É o parâmetro que mede a quantidade de solutos dissolvidos na água. Costuma identificar materiais como bicarbonato, sódio, magnésio, cálcio e cloretos.

Apesar de serem emitidos em fontes naturais, as principais razões para a presença de sólidos em água são contato com resíduos industriais, esgotos, produtos químicos e atividades ligadas a agricultura.

 

Condutividade elétrica

A água conduz eletricidade por causa dos íons em sua composição, geralmente vindos dos sais. Sendo assim, medir a condutividade da água ajuda a determinar com precisão seu grau de salinidade. Se o índice for alto, é indicativo da presença de contaminantes.

 

 

Parâmetros químicos

 

pH

É o potencial hidrogeniônico da água. É medido em uma escala que vai de 0 a 14, para que se classifique a substância como ácida, neutra ou básica/alcalina. Influencia na qualidade da água, dependendo do seu uso. Para beber, o pH ideal é entre 6 e 9,5.

 

Alcalinidade

É o parâmetro que indica o quanto a água consegue absorver substâncias ácidas sem que o pH se altere. É muito importante para a aquicultura e as estações de tratamento de água, já que ajuda a definir a quantidade de produtos químicos que serão utilizados.

 

Dureza

Quando há altas concentrações de sais, como cálcio e magnésio, ou metais bivalentes, a água é considerada “dura”. Ao ser utilizada, essa água pode manchar roupas, entupir canos e conexões, ressecar a pele e os cabelos, além de diminuir a vida útil de equipamentos.

 

Metais

Podem vir do contato natural da água com o solo e as rochas, mas também de resíduos industriais. Alguns, como o ferro e o manganês, causam alterações em parâmetros físicos da água. Outros, como o chumbo, são tóxicos e extremamente prejudiciais à saúde.

 

Fósforo e Nitrogênio

São nutrientes que, se estiverem em alta quantidade, facilitam o desenvolvimento de algas indesejadas. A presença de algas na água altera alguns parâmetros físicos, principalmente o sabor o odor.

 

Fluoretos

O flúor é colocado na água durante o tratamento para abastecimento doméstico, para ajudar na saúde bucal e manutenção da arcada dentária. No entanto, se estiver em altas quantidades, pode causar doenças, déficits cognitivos e até mesmo câncer.

 

Oxigênio dissolvido

A água, naturalmente, tem oxigênio dissolvido em sua composição. Sem o oxigênio, não há vida para os organismos aquáticos aeróbios.

A quantidade de oxigênio dissolvido depende da altitude e da temperatura de onde a água foi retirada. Também pode ser diminuído pela presença de matéria orgânica, já que isso coloca as bactérias para trabalharem na decomposição, consumindo muito oxigênio no processo.

 

Matéria orgânica

É primordial para a vida e nutrição de seres aquáticos, mas em grandes quantidades causam alterações em parâmetros físicos e químicos da água. Quanto mais matéria orgânica, mais o oxigênio dissolvido diminui, o que causa desequilíbrios ecológicos.

 

Componentes inorgânicos

Agrotóxicos, detergentes, cianetos e produtos químicos entram em contato com a água por causa de dejetos industriais e atividades extrativistas, como o garimpo e a mineração. Devem ser monitorados, pois são prejudiciais à saúde dos seres humanos e dos animais.

 

 

Parâmetros biológicos

Já que a água repleta de nutrientes, ela é um prato cheio para microrganismos de todas as classificações. Nas análises de qualidade, alguns devem ser acompanhados com atenção: as bactérias patogênicas e as algas.

As algas surgem em águas com excesso de matéria orgânica. Elas podem trazer alterações de sabor, cor e odor, reduzem o oxigênio dissolvido e interferem em processos de tratamento de água.

As bactérias patogênicas, por outro lado, são um perigo para a água destinada ao uso humano e animal. Indicativo de que houve contato com dejetos, podem causar doenças sérias como febre tifóide, cólera, gastroenterites e diarreias sanguíneas.

 

 

O que há no catálogo da Cap-Lab para analisar a qualidade da água?

 

Para análises físicas

Para verificar a cor da amostra de água, temos o Colorímetro Portátil Checker® Hanna HI727. Em análises de turbidez, o Turbidímetro Milwaukee Mi415 trabalha com uma faixa ampla de medições. Por fim, contamos com uma ampla linha de termômetros para definições de temperatura.

Colorímetro Portátil Checker HC Analisador de Cor de Água HI727

 

Turbidímetro Milwaukee MI415 Termômetro Digital com Sonda Checktemp HI98501

Há diversas opções para análise de cloro: os Analisadores Portáteis Checker® HC Hanna conseguem medir a quantidade de cloro livre, cloro total e cloro total faixa ultra alta. Entregam resultados rápidos, cabem no seu bolso e são simples de operar. Para essas medições, também estão disponíveis o Microquant® Cloro Livre Merck e os Fotômetros Milwaukee.

Analisador Checker para Cloro Livre Hanna

 

Microquant Cloro Livre Fotômetro Portátil para Cloro Total MW11

Para medir a condutividade elétrica da água, temos os condutivímetros de bolso HI98303 da Hanna e o CD601 da Milwaukee. Ambos possuem compensação automática de temperatura, mas são diferentes na faixa de medição e resolução.

Condutivímetro de Bolso Hanna HI98303 Condutivímetro de Bolso Milwaukee CD601

 

Para análises químicas

Os pHmetros Milwaukee contam com eletrodo de pH e uma sonda de temperatura, para compensação dos efeitos durante as medições. Há modelos de bancada, portáteis ou de bolso. Os eletrodos podem ser para amostras sólidas ou líquidas. Possuímos também pHmetros direcionados para aquarismo, tratamento de piscinas e aplicações robustas.

