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Rastreamento de Cargas




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Conheça o FoodLab Jr. e seus benefícios para a indústria

O Food Lab Jr.

 

O analisador Food Lab Jr. Portátil é um espectrofotômetro* para a análise rápida e quantitativa de lactose, cloreto e ureia em alimentos. Um *espectrofotômetro é um dispositivo que mede a absorção de luz por uma substância, o que pode ser usado para determinar a concentração de um composto em uma amostra. No contexto de análise de alimentos, esse tipo de equipamento pode ser útil para a determinação quantitativa de diversos componentes, como proteínas, vitaminas, minerais, gorduras, açúcares, entre outros.

 

Os Kits

 

O Food Lab Jr. possui uma variedade de kits reagentes que são específicos para a análise de diferentes componentes em alimentos. Os kits contêm reagentes químicos que atuam com a substância-alvo na amostra e geram uma mudança na absorção de luz, que é então medida pelo espectrofotômetro. Com base na intensidade da mudança na absorção de luz, o equipamento calcula a concentração do componente de interesse na amostra.

 

 

 

Características:

 

 

Portanto, esse equipamento desempenha um papel fundamental na otimização das análises laboratoriais nas indústrias. Ele auxilia no atendimento de regulamentações de segurança alimentar e no desenvolvimento de produtos alimentícios.

 

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Referência:

https://www.cdrfoodlab.com.br

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Analisador de Umidade: por que seu uso é essencial para o Controle de Qualidade?

analisador de umidade

Fazer o controle e monitoramento da qualidade dos produtos é uma obrigação das cadeias produtiva e industrial. Visto que os órgãos fiscalizadores estão sempre a postos para identificar possíveis inconformidades, o uso do analisador de umidade é necessário para alguns setores.

O analisador de umidade atende a vários segmentos do mercado justamente por entregar dados sobre a quantidade de água presente nos produtos. A água é um fator essencial para o crescimento microbiano, e por isso deve ser monitorada constantemente.

Mas afinal, como funciona um analisador de umidade? Quais são os setores que devem fazer uso deste equipamento? E como escolher um analisador de qualidade? Falamos sobre esses tópicos neste texto! Vamos começar?

 

 

Por que usar um Analisador de Umidade?

Vamos fingir, por exemplo, que você trabalha fazendo o controle de qualidade em uma indústria de alimentos. Sua função é garantir que os produtos fabricados ali cheguem em excelentes condições ao consumidor final.

Visto que a matéria-prima chegou até a indústria, ela passou por uma cadeia produtiva primeiro. Você sabe que o produto interage com o ambiente externo, podendo sofrer alterações por causa da temperatura e umidade do ar. E também que haverá nele uma atividade de água interna, que transforma aos poucos a sua estrutura.

Para realizar o controle de qualidade na indústria, sem dúvida você precisa saber os detalhes da composição do produto. Recolher dados de análises físico-químicas faz parte da sua rotina.

O Analisador de Umidade é responsável por uma das análises mais importantes: a do teor de umidade. Esse dado é essencial para definir a qualidade da matéria-prima e, portanto, do produto final que será feito com ela.

 

LEIA TAMBÉM: Descubra tudo o que você precisa saber sobre Higiene na Indústria de Alimentos

 

Qual é a diferença entre o teor de umidade e a atividade de água?

Antes de nos aprofundarmos nos usos do Analisador de Umidade, primeiramente devemos falar sobre o teor de umidade e o índice de atividade de água. É comum que confundam esses dois parâmetros.

O teor de umidade é indispensável para o controle de qualidade de um produto, assim como a atividade de água. E, apesar de se relacionarem entre si, há uma diferença importante entre os dois.

Podemos dizer que o teor de umidade é a porcentagem da água total que há em um produto. A água total é a soma das três formas em que ela se apresenta: a água ligada, a água adsorvida e a água livre.

O índice de atividade de água (Aw) é o total da água livre de um produto. Uma vez que está disponível na estrutura do material, os microrganismos e enzimas a utilizam para suas reações metabólicas.

 

Qual é a relação entre a água e o crescimento de microrganismos?

Devemos pontuar que um alto índice de atividade de água não é indicativo de que o teor de umidade do produto é elevado. Vejamos o caso do pão, só para ilustrar: é um alimento com 40% de teor de umidade, o que é considerado baixo, enquanto sua atividade de água é alta (0,96).

Ou seja, enquanto o teor de umidade mede a quantidade de água no produto, o índice de atividade de água nos esclarece o quanto dessa água está disponível para os microrganismos e enzimas.

Com exceção dos microrganismos de baixa exigência, de forma geral podemos dizer que quanto maior é a atividade de água, maior e melhor é o crescimento microbiano.

 

Para que serve um Analisador de Umidade?

O teor de umidade, além de interferir na vida útil de um produto, também influencia em seu peso total. A umidade pode até não estar aparente, mas ela compõe a estrutura da matéria tanto quanto os sólidos.

É por isso que o analisador de umidade funciona como uma balança: ao depositar a amostra no prato, a primeira coisa que o aparelho fará é medir o seu peso total. Para chegarmos até o teor de umidade, no entanto, precisamos de um aumento de temperatura.

Sendo assim, o analisador de umidade opera no que chamamos de princípio termogravimétrico: a partir de um processo de aquecimento, a secagem da amostra faz com que seu peso diminua. A porcentagem do peso perdido indica seu teor de umidade.

