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Rastreamento de Cargas




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A importância da Contagem de Células Somáticas (CCS) para a qualidade do leite

O leite e seus produtos derivados são muito consumidos pelos brasileiros, já que são alimentos ricos em proteínas e vitaminas. Mas você sabia que para garantir o valor nutritivo do leite é preciso fazer a contagem das células somáticas?

Se você é produtor ou trabalha na indústria de lácteos, por certo o processo de análise da quantidade das células somáticas presentes no leite já faz parte da sua rotina. Afinal, essa contagem é muito importante para o controle da qualidade do leite. Enfim, gostaria de saber mais? Leia o texto e entenda!

 

 

O que são células somáticas?

Primeiramente, vamos para a parte biológica: são consideradas células somáticas todas aquelas que são responsáveis pela formação de tecidos e órgãos em organismos multicelulares, como é o caso dos animais.

O leite de uma vaca totalmente saudável, por exemplo, costuma ter duas classes de células somáticas:

É normal que o leite bovino tenha células de defesa em sua composição, como macrófagos, linfócitos e neutrófilos. A questão não é a presença das células no leite, mas sim a quantidade delas.

 

LEIA TAMBÉM: Calibração: como garantir equipamentos precisos em laboratório

 

Qual é a relação entre a Contagem de Células Somáticas e a qualidade do leite?

O leite bovino possui mais de 100 mil constituintes e é um alimento altamente nutritivo para o ser humano. Seus componentes mais importantes são as proteínas, a gordura, as vitaminas e a lactose.

No ambiente de criação do gado não é difícil que as vacas tenham contato com microrganismos patógenos, já que estão presentes na natureza e nos tratadores. É o caso das bactérias causadoras da mastite.

A mastite é uma doença contagiosa que causa a inflamação da glândula mamária das vacas. Como reação à infecção, o organismo do animal recruta as células de defesa para se proteger dos patógenos. Como resultado, isso libera em média 90% de neutrófilos no leite das vacas infectadas, sendo que a taxa normal fica entre 0 a 10%.

Há mais fatores que podem aumentar as células somáticas presentes no leite: a idade da vaca, seu estágio de lactação, a estação do ano, o estresse térmico que o animal está enfrentando, entre outros.

 

O que um número alto de células somáticas causa ao leite?

Uma grande quantidade de células somáticas reduz a gordura e as proteínas do leite, enquanto o sódio e o cloro aumentam. Isso afeta não apenas a cadeia industrial de produção dos lácteos, já que há derivados que dependem desses componentes para serem feitos, como também o valor nutricional do alimento para consumo.

De acordo com vários estudiosos de qualidade, o leite de uma vaca saudável pode conter até 250.000 células por mililitro (mL), dependendo de características como raça, rebanho e o número de lactações.

Em contrapartida, a Instrução Normativa nº76/2018 emitida pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) estabelece que a quantidade máxima de células somáticas presentes no leite cru refrigerado deve ser de 500.000 CS/mL.

Os principais problemas que a alta contagem de células somáticas no leite pode causar são:

 

Quais são os benefícios da Contagem de Células Somáticas?

O ideal é que a contagem de células somáticas seja realizada com frequência em fazendas produtoras de leite. Da mesma forma que isso ajuda a coletar informações sobre a situação do rebanho, também é possível tirar percepções importantes sobre o negócio.

A quantidade de células somáticas presentes no leite é um ótimo indicador da saúde dos animais. Há casos de mastite que são contagiosos e até mesmo difíceis de identificar, como a mastite subclínica. Ou seja, se o leite de uma vaca está com alta contagem e ela está doente, outras vacas podem estar também.

Além disso, a contagem de células somáticas é padrão mundial para medir a qualidade do leite. Isso é de extrema prioridade para produtores que queiram exportar a matéria-prima que produzem, já que há diversas legislações ao redor do mundo que variam o número de células somáticas permitidas na composição do leite.

Da mesma forma, os dados da quantidade de células conseguem dar uma ideia do valor nutricional do leite extraído. Quanto menor é a contagem de células somáticas, maior é o teor de lactose, proteínas e gorduras. Isso é relevante para a produção de lácteos como leite condensado, queijos, manteiga e outros.

 

Ekomilk Scan

É possível fazer a contagem das células somáticas da sua produção leiteira utilizando o Ekomilk Scan. A partir de uma pequena amostra do leite, o equipamento quantifica as células somáticas do leite rapidamente e tem capacidade de armazenamento para até 250 resultados.

A Cap-Lab orienta o uso do Ekomilk Scan em diversas áreas do setor produtivo e industrial de lácteos, como fazendas, indústrias de laticínios, postos de resfriamento e coleta do leite e laboratórios de controle de qualidade.

 

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Referências

PAULA, M. C. et al. Contagem de Células Somáticas em Amostras de Leite. Paraná, v. 33, n. 5, p. 1303-1308. 2004. Acesso em: 3 dez. 2021.

SOUZA, G. N. et al. Variação da contagem de células somáticas em vacas leiteiras de acordo com patógenos da mastite. Minas Gerais, v. 61, n. 5, p. 1015-1020. 2009. Acesso em: 3 dez. 2021.