Caso o desejo seja uma análise mais simples, o Teste de pH 1-14,0 MQuant® Merck atende perfeitamente: são 100 tiras que entregam o valor do pH de forma semiquantitativa, a partir de uma escala de cores.

pHmetro de Bancada Milwaukee MW150 pHmetro Portátil Milwaukee MW105 pHmetro de Bolso Milwaukee Teste de pH MQuant Merck

Para medir o oxigênio em água, o Medidor de Oxigênio Dissolvido Milwaukee MW600 é um dos queridinhos do mercado. É portátil, possui uma estrutura robusta e conta com uma bateria com até 70 horas de uso contínuo.

Medidor de Oxigênio Dissolvido Milwaukee MW600

 

Para análises microbiológicas

Os Luminômetros Hygiena detectam trifosfato de adenosina, ou ATP, uma molécula de energia que pode ser encontrada em qualquer matéria orgânica. Através dos dispositivos AquaSnap Free e Total é possível monitorar a eficiência de limpeza em amostras de água vindas do processo de enxágue.

Para detecção de microrganismos, também é possível usar o MicroSnap: há testes para contagem total, Enterobactérias, Coliformes e Listeria. As amostras precisam de incubação, com resultados em menos de 24h.

Teste por ATP AquaSnap Livre e Total Luminômetro Hygiena EnSURE Touch Teste Microbiológico por ATP MicroSnap

Outra opção para as análises microbiológicas é a linha de meios de cultura granulados da Merck. Com foco exclusivo em Coliformes e E. coli, é possível fazer medições presuntivas com o Agar Cristal Violeta Vermelho Bile (VRB), e confirmativas com o Caldo EC ou o Caldo Verde Brilhante Bile 2%.

Para uma análise mais rápida e qualitativa de Coliformes e E. coli, também indicamos o Readycult® Coliforms 100 Merck. O pacote contém 20 testes, e um flaconete é o suficiente para 100mL de amostra de água.

Meios de Cultura Granulados Merck Readycult Coliforms 100 Merck

Outra opção para análise de microrganismos são as placas Compact Dry, que podem ser mantidas em temperatura ambiente e reduzem o espaço de estocagem em até 90%. Elas são transparentes e facilitam a contagem de colônias.

Compact Dry

 

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Referências

CASTANHEIRA, A. C. Controle de Qualidade de Leite e Derivados. 2ª ed. São Paulo: Cap-Lab, 2010. 269 p.

GUERRA, M. G. et al. Disponibilidade e qualidade da água na produção de leite. Acta Veterinaria Brasilica, v. 5, n. 3, p. 230-235, 2011.

FERNANDES, A.; NOGUEIRA, M.; RABELO, P. Escassez e qualidade da água no século 21. Informe Agropecuário, v. 29, n. 246, p. 86-101, 2008.

GIRARDI, R; VENZON, P. T. Parâmetros de qualidade da água de rios e efluentes presentes em monitoramentos não sistemáticos. Revista de Gestão de Água da América Latina, v. 16. e. 2, 2019.

LÁZARO DA SILVA, J. C. A qualidade das águas superficiais e os principais critérios de avaliação. Goiânia, GO: Brasil Escola, c2022. Acesso em: 6 jun. 2022.

ANA – Agência Nacional de Águas. Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil. Brasília, DF: Governo Federal, c2021. Acesso em: 14 jul. 2022.

ANA – Agência Nacional de Águas. Indicadores de Qualidade – Índice de Qualidade das Águas (IQA). Brasília, DF: Governo Federal, c2022. Acesso em: 22 jul. 2022.

EOS CONSULTORES. Qualidade da Água: conheça os parâmetros de monitoramento no Brasil. Campo Grande, MS: EOS Consultores, c2022. Acesso em: 6 jun. 2022.

SANCHES, C. Como manter a qualidade da água nos laboratórios. São Paulo: LabNetwork, 2015. Acesso em: 21 jul. 2022.

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Microrganismos nos alimentos: como identificar e com quais a indústria deve se preocupar?

análise de microrganismos nos alimentos

É fato que a natureza tem vida por todos os cantos. E nós, como seres vivos, fazemos parte dela. Os microrganismos também, e eles estão presentes em todo o nosso corpo. Ainda assim, mesmo com essa convivência tão próxima, temos que ter cuidado com a presença deles nos alimentos que consumimos.

Mas afinal, qual é a diferença entre os microrganismos que nos fazem bem e os que nos fazem mal? Como saber mais sobre essas criaturas tão minúsculas, que só podem ser vistas com a ajuda de um microscópio?

Neste artigo você entenderá o que é Microbiologia, qual é a sua importância para a indústria de alimentos e, principalmente, quais são os microrganismos que podem nos causar doenças. Vamos começar?

 

 

O que é Microbiologia?

Microbiologia é uma palavra de origem grega, que une os termos mïkros (pequeno) e bios (vida) ao sufixo -logia (estudo). É o “estudo da vida pequena”, ou seja, é a ciência que estuda organismos minúsculos, que só podem ser vistos com o uso de um microscópio.

O estudo dos microrganismos começou a tomar forma no século XIX, graças ao trabalho de cientistas como Louis Pasteur e Robert Koch. Os dois são responsáveis por descobrir a ação dos microrganismos na fermentação das matérias orgânicas, assim como a relação entre agentes bacterianos e a transmissão de doenças.

A verdade é que nós não estaríamos vivos se os microrganismos não existissem. É graças a eles que há vida na Terra. Eles habitam a pele dos animais e regulam vários processos do nosso organismo. Além disso, também produzem proteínas que são necessárias para a sobrevivência do ser humano e fortalecem o nosso sistema imunológico.

Essa população de microrganismos que está sempre com a gente é chamada de microbiota humana. São milhares de espécies espalhadas por todo o nosso corpo. A quantidade é tão grande que, se somada, pesaria em torno de 2 kg.