Há dois tipos de analisadores de umidade: os que aquecem por infravermelho e por lâmpada de halogênio. A diferença entre os dois é o tempo de secagem da amostra: os que funcionam por lâmpada halógena entregam análises mais rápidas.

 

Quais são os segmentos que precisam de um Analisador de Umidade?

Já que o teor de umidade interfere no tempo de conservação de qualquer produto, várias indústrias e segmentos de produção podem usar o analisador de umidade. Separamos aqui algumas áreas onde o uso deste equipamento é importante e indispensável.

 

Indústria de Alimentos

Antes de chegar à indústria, a matéria-prima dos alimentos passa pelas etapas de produção e transporte. Durante esses processos, a umidade relativa do ar (UR) certamente influencia no teor de umidade do material.

Além disso, a umidade que o material absorve do ambiente é água livre, aumentando o índice de atividade de água disponível aos microrganismos. Este fator é um dos pontos que devem ser levados em conta para definir o shelf life do produto industrializado.

Shelf life é o termo em inglês para “vida de prateleira”. Em outras palavras, é o tempo que determina a duração do alimento, ou seu prazo de validade. Este prazo é determinado por diversas variáveis, inclusive o teor de umidade do produto.

Para seguir as normas de segurança e qualidade dos alimentos, a indústria faz uso do analisador de umidade. Desta maneira é possível saber se a matéria-prima adquirida está adequada para a industrialização dos alimentos, assim como controlar o percentual de umidade de produtos acabados.

 

SAIBA MAIS: Microrganismos nos alimentos: como identificar e com quais a indústria deve se preocupar?

 

Agricultura e Pecuária

Dentro da cadeia do agro, o teor de umidade faz parte de um eterno ciclo. A análise da quantidade de água é uma tarefa necessária para entender o solo para o plantio, o peso da colheita, a alimentação do gado e, por fim, a qualidade do produto extraído.

 

Agricultura

O agricultor precisa conhecer a área do cultivo em detalhes, principalmente as características do solo. Aqui entra o primeiro uso do analisador: descobrindo o teor de umidade, é possível saber se o solo retém água ou não, o momento e a quantidade certa para irrigação, prevenir doenças na plantação e outras conclusões relevantes.

Além disso, outra tarefa do agricultor é realizar o processo de secagem da safra antes de comercializá-la. Já que o preço dos grãos é estipulado por seu peso e o teor de umidade influencia nisso, uma quantidade de água incomum pode ser considerado um indicativo de fraude.

Usando o analisador de umidade, o produtor verifica se o procedimento de secagem fez efeito e assegura a venda de uma safra boa, que está de acordo com os padrões de qualidade estipulados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

 

Pecuária

Assim como os alimentos ajudam na hidratação dos seres humanos, os concentrados que alimentam os animais da pecuária fazem a mesma coisa. Em resumo: quanto mais hidratados estão os animais, maior é a possibilidade de aumento da quantidade de água nos produtos extraídos deles.

Falando exclusivamente da pecuária leiteira, o nível de hidratação do gado pode refletir em um leite com mais água e menos constituintes sólidos. É por isso que um dos testes mais valorizados é a análise do teor de sólidos no leite, já que é assim que se descobre o Extrato Seco Total (EST) da amostra.

Portanto, com a ajuda de um analisador de umidade, é possível secar a quantidade de água que há no leite e descobrir o seu teor de sólidos. Quanto mais sólidos há no leite, mais nutrientes ele possui e maior é o rendimento da produção de laticínios como queijos, iogurtes e outros.

Por outro lado, uma quantidade incomum de água no leite pode ser um indicativo de fraude. Nesses casos, apenas a Crioscopia pode confirmar a suspeita.

 

LEIA TAMBÉM: Descubra por que a Crioscopia do leite é essencial para garantir a sua qualidade

 

Indústria Farmacêutica

Medicamentos demandam muito cuidado em seu processo de produção. Qualquer interferência em sua composição química é certamente um fator de risco, o que deve ser evitado a todo custo. No entanto, é impossível fugir totalmente dos efeitos da umidade relativa do ar.

Quando um remédio é produzido, os farmacêuticos determinam qual é seu estado ideal – seja sólido, líquido ou em pó –, a fim de garantir o efeito esperado no organismo de quem for medicado. Um teor de umidade fora do comum permite o surgimento de fungos e bolores, pode oxidar comprimidos e empedrar medicamentos em pó.

Antes de comercializar o remédio, é importante a indústria verificar o teor de umidade de uma amostra. Medicamentos com quantidade de água fora do estipulado devem ser imediatamente descartados.

 

Indústria de Cosméticos

Cosméticos, assim como medicamentos, são baseados em formulações químicas e não escapam dos efeitos da umidade relativa do ar. E se tem água livre em excesso, há condições para os microrganismos fazerem a festa.

Cosméticos sólidos – como maquiagens em pó, talcos e sabonetes – são os mais afetados pelo alto teor de umidade. Os efeitos possíveis são empedramento, amolecimento e modificação do seu peso e volume, além do risco real de contaminação microbiológica.

Como é estipulado aos alimentos, os cosméticos também devem ter seu shelf life exposto na embalagem. Ao descobrir a quantidade de água, o analisador de umidade auxilia a indústria a definir o prazo de validade desses produtos.

 

Construção Civil

Imagine levantar um edifício sem usar materiais de qualidade? É tragédia na certa, ou muita dor de cabeça para o proprietário. O concreto, material que deixa qualquer construção em pé, é produzido com areia. E como não poderia deixar de ser, é aqui que a umidade relativa do ar ataca novamente.