SOUZA, L. B. et al. Composição e características dos componentes do leite. São Bernardo do Campo, SP: Milkpoint, 2021. Acesso em: 7 dez. 2021.

NUTRIÇÃO e Saúde Animal. O que é mastite bovina e como ela pode afetar a sua criação? Belo Horizonte, MG: Vaccinar, c2021. Acesso em: 7 dez. 2021.

SOMATICELL. Células Somáticas. Jundiaí, SP: Somaticell, c2021. Acesso em: 7 dez. 2021.

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Calibração: como garantir equipamentos precisos em laboratório

calibração de equipamentos usados em laboratório

Qualquer análise feita pelos técnicos em laboratório tem apenas um objetivo: atingir resultados precisos. Para não ter dúvidas sobre a qualidade das suas medições, é vital que seus equipamentos estejam calibrados. Você sabe o que é isso?

Seja mexendo com vidrarias ou medindo o pH de uma substância, o que o técnico quer é encontrar os valores exatos. Mesmo com os aparelhos certos à sua disposição, isso não é garantia de que os resultados medidos estão de acordo com a realidade. 

Quando o assunto é Calibração, a Cap-Lab tem algumas coisas a dizer. Neste artigo falaremos um pouco sobre esse processo, o que é Metrologia e quais são as grandezas trabalhadas nos produtos que vendemos.

 

 

O que é Calibração e por que fazer nos equipamentos de laboratório?

Antes de mais nada é preciso explicar o conceito de Metrologia. A origem da palavra é grega e une os termos metron (medida) e logos (ciência).

Em suma, Metrologia é a ciência das medidas e medições. Sua atuação é teórica e prática, e não só para os estudos matemáticos, físicos e químicos. As cadeias produtivas e industriais também dependem dessa ciência.

Sendo assim, é a Metrologia que indica os padrões par calibração. Não há nada perfeito no mundo, nem mesmo as vidrarias e equipamentos feitos para medições. Todos os materiais tem desvios e o trabalho da calibração é identifica-los. Dessa forma é possível fazer as análises sem risco de errar.

Para ser um bom calibrador, o técnico precisa atender a três requisitos: ter o olho afinado, muita paciência e conhecer os padrões de calibração determinados pelo Inmetro.

Fica a lição: antes de usar um equipamento, não dê chance ao azar e realize a calibração primeiro. Assim você tem a garantia da segurança e faz as medições sem medo de errar.

Logo depois que termina o processo, o técnico emite um Certificado de Calibração. Nele o cliente encontra todas as informações que precisa para usar o equipamento, sem se preocupar com desvios.

 

Quais são as grandezas de Calibração medidas pela Cap-Lab nos equipamentos de laboratório?

A Cap-Lab tem seu próprio setor de calibração de equipamentos de laboratório. Como resultado, não dependemos de trabalho terceirizado e ganhamos tempo para liberar os produtos comprados pelos clientes. Além disso, conseguimos montar o nosso próprio estoque.

Nossos técnicos trabalham com as grandezas certas para garantir a qualidade dos equipamentos e vidrarias que vendemos. Por fim, estamos disponíveis aos nossos clientes para tirar qualquer dúvida que venha a surgir sobre o desvio informado no certificado.

 

Volume

É uma grandeza usada para calibrar vidrarias volumétricas e graduadas, assim como buretas digitais. Não se esqueça de fazer o procedimento de lavagem e secagem de cada um dos materiais antes de começar, dessa forma a medição não sofre mudanças.

Para fazer a calibração de volume é preciso:

A parte prática desta etapa varia de acordo com o formato e o tipo da vidraria.

 

Temperatura

É uma grandeza que serve para calibrar termômetros líquidos de vidro, termômetros digitais e também termo-higrômetros.

O laboratório da Cap-Lab trabalha, em média, com 22°C de temperatura ambiente e 50% de umidade para fazer este processo. Precisamos também dos seguintes equipamentos:

Os técnicos tiram a média de três pontos de medida dos termômetros, que podem ser padronizados ou não, a partir de três leituras de cada. A comparação é feita com a medição feita pelo termômetro que já está calibrado.

 

Densidade

É a grandeza usada para calibração de alcoômetros, densímetros, areômetros e termolactodensímetros. Cada um dos equipamentos tem uma quantidade de pontos específicos para calibrar, sendo eles:

A média é retirada a partir de três leituras de cada ponto. O laboratório da Cap-Lab trabalha com aproximadamente 22°C de temperatura ambiente, com 50% de umidade para fazer este processo. É usado um banho termostático, uma solução de acordo com o padrão de densidade e outras soluções para fazer ajustes, quando é necessário.

 

Umidade

É a grandeza que serve para calibrar termo-higrômetros. Os instrumentos que precisamos para este processo são:

A leitura é única e feita em três pontos. Vale lembrar, como já falamos antes neste texto, que um termo-higrômetro precisa ter duas grandezas calibradas: umidade e temperatura.