Da mesma forma, eles também estão presentes por toda a natureza há milhões de anos. Atuam na reciclagem de nutrientes, no fluxo de energia do solo e no equilíbrio ambiental.

 

Qual é a importância da Microbiologia para a Indústria de Alimentos?

Se os microrganismos estão por toda a parte, eles também estão nos alimentos que consumimos. Todos possuem a sua própria microbiota e isso não é algo negativo, mas sim natural.

A questão é que os microrganismos são onipresentes: estão na água, no solo, no ar, nos animais e também nos alimentos. É verdade que grande parte deles são importantes para a nossa saúde, mas uma pequena parcela desse grupo pode nos fazer mal. E apesar de pequena, essa parcela é poderosa.

Há três tipos de microrganismos que interessam à indústria de alimentos:

Por isso, para entendermos as ações desses microrganismos existe a microbiologia de alimentos. É uma vertente da microbiologia geral, que conta com três linhas de atuação: a pesquisa de patógenos, o controle de qualidade dos alimentos e a vigilância sanitária.

 

O que diz a legislação brasileira sobre microrganismos em alimentos?

Os critérios de regulamentação ativos no Brasil variam de acordo com o tipo de alimento e o órgão responsável pela fiscalização de cada estabelecimento produtor.

No caso do leite e seus derivados, por exemplo, o órgão encarregado é o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A partir dos Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade (RTIQ) e da Instrução Normativa nº 76/2018, o MAPA estabelece os padrões para produção do leite cru e pasteurizado.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), da mesma forma, assume a responsabilidade sobre outras categorias de alimentos através da Resolução RDC nº 331/2019 e a Instrução Normativa nº 60/2019.

A ideia principal das legislações, afinal, é garantir que os alimentos não tenham microrganismos patogênicos, toxinas ou metabólitos em quantidades que possam afetar a saúde do consumidor.

O critério de padrão microbiológico é definido de acordo com um conjunto de diretrizes, que definem se o lote ou processo está adequado. As decisões são tomadas a partir de testes microbiológicos, com a utilização de meios de cultura e contagem de colônias. Assim é possível saber se a quantidade de microrganismos presentes no alimento poderá causar doenças.

 

 

LEIA TAMBÉM: Tudo o que você precisa saber sobre Higiene na Indústria de Alimentos

 

 

Quais são os microrganismos que a indústria de alimentos deve se preocupar?

 

Enterobactérias

É uma família de bactérias responsável por várias infecções em humanos e animais. Podem ser encontrados na natureza, mas a maioria habita o trato gastrointestinal de animais de sangue quente.

Ter a presença de Enterobactérias no organismo não é sinônimo de infecção, porque várias são benignas. No entanto, alguns gêneros da família são perigosos para a saúde. Os principais são os Coliformes (principalmente a E. Coli), Shigella, Yersinia e Salmonella.

Em resumo, as infecções por Enterobactérias podem causar:

 

Coliformes

Este grupo contém mais de 20 espécies de bactérias, sendo que algumas têm origem no trato gastrointestinal de humanos e animais. Pertencem à família das Enterobactérias, mas merecem uma atenção especial por serem muito comuns em ambientes onde se fabricam alimentos. Há duas separações entre os Coliformes:

 

Coliformes Totais

Bactérias que sobrevivem em ambientes com temperatura de 35°C a 37°C. Como produzem gases e ácidos orgânicos, possuem alta capacidade de fermentar a lactose. A presença de Coliformes Totais em alimentos pode indicar falta de higiene no processo de fabricação.

 

Coliformes Termotolerantes

Bactérias que suportam uma temperatura superior a 40°C e estão presentes em todos os animais de sangue quente. O trato gastrointestinal é seu habitat natural. Elas produzem toxinas que afetam o intestino grosso, o que pode causar:

A espécie mais comum entre os Coliformes Termotolerantes é a E.Coli, que possui cinco classificações entre as patogênicas. Infecções por essa bactéria podem causar diarreia aquosa, inflamação no intestino grosso, desinteria com presença de sangue e muco, meningite em recém-nascidos e infecções urinárias – principalmente em mulheres.

 

Salmonella

Um dos gêneros da família das Enterobactérias, a Salmonella é um patógeno que também tem como habitat natural o trato gastrointestinal de animais de sangue quente. Pode estar presente em carnes de porco, aves, bovinos, ovos, leite não pasteurizado e derivados.

A contaminação no ser humano se dá através da ingestão de alimentos ou água contaminada, o que dá início a uma infecção alimentar. Como resultado pode causar duas doenças, sendo elas:

 

Bolores e Leveduras

Apesar de serem bem diferentes entre si, ambos pertencem ao grupo dos Fungos. A maioria deles vive no solo e estão presentes na decomposição de materiais na natureza.

Também podem ser encontrados na água, no ar, nas plantas, nos insetos, entre outros. A presença de bolores e leveduras indica falta de higiene em ambientes de fabricação de alimentos.

 

Bolores

São fungos multicelulares que se adaptam bem a variações de umidade e temperatura. Os bolores não tem preferência de nutrientes, então podem crescer em praticamente qualquer lugar, com fácil esporulação. Podem causar danos ao fígado, disfunção imunológica e liberam toxinas que podem ser prejudiciais à saúde.

 

Leveduras

São fungos unicelulares, que se reproduzem em maior quantidade do que os bolores. Se multiplicam mais rápido em substratos ricos em carboidratos, como açúcares simples. Assim sendo, a alta contagem de leveduras pode levar a uma perda de 5 a 10% do valor nutricional de um alimento.

 

Bacillus cereus

Bactéria que pertence à família Bacillaceae, com células em forma de bastonetes. Está em todos os cantos da natureza, inclusive em produtos agrícolas e de origem animal. Também pode ser responsável por causar mastite em vacas. A contaminação acontece ao se ingerir alimentos contaminados.