São dois fatores que podem afetar a permeabilidade do concreto: o diâmetro dos grãos e o teor de umidade da areia utilizada. As usinas de concreto, que são responsáveis por produzir o material para as obras, precisam conhecer os detalhes da areia que vão utilizar.

Realizando testes com o analisador de umidade no concreto antes de comercializá-lo, essas usinas garantem um produto seguro e de qualidade para a construção civil levantar edifícios firmes, que não enfrentem problemas estruturais.

 

Qual Analisador de Umidade comprar?

 

Analisadores Bel i-Thermo

Recentemente a Bel tem investido em seus analisadores de umidade, lançando modelos completos e simples de operar. É o caso dos i-Thermo M5 163L e G163L, que contam com múltiplas opções de idiomas e suportam amostras de até 160g.

A principal diferença entre os dois é que o M5 163L possui tela grande de 5 polegadas em touchscreen, enquanto o display do G163L é de LCD com iluminação. Mas os dois equipamentos têm entrada USB para recolhimento de dados e armazenam o último ciclo de secagem utilizado.

Os analisadores i-Thermo também permitem a impressão dos dados da sessão por intervalo de tempo, que é totalmente definido pelo usuário.

 

Analisador Ohaus MB27

A Ohaus é conhecida por entregar excelentes analisadores de umidade, e está sempre buscando atualizar os equipamentos com as tecnologias mais atuais disponíveis para as análises. O modelo MB27 vem nessa linha, com aquecimento por lâmpada halógena e capacidade para amostras de até 90g.

Talvez o maior destaque do MB27 seja seu custo-benefício, que é um dos melhores do mercado. É um ótimo analisador para quem deseja fazer análises rápidas, confiáveis e de qualidade. Seu display é de LCD com iluminação e o equipamento possui até três modos de programação de secagem.

 

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Referências

VALENTINI, Sílvia Regina T. et al. Determinação do Teor de Umidade de milho utilizando aparelho de microondas. São Paulo: SciELO – Scientific Electronic Library Online, 1998. Acesso em: 17 mai. 2022.

DA CUNHA, Humberto V. F. A diferença entre Atividade de Água (Aw) e o Teor de Umidade nos alimentos. Campinas, SP: Food Safety Brazil, 2016. Acesso em: 13 mai. 2022.

MONTANHINI, Maike T. M. Umidade relativa do ar em indústrias de laticínios. Piracicaba, SP: Rede Agripoint, 7 abr. 2021. Acesso em: 17 mai. 2022.

ALONSO, Vanessa P. Propriedades da água e sua importância na estabilidade de alimentos in natura e processados. São Paulo: Food Tech Blog, 15 mar. 2013. Acesso em: 16 mai. 2022.

SANTOS, Maurício S. Você sabe fazer a correção do peso de grãos com base na umidade? Santa Maria, RS: Mais Soja, 16 fev. 2021. Acesso em: 17 mai. 2022.

EALI. Shelf life: a importância para a qualidade e segurança dos alimentos. Porto Alegre, RS: Blog da Eali, 19 fev. 2020. Acesso em: 17 mai. 2022.

BANDERALI, Mauro. A importância do monitoramento da umidade do solo na agricultura. Rio de Janeiro: Jornal Dia de Campo, 2018. Acesso em: 13 abr. 2022.

RIBEIRO, Wandy. Indústria farmacêutica: conheça os prejuízos da alta umidade. Anápolis, GO: ICTQ – Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, c2016. Acesso em: 11 abr. 2022.

SUPORTE. Ensaios Geotécnicos: Determinação do Teor de Umidade. São Pedro, SP: Suporte, 29 jun. 2018. Acesso em: 16 mai. 2022.

ECO SONICS. Entenda a importância do controle de qualidade em setores industriais. Indaiatuba, SP: Blog da Eco Sonics, 5 mai. 2021. Acesso em: 12 abr. 2022.

THERMOMATIC. A importância de realizar o controle de umidade na indústria de cosméticos. São Paulo: Thermomatic, c2022. Acesso em: 13 abr. 2022.

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Descubra tudo o que você precisa saber sobre Higiene na Indústria de Alimentos

luminômetro ensure touch hygiena, para monitoramento de higiene na indústria dos alimentos

É o que dizem: a saúde vem em primeiro lugar. Para sermos pessoas saudáveis temos que nos alimentar bem, ter bons hábitos de higiene e tomar cuidado com tudo o que comemos. Por isso, nada mais lógico que a higiene seja fundamental na indústria dos alimentos.

Já que responsável por toda a alimentação da população, a produção e a indústria dos alimentos precisam ter cuidados com a limpeza das suas instalações. Aliás, existem leis que exigem essas práticas.

Sendo assim, como fazer a higiene adequada em indústrias que trabalham com alimentos? O que dizem as leis brasileiras e internacionais sobre o assunto? E como fazer o monitoramento destes ambientes do jeito certo? Tudo isso você encontra neste texto! Vamos começar?

 

 

Qual é a importância da Higiene na Indústria de Alimentos?

A alimentação é, sem dúvida, a base da nossa vida na Terra. É graças ao consumo dos alimentos que temos energia para levantar da cama, que o nosso cérebro funciona e as nossas funções motoras estão em dia. Em outras palavras, alimentação é saúde e deve ser tratada como tal.

A comida é o combustível que o nosso corpo precisa para dar conta da rotina diária. Por isso, vamos ao mercado e compramos alguma coisa para comer. Depois, colocamos esse alimento para dentro do nosso organismo, que tira dele tudo o que possui. O bom e o ruim.

Nós devemos ter muito cuidado com os alimentos que ingerimos. Somos seres vivos, afinal. Quando comemos algo que não está bom para o consumo, podemos afetar seriamente a nossa microbiota intestinal. O trabalho dela, em resumo, é ajudar na absorção de nutrientes e estimular o nosso sistema imunológico.

O alimento é, portanto, um artigo de primeira necessidade. Esta é a razão para as boas práticas de higiene e fabricação serem tão importantes. É um tema de saúde pública, compete ao direito do consumidor e tem influência direta na imagem e no lucro dos produtores e comerciantes.

 

 

O que pode tornar um alimento impróprio para consumo?

Como dissemos acima, os alimentos são repletos de nutrientes. Assim como o nosso corpo usa desses nutrientes para se desenvolver e reter energia, os microrganismos fazem a mesma coisa. E eles estão por todos os lugares.

Todo alimento possui uma microbiota própria, ou seja, um conjunto de microrganismos em sua composição. Alguns não causam nada de mal, e até têm boas ações transformadoras, como é o caso dos “coadjuvantes de tecnologia”.

Os microrganismos deteriorantes, por outro lado, podem estragar o alimento. Por fim, entram em cena os patogênicos. Eles podem causar doenças a quem ingerir o alimento contaminado.

Algumas práticas inadequadas atraem microrganismos deteriorantes e patogênicos para os alimentos. Entre elas, podemos citar:

 

 

LEIA TAMBÉM: Microrganismos nos alimentos: como identificar e com quais a indústria deve se preocupar?

 

 

Qual é o papel da indústria na segurança dos alimentos?

É a indústria que escolhe a matéria-prima usada para fabricar os seus produtos. Sendo assim, é natural que seja responsabilidade da indústria a segurança dos alimentos que ela vende.

Para isso, devem ser tomadas uma série de medidas sanitárias nas instalações do setor, a fim de se evitar danos à saúde do consumidor.

Vale lembrar que as pessoas estão cada dia mais exigentes com a qualidade da sua alimentação. Além disso, a relação que nós temos com o que comemos é sensorial: desejamos que tenha um cheiro agradável, uma aparência boa e um gosto bom.

De fato, os alimentos com essa qualidade de sabor e nutrição só chegam até nós por causa das indústrias que fazem os processos de higienização do jeito certo, e com a frequência adequada.

A indústria que atua de acordo com as Boas Práticas de Fabricação – um conjunto de normas emitidas pelos órgãos que fiscalizam – transmite a confiança necessária para promover sua imagem perante os consumidores, fornecedores e as outras partes interessadas.

 

 

O que a legislação brasileira diz sobre Higiene na Indústria de Alimentos?

A primeira lei em vigor no Brasil sobre higiene dos alimentos foi o Decreto-Lei nº 986, publicado em 1969. Nela são estabelecidas a defesa e a proteção da saúde individual e coletiva no que diz respeito aos alimentos.

Em seguida, a legislação brasileira optou por dividir a fiscalização das indústrias entre dois órgãos, levando em conta as características de cada tipo de alimento:

Cada órgão tem seus métodos de monitoramento, mas também compartilham algumas competências. Tudo depende do que acontece com o alimento em sua esteira industrial.

É o caso, por exemplo, de produtos de origem animal e vegetal quando chegam às estantes dos mercados. Depois disso, a responsabilidade sai do MAPA e passa a ser da ANVISA.

Ademais, vale frisar que todas as portarias emitidas pelo Ministério da Saúde sobre higiene dos alimentos são válidas. Não importa o órgão fiscalizador ou o tipo de alimento fabricado. Alimentação é saúde, inclusive no campo legal.

 

 

O que são as Boas Práticas de Fabricação (BPF’s)?

Como já dissemos antes neste texto, as Boas Práticas de Fabricação são um conjunto de normas feitas para a indústria de alimentos, a fim de fornecer as condições operacionais e ambientais para produzir alimentos de forma segura.

As BPF’s são utilizadas em conjunto com o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). Ou seja, há a necessidade de uma análise de risco das etapas de produção, para então definir:

Em resumo, toda indústria deve ter seu próprio Manual de Boas Práticas. Levando em conta as leis gerais e também as próprias de cada órgão, deve-se produzir um documento objetivo e que informe seus Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s).

De acordo com a lei, os POP’s devem contar com dados sobre a natureza das superfícies, quais são os princípios ativos dos produtos usados, quais são os métodos de limpeza corretos, entre outros pontos vitais para manter o ambiente higiênico.

 

Quais são os marcos legais sobre higiene dos alimentos no Brasil?

 

 

Codex Alimentarius

Nos anos 1960, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Codex Alimentarius. Trata-se de um conjunto de normas e orientações sobre as boas práticas na indústria alimentícia, que vale para todos os países integrantes.

Ou seja, o objetivo principal do Codex Alimentarius é alinhar as normas de segurança dos alimentos entre os países. Nele há regras sobre:

Apesar de não ser obrigatório seguir o Codex, a maioria dos países membros da ONU o usa de referência para suas leis nacionais. O Brasil, que se tornou membro nos anos 1970, é um dos adeptos a esta prática.