O Bacillus cereus produz dois tipos de toxinas: a diarreica e a emética, que causam intoxicação alimentar. A diarreica pode causar náuseas, cólicas abdominais e diarreia aquosa. Já a emética causa vômitos e dores no estômago. Apesar das intoxicações geralmente terem curta duração, o número de casos de contaminação é alto.

 

Staphylococcus aureus

Bactéria que pertence à família Staphylococcaceae, sendo a mais perigosa delas. É oportunista e costuma se proliferar em ambientes com pessoas que estão com a imunidade baixa, como hospitais e postos de saúde. Causam intoxicação alimentar pela produção da toxina estafilocócica, que é resistente ao calor.

Pode ser encontrada na pele, no nariz e nos cabelos de pessoas saudáveis. Não é difícil que trabalhadores da indústria possam contaminar o que é produzido. Sua transmissão ocorre por contato direto, através de objetos contaminados, ou pelo ar quando liberada por espirros e tosses de pessoas infectadas.

A Staphylococcus aureus causa infecções simples, como acne e furúnculos, e também infecções graves. Entre as doenças mais sérias estão a pneumonia, a meningite, a endocardite e a sepse. Todas podem levar a óbito.

 

Listeria

Um gênero de bactérias da família Listeriaceae que costuma crescer em temperaturas que vão de 0°C a 42°C, sendo comum em ambientes refrigerados. Pode estar presente em produtos de origem animal, vegetais e frutas. Também pode estar no leite não pasteurizado, em queijos cremosos, em patês e embutidos.

A mais perigosa ao ser humano é a Listeria monocytogenes, que pode causar listeriose. Os sintomas são parecidos com os de uma gripe comum, só que acompanhados de dores intensas no corpo, vômitos e diarreia. O risco maior é para fetos e bebês, que são mais suscetíveis aos efeitos.

 

Quais são os métodos para identificar microrganismos nos alimentos?

A melhor forma de verificar se um alimento possui ou não microrganismos patogênicos em sua composição é através de análises microbiológicas. Usando meios de cultura específicos para a família ou gênero de microrganismo que se quer identificar, em geral basta seguir as seguintes etapas:

  1. Inoculação: a princípio, depositar a amostra dentro do meio de cultura, que contém os nutrientes certos para o microrganismo a ser analisado;
  2. Incubação: em seguida, com ajuda de uma incubadora, deixar o meio de cultura na temperatura ideal para o crescimento das colônias;
  3. Contagem: basta ver qual é a quantidade de colônias que se desenvolveram no meio de cultura, definindo assim se o alimento analisado pode ou não causar doenças através do seu consumo.

Mais etapas podem ser necessárias, uma vez que depende do meio de cultura utilizado. Na Cap-Lab trabalhamos com três linhas, cada uma com suas particularidades.

 

Compact Dry™

São placas prontas para uso, que absorvem rapidamente a amostra e reduzem o tempo da análise. Dentro da placa há um meio de cultura seco, coberto por uma camada de tecido absorvente, e por isso a produtividade do processo aumenta.

Além disso, as placas podem ser mantidas fora do refrigerador e possuem longo prazo de validade. Os resultados saem entre 24 a 48 horas na maioria das pesquisas. Ademais, outra vantagem é o espaço aéreo da placa, que permite o crescimento de mofos e leveduras em 3D.

 

Meios de Cultura Merck

A Merck produziu meios de cultura granulados, que são mais seguros que os comuns. Eles reduzem a inalação de componentes perigosos que podem causar reações alérgicas, ao passo que diminuem o risco de contaminação do ambiente de trabalho. Sua fluidez facilita a pesagem e a distribuição dos ingredientes, bem como dissolve as amostras com rapidez e possui um excelente custo-benefício.

 

Media Pad

Meio de cultura pronto para uso que, em virtude de sua espessura fina, diminui o espaço de estocagem e incubação em até 90%. Não só tem fácil contagem de colônias, como também apresenta resultados precisos em 24 a 48 horas. Sua validade é de até 36 meses.

 

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Referências

FORSYTHE, S. J. Microbiologia da Segurança dos Alimentos. 2ª ed. Porto Alegre, RS: Artmed Editora. 2013.

SOUSA, C. P. Segurança alimentar e doenças veiculadas por alimentos: utilização do grupo Coliforme como um dos indicadores de qualidade de alimentos. São Carlos, SP, v.9, n.1, p. 83-88, jan./jun. 2006. Acesso em: 13 dez. 2021.

BATISTA, J. V. R. Microbiologia dos alimentos e o papel dos conservantes: revisão bibliográfica. Maringá, PR: Universidade Cesumar, 2020. Acesso em: 13 dez. 2021.

BARROS, H. L. Vivendo com Microrganismos. Rio de Janeiro: Museu do Amanhã, c2021. Acesso em: 14 dez. 2021.

IFOPE Educacional. Microbiologia de alimentos: o que ela é e como ajuda a evitar a contaminação de alimentos. Belo Horizonte, MG: Ifope Educacional, c2021. Acesso em: 14 dez. 2021.

BONELLI, R. R. O que faz de um micro-organismo um patógeno? Rio de Janeiro: Microbiologia UFRJ, c2021. Acesso em: 14 dez. 2021.

GOMES, D. Microbiologia de Alimentos na UFF. Niterói, RJ: Universidade Federal Fluminense, 2018. Acesso em: 14 dez. 2021.

KASVI. Microbiologia de Alimento: Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs). São José dos Pinhais, PR: Kasvi, 2021. Acesso em: 14 dez. 2021.

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Calibração: como garantir equipamentos precisos em laboratório

calibração de equipamentos usados em laboratório

Qualquer análise feita pelos técnicos em laboratório tem apenas um objetivo: atingir resultados precisos. Para não ter dúvidas sobre a qualidade das suas medições, é vital que seus equipamentos estejam calibrados. Você sabe o que é isso?

Seja mexendo com vidrarias ou medindo o pH de uma substância, o que o técnico quer é encontrar os valores exatos. Mesmo com os aparelhos certos à sua disposição, isso não é garantia de que os resultados medidos estão de acordo com a realidade. 

Quando o assunto é Calibração, a Cap-Lab tem algumas coisas a dizer. Neste artigo falaremos um pouco sobre esse processo, o que é Metrologia e quais são as grandezas trabalhadas nos produtos que vendemos.

 

 

O que é Calibração e por que fazer nos equipamentos de laboratório?

Antes de mais nada é preciso explicar o conceito de Metrologia. A origem da palavra é grega e une os termos metron (medida) e logos (ciência).

Em suma, Metrologia é a ciência das medidas e medições. Sua atuação é teórica e prática, e não só para os estudos matemáticos, físicos e químicos. As cadeias produtivas e industriais também dependem dessa ciência.

Sendo assim, é a Metrologia que indica os padrões par calibração. Não há nada perfeito no mundo, nem mesmo as vidrarias e equipamentos feitos para medições. Todos os materiais tem desvios e o trabalho da calibração é identifica-los. Dessa forma é possível fazer as análises sem risco de errar.

Para ser um bom calibrador, o técnico precisa atender a três requisitos: ter o olho afinado, muita paciência e conhecer os padrões de calibração determinados pelo Inmetro.

Fica a lição: antes de usar um equipamento, não dê chance ao azar e realize a calibração primeiro. Assim você tem a garantia da segurança e faz as medições sem medo de errar.

Logo depois que termina o processo, o técnico emite um Certificado de Calibração. Nele o cliente encontra todas as informações que precisa para usar o equipamento, sem se preocupar com desvios.

 

Quais são as grandezas de Calibração medidas pela Cap-Lab nos equipamentos de laboratório?

A Cap-Lab tem seu próprio setor de calibração de equipamentos de laboratório. Como resultado, não dependemos de trabalho terceirizado e ganhamos tempo para liberar os produtos comprados pelos clientes. Além disso, conseguimos montar o nosso próprio estoque.

Nossos técnicos trabalham com as grandezas certas para garantir a qualidade dos equipamentos e vidrarias que vendemos. Por fim, estamos disponíveis aos nossos clientes para tirar qualquer dúvida que venha a surgir sobre o desvio informado no certificado.

 

Volume

É uma grandeza usada para calibrar vidrarias volumétricas e graduadas, assim como buretas digitais. Não se esqueça de fazer o procedimento de lavagem e secagem de cada um dos materiais antes de começar, dessa forma a medição não sofre mudanças.

Para fazer a calibração de volume é preciso:

A parte prática desta etapa varia de acordo com o formato e o tipo da vidraria.

 

Temperatura

É uma grandeza que serve para calibrar termômetros líquidos de vidro, termômetros digitais e também termo-higrômetros.

O laboratório da Cap-Lab trabalha, em média, com 22°C de temperatura ambiente e 50% de umidade para fazer este processo. Precisamos também dos seguintes equipamentos:

Os técnicos tiram a média de três pontos de medida dos termômetros, que podem ser padronizados ou não, a partir de três leituras de cada. A comparação é feita com a medição feita pelo termômetro que já está calibrado.

 

Densidade

É a grandeza usada para calibração de alcoômetros, densímetros, areômetros e termolactodensímetros. Cada um dos equipamentos tem uma quantidade de pontos específicos para calibrar, sendo eles:

A média é retirada a partir de três leituras de cada ponto. O laboratório da Cap-Lab trabalha com aproximadamente 22°C de temperatura ambiente, com 50% de umidade para fazer este processo. É usado um banho termostático, uma solução de acordo com o padrão de densidade e outras soluções para fazer ajustes, quando é necessário.

 

Umidade

É a grandeza que serve para calibrar termo-higrômetros. Os instrumentos que precisamos para este processo são:

A leitura é única e feita em três pontos. Vale lembrar, como já falamos antes neste texto, que um termo-higrômetro precisa ter duas grandezas calibradas: umidade e temperatura.

 

pHmetro

A calibração do pHmetro não é bem uma grandeza, mas é diferente de todas as que falamos anteriormente. É feita em duas etapas: a checagem elétrica e o teste de sensibilidade do eletrodo.

Na checagem elétrica, o técnico usa uma maleta que emite sinais, simulando uma medição de pH normal. Dessa forma é possível zerar qualquer tipo de desvio no equipamento.

Na etapa do teste de sensibilidade do eletrodo, o técnico usa uma solução tampão com temperatura a 25°C. Há também outras soluções, com níveis de pH em 4 (ácido), 7 (neutro) e 10 (alcalino). Assim é possível verificar se o eletrodo está lendo toda a escala de pH.

 

Infravermelho

É uma grandeza que serve para calibrar termômetros e pirômetros com sensor de infravermelho. Para fazer este processo, o técnico precisa de:

A placa deve gerar ondas com emissividade de 0,95. Como resultado, os comprimentos de ondas são medidos pelos termômetros, e depois é feita a comparação entre os dois.

 

O que vai no Certificado de Calibração?

Assim que termina todos as etapas de calibração do equipamento, o técnico emite um certificado. Este documento é entregue ao cliente junto com o produto que foi comprado.

Nele há informações básicas para fins de identificação, como a data em que foi feita a calibração e o número do certificado. Além disso, também são incluídos os seguintes dados:

 

Referências

YESCERT. Metrologia: o que é e para que serve? São Paulo: YesCert, 2021. Acesso em: 29 nov. 2021.

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Saiba como fazer a limpeza de eletrodos e sensores usados em laboratório

limpeza de eletrodos e sensores com água deionizada

Será que você está fazendo a limpeza dos eletrodos e sensores do seu laboratório do jeito certo? Sabemos que a rotina de laboratório demanda mexer com várias substâncias para coletar dados como os níveis de pH, oxirredução e condutividade. Esses resultados dependem de medidores bem cuidados e sem restos de outras amostras.