 

 

Quais são os conceitos básicos de higiene na Indústria de Alimentos?

Agora é o momento de esquecer qualquer rotina de limpeza doméstica. A segurança dos alimentos pede por uma análise mais detalhada, não apenas do ambiente que deve ser limpo, como também dos produtos e métodos que serão utilizados.

Vamos começar pela equação da higienização. Ainda que os termos abaixo sejam usados como sinônimos, eles não são a mesma coisa. A conta é a seguinte:

 

HIGIENIZAÇÃO = LIMPEZA + DESINFECÇÃO ou SANITIZAÇÃO

 

Higienização vem da palavra grega hygiene, que significa saúde. Sem dúvida, um ambiente precisa estar higienizado para ser considerado saudável. A higienização é a limpeza e sanitização completa do ambiente. Isso inclui suas instalações, equipamentos e utensílios.

A limpeza é a primeira etapa: a remoção de substâncias orgânicas e minerais. É nesta fase que fazemos uso dos sabões e detergentes, que devem dissolver essas substâncias para facilitar sua retirada.

Em seguida, vem a desinfecção ou a sanitização. E não, elas não são a mesma coisa. As duas agem sobre os microrganismos que causam doenças, mas de maneiras diferentes:

Quer saber se deve desinfectar ou sanitizar o seu ambiente industrial? Basta dar uma olhada nas normas de segurança dos alimentos definidas pelo seu órgão fiscalizador responsável.

 

 

O que é preciso analisar antes de higienizar um ambiente?

 

1. O tipo de superfície

Saiba qual é o material das superfícies antes de escolher os agentes de limpeza. Dependendo de qual seja, alguns produtos podem não funcionar tão bem, e até mesmo causar danos.

 

2. As sujidades que devem ser removidas

Os alimentos são feitos de proteínas, carboidratos e outros compostos orgânicos. Químicos também, levando em conta os processados. A higienização só vai fazer efeito se você usar os produtos certos, e para isso é preciso saber exatamente o que deve ser removido.

 

3. Os produtos adequados à superfície e à sujidade

Para saber quais produtos usar para fazer uma boa higienização industrial, considere os dois pontos abaixo:

 

4. A dosagem correta dos produtos

Todo produto de limpeza deve ter a informação da sua concentração química presente no rótulo. Para limpar ambientes industriais, deve-se medir a quantidade dos produtos que serão usados.

Dessa forma, podemos garantir uma higienização que não cause danos às superfícies, além de evitar a sobra de resíduos químicos por exagerar na dose.

 

5. As variáveis do processo

Depois de definidos os produtos, superfícies e sujidades, deve-se descrever as ações mecânicas, temperaturas e tempos ideais para que a higienização seja efetiva.

 

6. A frequência da higienização

Higienizar dá muito trabalho, então é preciso criar um planejamento. Leve em conta o tempo que cada ambiente, utensílio e equipamento precisa ser limpo, e desenvolva uma programação. Umas são diárias, outras semanais e algumas podem ser feitas mensalmente.

 

 

Como fazer o monitoramento da higiene na Indústria de Alimentos?

Houve um tempo em que uma inspeção visual bastava para dizer se o ambiente estava limpo ou não. Se a aparência era de limpeza, sem sujeiras visíveis a olho nu, então não haveria problema. Mas, claro, haviam problemas e não eram poucos.

Neste artigo, você já aprendeu a selecionar as açõs mecânicas e os produtos químicos certos para eliminar cada tipo de sujidade. Errar nisso é dar chance para os microrganismos contaminarem os alimentos. Até aqui, tudo certo. Mas como garantir que o ambiente industrial está mesmo limpo?

Atualmente são considerados dois métodos para monitorar a higiene: os testes microbiológicos, que podem levar dias ou até semanas, e os testes de superfície por ATP, que entregam resultados mais rápidos.

ATP é a sigla em inglês para adenosina trifosfato, uma molécula de energia encontrada em qualquer matéria orgânica. Ou seja, se há sujidade ou microrganismo em algum lugar, o ATP estará presente.

Nos anos 1970, cientistas descobriram que o ATP emitia uma reação quando entrava em contato com a Luciferase, uma enzima encontrada em vagalumes. Esta reação produz uma bioluminescência que, apesar de não ser vista a olho nu, pode ser identificada por equipamentos especializados.

Foi dessa forma que surgiram os Luminômetros, aparelhos que são capazes de ler essa reação em números, na forma de unidades relativas de luz – ou RLU’s, na sigla em inglês.

A leitura de RLU’s é diretamente proporcional a quantidade de ATP em uma amostra. Em resumo: quanto mais alta for a leitura, maior é a presença de contaminantes.

 

 

Luminômetros Hygiena

Líder global em equipamentos e testes por ATP, a Hygiena atende pelo menos 100 países ao redor do mundo. O sucesso não é a toa, já que seus luminômetros entregam os resultados mais precisos e sensíveis do mercado.

A Hygiena também possui uma ampla linha de testes por ATP, swabs para recolhimento de amostras e outras tecnologias. Seu objetivo é garantir a higiene nas indústrias alimentícia e farmacêutica.

Quando o assunto é luminômetro, não há nada no mercado que bata de frente com o EnSURE Touch. Prático, ele funciona como um smartphone: sua tela é touchscreen e entrega uma navegação intuitiva. Como resultado, você faz as testagens e o registro dos resultados em questão de segundos.