Quer fazer leituras precisas, sem influências que alterem os dados recolhidos? Então mantenha a limpeza dos medidores em dia. Para que você entenda de uma vez por todas como deixar seus equipamentos prontos para uso, neste artigo separamos algumas dicas de limpeza.

 

 

Quais são os medidores mais usados em laboratório?

 

Medidor de pH

Também conhecido como pHmetro, é o aparelho que mede o potencial de hidrogênio de uma substância. Geralmente possui um eletrodo conectado a um circuito potenciômetro, mas existem diferenças entre modelos e marcas.

Ao passo que entra em contato com a amostra analisada, o eletrodo produz milivolts que são convertidos para a escala de pH. Os níveis vão de 0 a 14, com o 7 tido como neutro.

 

LEIA TAMBÉM: Problemas na medição de pH? Confira 3 dicas úteis para não errar mais

 

Medidor de ORP

É o aparelho que mede o nível de oxirredução da água. Ultimamente são fabricados medidores universais que conseguem ler tanto a escala de pH quanto o nível de ORP da água, já que o eletrodo tem sensibilidade o suficiente para fazer ambas as medições.

Medida em milivolts (mV), a escala de ORP ajuda a determinar a facilidade com que um substrato ganha ou perde elétrons. Quanto maior o potencial elétrico, maior é a oxidação da amostra.

 

Condutivímetro

É o aparelho que mede o nível de condutividade elétrica de uma amostra. Pode ser portátil, de bancada ou de bolso. É equipado com uma sonda que possui dois sensores em seu interior. Como resultado, ao entrarem em contato com a substância, geram uma tensão que causa uma queda na voltagem. Isso permite a leitura da condutância.

O nível de condutividade é medido em milli (ou microSiemens por centímetro). A partir disso é possível identificar a concentração de sais presentes na água e qual seu grau de contaminação.

 

Como fazer a limpeza de eletrodos e sensores?

Em primeiro lugar, não se esqueça de verificar o modelo do equipamento e ler o manual antes de começar qualquer procedimento. Dessa forma é possível saber se há um método de limpeza específico ou restrições de quais substâncias usar para fazer a manutenção.

 

Eletrodo de pH e ORP

Acima de tudo, o fator mais importante de um eletrodo é ter sua sensibilidade garantida. Para isso é essencial realizar manutenções antes e depois do uso, assim é possível garantir que a medição não será afetada por substâncias externas.

Preserve o eletrodo numa solução de cloreto de potássio 3 mol, para mantê-lo hidratado quando estiver fora de uso. Sempre que for realizar uma nova análise, faça a limpeza com água destilada antes de começar a etapa de calibração. Dessa forma os restos de cloreto de potássio não vão afetar os resultados. Logo após, tire o excesso de água usando uma toalha de papel macia e sem fiapos, com muita delicadeza e sem fricção.

Depois que terminar o processo, limpe novamente o eletrodo com água destilada. Em seguida seque o excesso e volte a estocar o sensor na solução de cloreto de potássio 3 mol.

Por fim, não se esqueça de verificar o nível do eletrólito. Percebeu que o aparelho está demorando para calibrar? Então utilize uma seringa para retirar a solução usada de dentro do eletrodo, limpe-o internamente com água destilada e depois aplique outra solução de cloreto de potássio 3 mol.

 

Sensor do condutivímetro

Em contrapartida aos eletrodos de pH e ORP, fazer a limpeza da célula de condutividade não é difícil. É um medidor usado apenas em amostras de água, então basta água e detergente neutro ou água deionizada para resolver o problema.

Às vezes, quando perceber que o sensor precisa de uma limpeza mais profunda, utilize uma solução com álcool isopropílico, éter etílico e ácido clorídrico 0,1 mol.

Assim que o processo de limpeza for finalizado, seque o excesso usando um papel toalha macio, sempre com delicadeza, e recalibre o condutivímetro.

 

Este post foi útil? Então dê uma olhada no site da Cap-Lab, onde você encontra mais informações e artigos para laboratório! Entre em contato com o nosso Departamento de Vendas em vendas@cap-lab.com.br.

 

Referências

METTLER Toledo. Perguntas frequentes sobre pH/ORP. Mettler Toledo, c2021. Disponível em: https://www.mt.com/br/pt/home/library/know-how/process-analytics/faq-thor-orp-ph.html. Acesso em: 01 out. 2021.

ANALYSER – Instrumentação Analítica. Eletrodo de pH e ORP. São Paulo: Analyser, c2021. Disponível em: https://www.analyser.com.br/eletrodo-ph-orp. Acesso em: 01 out. 2021.

CITISYSTEMS. Condutivímetro: Precisão na Medição de Condutividade. Sorocaba, SP: Citisystems, c2021. Disponível em: https://www.citisystems.com.br/condutivimetro/. Acesso em: 01 out. 2021.

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Vidrarias de laboratório: saiba como fazer a limpeza corretamente

como fazer a limpeza de vidrarias de laboratório

As vidrarias são utensílios feitos para uso em laboratório, que ajudam a analisar e manipular substâncias químicas de forma segura e precisa. São feitas de uma mistura de vidro cristal (ou temperado) com vidro borossilicato. A união desses materiais forma uma estrutura firme e leve ao mesmo tempo.

Uma boa vidraria de laboratório não pode reagir a produtos químicos. Também deve ter maior ponto de fusão, além de resistência ao calor e a choques térmicos. Com tantas características, é natural que o preço desse tipo de material seja alto. Sendo assim, é preciso cuidar bem das vidrarias para garantir uma vida útil longa.

No laboratório se analisa todo tipo de substância. Se a mesma vidraria é usada para manipular amostras diferentes, o contato entre elas pode causar reações que mudam o resultado da medição. Desse modo, para garantir que isso não aconteça, devemos fazer a lavagem do material depois do uso. Neste artigo vamos falar sobre limpeza de vidrarias e quais são as etapas para uma higienização eficiente.

 

 

O que é preciso para fazer a limpeza de vidrarias de laboratório?

Antes de mais nada, lavar vidrarias é um processo que pede atenção e tempo. A forma de fazer a higienização muda dependendo de qual substância foi usada no utensílio.

Para preparar seu kit de limpeza e não precisar sair correndo em cima da hora atrás do que não tem, fizemos uma lista com os produtos mais usados:

Lembre-se que fazer a limpeza de materiais envolve manipular substâncias que não devem entrar em contato com a pele, portanto utilize os EPIs adequados para o ambiente de laboratório e garanta sua segurança.

 

LEIA TAMBÉM: Tudo o que você precisa saber sobre a importância do uso de EPIs em laboratório

 

Limpeza de vidrarias de laboratório: passo a passo

Toda substância possui características próprias, como pH, densidade e aderência, por exemplo. Algumas sujeiras são mais difíceis de tirar. Há duas classificações gerais para sujidades:

Desse modo, basta determinar o tipo de sujeira e o pH da substância. Assim é possível escolher os produtos e métodos certos para limpar a vidraria. Como resultado, seus utensílios estarão prontos para uso no futuro.

 

Processo de lavagem

O objetivo da lavagem é, sobretudo, diluir a substância usada nas vidrarias. Depois que o tipo de sujidade for identificado e qual é a substância adequada para fazer sua remoção, basta seguir as etapas para fazer uma limpeza adequada.

Às vezes algumas vidrarias novas, que ainda não foram utilizadas, podem estar com suas paredes internas levemente alcalinas. Para resolver o problema, coloque-as de molho por algumas horas em solução ácida. Em seguida, faça o enxágue.

O primeiro passo para lavar vidrarias usadas é aplicar o detergente com pH adequado e, usando uma escova de cepilho, esfregar o material por dentro. Ao lavar frascos arredondados na base, dobre a ponta da escova para alcançar as paredes internas.

Se a vidraria ainda está com resíduos de sujidade, mesmo depois de esfregar com a escova e enxaguar, deixe-a de molho em solução com detergente para tirar a sujeira. O banho de imersão deve estar em temperatura ambiente ou morno e durar de 1h a 16h, que é o tempo suficiente para diluir os resíduos.

Fique atento para nunca deixar bolhas de ar quando colocar as vidrarias dentro do banho. Se ao terminar o processo você identificar manchas brancas nas paredes internas do vidro, o material não está totalmente limpo e precisa ser lavado de novo.

 

Processo de enxague

O mais importante ao enxaguar vidrarias não é o tanto de água usada, mas o número de repetições. O indicado é realizar o processo de 3 a 4 vezes usando água corrente, e mais 3 a 4 vezes usando água destilada.

Cada vidraria tem um formato diferente. Para o enxágue ser bem feito é preciso fazer o manuseio adequado do material. Resíduos de detergente podem causar contaminação cruzada e erros ao analisar outras amostras.

Vidrarias finas, como pipetas e bastões de vidro, devem ser agitadas durante todo o processo de enxágue. Dessa forma, tanto a água corrente quanto a destilada penetram bem o interior e eliminam os resíduos de sujidade e detergente.

Já utensílios como balões e Erlenmeyer são mais largos na base, então gire o bocal quando enxaguar com água corrente e destilada. Assim é possível alcançar toda a parede interna da vidraria.

 

Processo de secagem

O mais indicado é deixar as vidrarias lavadas secando em temperatura ambiente. Jamais use um material molhado ou úmido para fazer análises, pois os resultados serão afetados.

Se precisa trabalhar com o material na hora, existe a opção de usar a estufa. Mas fique atento às exceções: a recomendação é evitar vidrarias volumétricas, pois o vidro dilata e pode alterar a escala de medição. Para outros tipos, a orientação é colocar os utensílios quando a estufa ainda estiver fria. Lembre-se de não deixar ultrapassar 40°C e espere a câmara esfriar antes de retirar o material.

 

 

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Referências

CASTANHEIRA, A. C. Controle de Qualidade de Leite e Derivados. 1. ed. São Paulo: Cap-Lab, 2010. 269 p.

MANUAL da Química. Vidrarias de Laboratório. Goiânia, GO: Rede Omni, c2021. Acesso em: 30 set. 2021.

WEBINARS Analítica. Como melhorar a sua Lavagem de Vidrarias? São Paulo: Analítica, 2021. 1 video (1h29min). Acesso em: 29 set. 2021.

ANJOS, E. H. Limpeza de Vidrarias e Descarte de Resíduos. São Paulo: Eli Heber Anjos, 2020. 1 video (27 min). Acesso em: 28 set. 2021.

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Tudo o que você precisa saber sobre o uso de EPIs dentro do ambiente de laboratório

técnica de laboratório fazendo uso de EPIs para trabalhar

Depois que passamos pela pandemia de COVID-19, sabemos mais sobre os EPIs e sua importância na proteção dos trabalhadores da saúde. Dentro do ambiente de laboratório, no entanto, o uso desses equipamentos sempre foi necessário.

Quer entender o que são os EPIs, o que diz a lei brasileira sobre seu uso e quais são os principais equipamentos para se ter em laboratório? Neste artigo falamos tudo o que você precisa saber sobre o assunto!

 

 

O que são EPIs?

Equipamento de Proteção Individual (EPI) é qualquer produto que proteja o trabalhador ao fazer tarefas que coloquem sua segurança e saúde em risco. O uso desses equipamentos é obrigatório desde que a lei 6.514 da CLT foi aprovada, em 1977.