Além disso, seu design minimalista permite o uso com apenas uma mão, e o equipamento é acompanhado por uma alça de ombro. Mas, caso aconteça algum acidente, não se preocupe: seu display é resistente à estilhaços.

O EnSURE Touch ainda acessa redes wi-fi, permitindo que o técnico use de qualquer lugar o SureTrend™ Cloud, um software de análise de dados. Enquanto o analista realiza os testes, os resultados são armazenados de forma automática.

A Hygiena ainda conta com outros modelos de luminômetros em seu catálogo, como o SystemSURE Plus e o EnSURE. A ideia é atender à todas as necessidades e limitações que o mercado apresenta.

 

 

Testes de Superfície por ATP

 

UltraSnap

Campeão de vendas para monitoramento de higiene, o UltraSnap foi o primeiro teste por ATP desenvolvido pela Hygiena. É um teste de amostragem para superfícies, que conta com um reagente próprio e fornece uma precisão superior.

 

SuperSnap

Quatro vezes mais sensível que o UltraSnap, o SuperSnap consegue detectar níveis muito baixos de ATP. Serve para procedimentos rigorosos de limpeza e faz prevenção de contaminação cruzada por alergênicos.

 

AquaSnap

São dois tipos: o AquaSnap Free, que detecta somente ATP livre na amostra (não microbiano), e o AquaSnap Total, que identifica tanto ATP livre quanto o ATP microbiano. Pela diferença entre o ATP total e o ATP livre, obtemos o ATP microbiano. É ideal para analisar a qualidade de amostras de água.

 

MicroSnap

Conta com quatro tipos de testes para detecção de microrganismos: contagem total, Enterobactérias, Coliformes Totais e E. Coli e Listeria. As amostras devem ser incubadas, mas os resultados saem no mesmo dia.

 

 

Testes para Detecção de Proteína

 

AllerSnap

Usando uma escala de cores que vai de verde para roxo, o AllerSnap é um teste semi-quantitativo para detectar proteínas em superfícies. É muito sensível e seus resultados são de alta precisão. Os testes precisam de uma incubação entre 15 a 30 minutos.

 

PRO Clean

Se você precisa de uma análise mais rápida de restos de proteínas em superfícies, o PRO Clean é uma solução mais acessível. O resultado também é entregue em uma escala de cores, que vai de verde para roxo.

 

 

Swabs para Recolhimento de Amostras

 

Q-Swab

Usando reagentes como caldo Letheen ou Peptona Tamponada, o Q-Swab foi feito para recolher amostras de qualquer superfície. Ele é ótimo para recuperar bactérias, ajudando nas análises microbiológicas.

 

QD Loop

Precisa trabalhar com amostras de volume específico? O QD Loop é a melhor opção. Temos disponíveis dois formatos de diluição: 1:10 e 1:100.

 

 

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Referências

SILVA, Gilvan et al. Higiene na Indústria de Alimentos. Recife, PE: Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2010. Acesso em: 8 fev. 2022.

AFREBRAS – Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil. Conheça procedimentos necessários para executar boas práticas de fabricação. Brasília, DF: AFREBRAS, 2020. Acesso em: 24 mar. 2022.

TOIMIL, Rosana F. Microbiota intestinal: cada vez mais importante. São Paulo: Grupo Abril, 2019. Acesso em: 24 mar. 2022.

BARROS, Camila. Descomplicando as Boas Práticas de Fabricação – BPF. Florianópolis, SC: Paripassu, 2019. Acesso em: 23 mar. 2022.

NEOPROSPECTA. Segurança dos Alimentos: legislações utilizadas para garantir a qualidade dos alimentos no Brasil. Florianópolis, SC: Neoprospecta, 2017. Acesso em: 24 mar. 2022.

ITAL – Plataforma de Integração Tecnológica. Os ingredientes nos alimentos processados. São Paulo: Governo Estadual, c2022. Acesso em: 25 mar. 2022.

CARLA, Monise. Os 7 princípios para implementar o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). Cornélio Procópio, PR: Qualiex, 2015. Acesso em: 25 mar. 2022.

FREITAS, Andreia. Quem fiscaliza o quê na cadeia de produção de alimentos. O Globo, Rio de Janeiro, 6 jun. 2013. Acesso em: 7 mai. 2014.

DIDIER, Dafné. Competência pela inspeção e regulação de alimentos: MAPA ou ANVISA? Campinas, SP: Food Safety Brazil, 2015. Acesso em: 28 mar. 2022.

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Microrganismos nos alimentos: como identificar e com quais a indústria deve se preocupar?

análise de microrganismos nos alimentos

É fato que a natureza tem vida por todos os cantos. E nós, como seres vivos, fazemos parte dela. Os microrganismos também, e eles estão presentes em todo o nosso corpo. Ainda assim, mesmo com essa convivência tão próxima, temos que ter cuidado com a presença deles nos alimentos que consumimos.

Mas afinal, qual é a diferença entre os microrganismos que nos fazem bem e os que nos fazem mal? Como saber mais sobre essas criaturas tão minúsculas, que só podem ser vistas com a ajuda de um microscópio?

Neste artigo você entenderá o que é Microbiologia, qual é a sua importância para a indústria de alimentos e, principalmente, quais são os microrganismos que podem nos causar doenças. Vamos começar?

 

 

O que é Microbiologia?

Microbiologia é uma palavra de origem grega, que une os termos mïkros (pequeno) e bios (vida) ao sufixo -logia (estudo). É o “estudo da vida pequena”, ou seja, é a ciência que estuda organismos minúsculos, que só podem ser vistos com o uso de um microscópio.