Em ambientes de trabalho que apresentem perigo ao bem-estar dos funcionários, a distribuição dos EPIs deve ser gratuita e para todos. Assim é possível evitar acidentes, riscos de contaminação e o contato direto com substâncias químicas.

Ou seja, qualquer empregador correto deve respeitar as regras de Segurança do Trabalho. Trata-se de um conjunto de medidas de prevenção garantidas pelo Governo Federal. Assim os colaboradores ficam protegidos e se reduz os custos com acidentes de trabalho, incluindo gastos com processos judiciais.

 

O que a lei brasileira diz sobre o uso de EPIs em laboratório?

A Norma Regulamentadora Nº 6, que foi publicada em junho de 1978, define quais são as obrigações dos empregadores, funcionários e fornecedores no que diz respeito ao uso e venda dos EPIs.

De acordo com a norma, são autorizados para uso apenas equipamentos que tenham um Certificado de Aprovação. Esse documento é feito pelo Ministério do Trabalho e garante que o produto está de acordo com as regras de proteção. Para fins de identificação, todos os EPIs devem ter o número do lote de fabricação.

Acima de tudo, é dever do empregador garantir todos os EPIs necessários a seus funcionários. Os produtos devem estar em perfeito estado e prontos para uso, assim como a entrega deve ser registrada. O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) é quem faz a lista dos equipamentos que serão distribuídos.

Além disso, também cabe à empresa exigir o uso dos produtos durante o horário de trabalho. O ideal é realizar treinamentos para reforçar a importância dos EPIs e fazer a substituição de qualquer equipamento que seja perdido ou sofra danos. A limpeza e manutenção dos produtos deve ser feita de tempos em tempos, para seguir a norma de proteção aos usuários.

Da mesma forma, é papel do funcionário se preocupar em sempre usar os EPIs quando desempenhar funções que apresentem risco a sua saúde e segurança, bem como se responsabilizar pela guarda e conservação. Se acontecer de algum EPI se tornar impróprio para uso, o colaborador deve informar o problema ao empregador.

 

Quais são as penalidades quando não se usa EPIs?

Se a norma não for cumprida, contudo, a empresa corre o risco de ser fechada. Também pode sofrer processos cíveis e trabalhistas, além de estar sujeita a multa. O valor da multa varia de acordo com o tipo de ocorrência.

O colaborador que não seguir as regras de uso dos EPIs pode levar advertências, ser suspenso e até mesmo ser demitido por justa causa.

 

LEIA TAMBÉM: Balanças de precisão: como surgiram e qual delas usar em seu laboratório

 

Quais são os principais EPIs para uso em laboratório?

Agora que sabemos o motivo do uso dos EPIs no ambiente de trabalho, veja quais são os equipamentos certos para garantir a segurança dentro do laboratório.

 

Jaleco

Dentro do laboratório os técnicos costumam trabalhar em bancadas altas, que estão na altura do tronco. Tudo pode acontecer, inclusive respingos e derramamento de amostras. O uso do jaleco serve para impedir o contato de fluídos químicos com a pele, evitando assim que sejam absorvidos.

A orientação padrão é que os jalecos sejam de manga longa, para cobrir ao máximo os membros do técnico. É obrigatório que tenham elástico nos punhos, para proteger os braços por inteiro. O material deve ser resistente, não-inflamável e impermeável. Os jalecos feitos de algodão ou fibra sintética são os mais usados.

O jaleco deve estar sempre fechado durante o trabalho no laboratório. Os botões devem ser de pressão ou de velcro, assim basta um puxão para abrir após o uso, já que o ato de desabotoar pode causar contaminação através das mãos. A indicação é que o jaleco não tenha bolsos, tanto superiores quanto inferiores.

 

Óculos de proteção

A região dos olhos é uma das partes mais sensíveis do nosso corpo. Está sempre exposta ao ambiente, ainda mais no laboratório, onde se mexe com substâncias tóxicas e materiais que soltam partículas. Quando trabalhamos com produtos químicos, não usar óculos de proteção é um risco sério.

Existem vários tipos de óculos de proteção. O material e o formato variam conforme o trabalho que será desempenhado. No laboratório, o ideal é que o material dos óculos seja resistente a corrosões. O equipamento deve estar ajustado ao rosto do técnico, sem ficar apertado ou frouxo demais. A ideia é proteger a região dos olhos por completo.

 

Máscara

A pandemia de COVID-19 nos ensinou a importância das máscaras para a proteção de doenças respiratórias, que são transmitidas pelo ar. Do mesmo modo, há risco de inalação de vapores tóxicos e partículas de materiais dentro do ambiente de laboratório.

Há máscaras feitas de diversos materiais e em modelos diferentes, que podem ou não contar com filtros. Avalie o nível de proteção necessário para escolher a melhor para o uso. Quanto mais tóxicas forem as substâncias analisadas, maior deve ser a proteção que a máscara oferece. 

 

Luvas

Não tem como trabalhar em laboratório sem usar as mãos. Elas são o principal instrumento que os técnicos têm para mexer com equipamentos e analisar substâncias. Usar luvas é crucial para evitar que a pele entre em contato com soluções químicos.

Os tipos de luvas mais usados são:

 

Este post foi útil? Então dê uma olhada no site da Cap-Lab, onde você encontra mais informações e artigos para o seu laboratório! Entre em contato com o nosso Departamento de Vendas em vendas@cap-lab.com.br.

 

Referências

NORMA Regulamentadora Nº 6 (NR-6). Governo Federal, 2021. Acesso em: 21 set. 2021.

OLIVEIRA, A. F. Tudo o que você precisa saber sobre segurança do trabalho. Beecorp, 2021. Acesso em: 21 set. 2021.

EPI para uso em laboratório químico: quais são os principais. Volk do Brasil, 2020. Acesso em: 21 set. 2021.

LEI do uso de EPIs: entenda as penalidades para quem não cumpre. Volk do Brasil, 2019. Acesso em: 21 set. 2021.