O estudo dos microrganismos começou a tomar forma no século XIX, graças ao trabalho de cientistas como Louis Pasteur e Robert Koch. Os dois são responsáveis por descobrir a ação dos microrganismos na fermentação das matérias orgânicas, assim como a relação entre agentes bacterianos e a transmissão de doenças.

A verdade é que nós não estaríamos vivos se os microrganismos não existissem. É graças a eles que há vida na Terra. Eles habitam a pele dos animais e regulam vários processos do nosso organismo. Além disso, também produzem proteínas que são necessárias para a sobrevivência do ser humano e fortalecem o nosso sistema imunológico.

Essa população de microrganismos que está sempre com a gente é chamada de microbiota humana. São milhares de espécies espalhadas por todo o nosso corpo. A quantidade é tão grande que, se somada, pesaria em torno de 2 kg.

Da mesma forma, eles também estão presentes por toda a natureza há milhões de anos. Atuam na reciclagem de nutrientes, no fluxo de energia do solo e no equilíbrio ambiental.

 

Qual é a importância da Microbiologia para a Indústria de Alimentos?

Se os microrganismos estão por toda a parte, eles também estão nos alimentos que consumimos. Todos possuem a sua própria microbiota e isso não é algo negativo, mas sim natural.

A questão é que os microrganismos são onipresentes: estão na água, no solo, no ar, nos animais e também nos alimentos. É verdade que grande parte deles são importantes para a nossa saúde, mas uma pequena parcela desse grupo pode nos fazer mal. E apesar de pequena, essa parcela é poderosa.

Há três tipos de microrganismos que interessam à indústria de alimentos:

Por isso, para entendermos as ações desses microrganismos existe a microbiologia de alimentos. É uma vertente da microbiologia geral, que conta com três linhas de atuação: a pesquisa de patógenos, o controle de qualidade dos alimentos e a vigilância sanitária.

 

O que diz a legislação brasileira sobre microrganismos em alimentos?

Os critérios de regulamentação ativos no Brasil variam de acordo com o tipo de alimento e o órgão responsável pela fiscalização de cada estabelecimento produtor.

No caso do leite e seus derivados, por exemplo, o órgão encarregado é o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A partir dos Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade (RTIQ) e da Instrução Normativa nº 76/2018, o MAPA estabelece os padrões para produção do leite cru e pasteurizado.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), da mesma forma, assume a responsabilidade sobre outras categorias de alimentos através da Resolução RDC nº 331/2019 e a Instrução Normativa nº 60/2019.

A ideia principal das legislações, afinal, é garantir que os alimentos não tenham microrganismos patogênicos, toxinas ou metabólitos em quantidades que possam afetar a saúde do consumidor.

O critério de padrão microbiológico é definido de acordo com um conjunto de diretrizes, que definem se o lote ou processo está adequado. As decisões são tomadas a partir de testes microbiológicos, com a utilização de meios de cultura e contagem de colônias. Assim é possível saber se a quantidade de microrganismos presentes no alimento poderá causar doenças.

 

 

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Quais são os microrganismos que a indústria de alimentos deve se preocupar?

 

Enterobactérias

É uma família de bactérias responsável por várias infecções em humanos e animais. Podem ser encontrados na natureza, mas a maioria habita o trato gastrointestinal de animais de sangue quente.

Ter a presença de Enterobactérias no organismo não é sinônimo de infecção, porque várias são benignas. No entanto, alguns gêneros da família são perigosos para a saúde. Os principais são os Coliformes (principalmente a E. Coli), Shigella, Yersinia e Salmonella.

Em resumo, as infecções por Enterobactérias podem causar:

 

Coliformes

Este grupo contém mais de 20 espécies de bactérias, sendo que algumas têm origem no trato gastrointestinal de humanos e animais. Pertencem à família das Enterobactérias, mas merecem uma atenção especial por serem muito comuns em ambientes onde se fabricam alimentos. Há duas separações entre os Coliformes:

 

Coliformes Totais

Bactérias que sobrevivem em ambientes com temperatura de 35°C a 37°C. Como produzem gases e ácidos orgânicos, possuem alta capacidade de fermentar a lactose. A presença de Coliformes Totais em alimentos pode indicar falta de higiene no processo de fabricação.

 

Coliformes Termotolerantes

Bactérias que suportam uma temperatura superior a 40°C e estão presentes em todos os animais de sangue quente. O trato gastrointestinal é seu habitat natural. Elas produzem toxinas que afetam o intestino grosso, o que pode causar:

A espécie mais comum entre os Coliformes Termotolerantes é a E.Coli, que possui cinco classificações entre as patogênicas. Infecções por essa bactéria podem causar diarreia aquosa, inflamação no intestino grosso, desinteria com presença de sangue e muco, meningite em recém-nascidos e infecções urinárias – principalmente em mulheres.

 

Salmonella

Um dos gêneros da família das Enterobactérias, a Salmonella é um patógeno que também tem como habitat natural o trato gastrointestinal de animais de sangue quente. Pode estar presente em carnes de porco, aves, bovinos, ovos, leite não pasteurizado e derivados.

A contaminação no ser humano se dá através da ingestão de alimentos ou água contaminada, o que dá início a uma infecção alimentar. Como resultado pode causar duas doenças, sendo elas:

 

Bolores e Leveduras

Apesar de serem bem diferentes entre si, ambos pertencem ao grupo dos Fungos. A maioria deles vive no solo e estão presentes na decomposição de materiais na natureza.

Também podem ser encontrados na água, no ar, nas plantas, nos insetos, entre outros. A presença de bolores e leveduras indica falta de higiene em ambientes de fabricação de alimentos.

 

Bolores

São fungos multicelulares que se adaptam bem a variações de umidade e temperatura. Os bolores não tem preferência de nutrientes, então podem crescer em praticamente qualquer lugar, com fácil esporulação. Podem causar danos ao fígado, disfunção imunológica e liberam toxinas que podem ser prejudiciais à saúde.

 

Leveduras

São fungos unicelulares, que se reproduzem em maior quantidade do que os bolores. Se multiplicam mais rápido em substratos ricos em carboidratos, como açúcares simples. Assim sendo, a alta contagem de leveduras pode levar a uma perda de 5 a 10% do valor nutricional de um alimento.

 

Bacillus cereus

Bactéria que pertence à família Bacillaceae, com células em forma de bastonetes. Está em todos os cantos da natureza, inclusive em produtos agrícolas e de origem animal. Também pode ser responsável por causar mastite em vacas. A contaminação acontece ao se ingerir alimentos contaminados.

O Bacillus cereus produz dois tipos de toxinas: a diarreica e a emética, que causam intoxicação alimentar. A diarreica pode causar náuseas, cólicas abdominais e diarreia aquosa. Já a emética causa vômitos e dores no estômago. Apesar das intoxicações geralmente terem curta duração, o número de casos de contaminação é alto.

 

Staphylococcus aureus

Bactéria que pertence à família Staphylococcaceae, sendo a mais perigosa delas. É oportunista e costuma se proliferar em ambientes com pessoas que estão com a imunidade baixa, como hospitais e postos de saúde. Causam intoxicação alimentar pela produção da toxina estafilocócica, que é resistente ao calor.

Pode ser encontrada na pele, no nariz e nos cabelos de pessoas saudáveis. Não é difícil que trabalhadores da indústria possam contaminar o que é produzido. Sua transmissão ocorre por contato direto, através de objetos contaminados, ou pelo ar quando liberada por espirros e tosses de pessoas infectadas.

A Staphylococcus aureus causa infecções simples, como acne e furúnculos, e também infecções graves. Entre as doenças mais sérias estão a pneumonia, a meningite, a endocardite e a sepse. Todas podem levar a óbito.

 

Listeria

Um gênero de bactérias da família Listeriaceae que costuma crescer em temperaturas que vão de 0°C a 42°C, sendo comum em ambientes refrigerados. Pode estar presente em produtos de origem animal, vegetais e frutas. Também pode estar no leite não pasteurizado, em queijos cremosos, em patês e embutidos.

A mais perigosa ao ser humano é a Listeria monocytogenes, que pode causar listeriose. Os sintomas são parecidos com os de uma gripe comum, só que acompanhados de dores intensas no corpo, vômitos e diarreia. O risco maior é para fetos e bebês, que são mais suscetíveis aos efeitos.

 

Quais são os métodos para identificar microrganismos nos alimentos?

A melhor forma de verificar se um alimento possui ou não microrganismos patogênicos em sua composição é através de análises microbiológicas. Usando meios de cultura específicos para a família ou gênero de microrganismo que se quer identificar, em geral basta seguir as seguintes etapas:

  1. Inoculação: a princípio, depositar a amostra dentro do meio de cultura, que contém os nutrientes certos para o microrganismo a ser analisado;
  2. Incubação: em seguida, com ajuda de uma incubadora, deixar o meio de cultura na temperatura ideal para o crescimento das colônias;
  3. Contagem: basta ver qual é a quantidade de colônias que se desenvolveram no meio de cultura, definindo assim se o alimento analisado pode ou não causar doenças através do seu consumo.

Mais etapas podem ser necessárias, uma vez que depende do meio de cultura utilizado. Na Cap-Lab trabalhamos com três linhas, cada uma com suas particularidades.

 

Compact Dry™

São placas prontas para uso, que absorvem rapidamente a amostra e reduzem o tempo da análise. Dentro da placa há um meio de cultura seco, coberto por uma camada de tecido absorvente, e por isso a produtividade do processo aumenta.

Além disso, as placas podem ser mantidas fora do refrigerador e possuem longo prazo de validade. Os resultados saem entre 24 a 48 horas na maioria das pesquisas. Ademais, outra vantagem é o espaço aéreo da placa, que permite o crescimento de mofos e leveduras em 3D.

 

Meios de Cultura Merck

A Merck produziu meios de cultura granulados, que são mais seguros que os comuns. Eles reduzem a inalação de componentes perigosos que podem causar reações alérgicas, ao passo que diminuem o risco de contaminação do ambiente de trabalho. Sua fluidez facilita a pesagem e a distribuição dos ingredientes, bem como dissolve as amostras com rapidez e possui um excelente custo-benefício.

 

Media Pad

Meio de cultura pronto para uso que, em virtude de sua espessura fina, diminui o espaço de estocagem e incubação em até 90%. Não só tem fácil contagem de colônias, como também apresenta resultados precisos em 24 a 48 horas. Sua validade é de até 36 meses.

 

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Referências

FORSYTHE, S. J. Microbiologia da Segurança dos Alimentos. 2ª ed. Porto Alegre, RS: Artmed Editora. 2013.

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