 

pHmetro

A calibração do pHmetro não é bem uma grandeza, mas é diferente de todas as que falamos anteriormente. É feita em duas etapas: a checagem elétrica e o teste de sensibilidade do eletrodo.

Na checagem elétrica, o técnico usa uma maleta que emite sinais, simulando uma medição de pH normal. Dessa forma é possível zerar qualquer tipo de desvio no equipamento.

Na etapa do teste de sensibilidade do eletrodo, o técnico usa uma solução tampão com temperatura a 25°C. Há também outras soluções, com níveis de pH em 4 (ácido), 7 (neutro) e 10 (alcalino). Assim é possível verificar se o eletrodo está lendo toda a escala de pH.

 

Infravermelho

É uma grandeza que serve para calibrar termômetros e pirômetros com sensor de infravermelho. Para fazer este processo, o técnico precisa de:

A placa deve gerar ondas com emissividade de 0,95. Como resultado, os comprimentos de ondas são medidos pelos termômetros, e depois é feita a comparação entre os dois.

 

O que vai no Certificado de Calibração?

Assim que termina todos as etapas de calibração do equipamento, o técnico emite um certificado. Este documento é entregue ao cliente junto com o produto que foi comprado.

Nele há informações básicas para fins de identificação, como a data em que foi feita a calibração e o número do certificado. Além disso, também são incluídos os seguintes dados:

 

Referências

YESCERT. Metrologia: o que é e para que serve? São Paulo: YesCert, 2021. Acesso em: 29 nov. 2021.

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Saiba como fazer a limpeza de eletrodos e sensores usados em laboratório

limpeza de eletrodos e sensores com água deionizada

Será que você está fazendo a limpeza dos eletrodos e sensores do seu laboratório do jeito certo? Sabemos que a rotina de laboratório demanda mexer com várias substâncias para coletar dados como os níveis de pH, oxirredução e condutividade. Esses resultados dependem de medidores bem cuidados e sem restos de outras amostras.

Quer fazer leituras precisas, sem influências que alterem os dados recolhidos? Então mantenha a limpeza dos medidores em dia. Para que você entenda de uma vez por todas como deixar seus equipamentos prontos para uso, neste artigo separamos algumas dicas de limpeza.

 

 

Quais são os medidores mais usados em laboratório?

 

Medidor de pH

Também conhecido como pHmetro, é o aparelho que mede o potencial de hidrogênio de uma substância. Geralmente possui um eletrodo conectado a um circuito potenciômetro, mas existem diferenças entre modelos e marcas.

Ao passo que entra em contato com a amostra analisada, o eletrodo produz milivolts que são convertidos para a escala de pH. Os níveis vão de 0 a 14, com o 7 tido como neutro.

 

LEIA TAMBÉM: Problemas na medição de pH? Confira 3 dicas úteis para não errar mais

 

Medidor de ORP

É o aparelho que mede o nível de oxirredução da água. Ultimamente são fabricados medidores universais que conseguem ler tanto a escala de pH quanto o nível de ORP da água, já que o eletrodo tem sensibilidade o suficiente para fazer ambas as medições.

Medida em milivolts (mV), a escala de ORP ajuda a determinar a facilidade com que um substrato ganha ou perde elétrons. Quanto maior o potencial elétrico, maior é a oxidação da amostra.

 

Condutivímetro

É o aparelho que mede o nível de condutividade elétrica de uma amostra. Pode ser portátil, de bancada ou de bolso. É equipado com uma sonda que possui dois sensores em seu interior. Como resultado, ao entrarem em contato com a substância, geram uma tensão que causa uma queda na voltagem. Isso permite a leitura da condutância.

O nível de condutividade é medido em milli (ou microSiemens por centímetro). A partir disso é possível identificar a concentração de sais presentes na água e qual seu grau de contaminação.

 

Como fazer a limpeza de eletrodos e sensores?

Em primeiro lugar, não se esqueça de verificar o modelo do equipamento e ler o manual antes de começar qualquer procedimento. Dessa forma é possível saber se há um método de limpeza específico ou restrições de quais substâncias usar para fazer a manutenção.

 

Eletrodo de pH e ORP

Acima de tudo, o fator mais importante de um eletrodo é ter sua sensibilidade garantida. Para isso é essencial realizar manutenções antes e depois do uso, assim é possível garantir que a medição não será afetada por substâncias externas.

Preserve o eletrodo numa solução de cloreto de potássio 3 mol, para mantê-lo hidratado quando estiver fora de uso. Sempre que for realizar uma nova análise, faça a limpeza com água destilada antes de começar a etapa de calibração. Dessa forma os restos de cloreto de potássio não vão afetar os resultados. Logo após, tire o excesso de água usando uma toalha de papel macia e sem fiapos, com muita delicadeza e sem fricção.

Depois que terminar o processo, limpe novamente o eletrodo com água destilada. Em seguida seque o excesso e volte a estocar o sensor na solução de cloreto de potássio 3 mol.

Por fim, não se esqueça de verificar o nível do eletrólito. Percebeu que o aparelho está demorando para calibrar? Então utilize uma seringa para retirar a solução usada de dentro do eletrodo, limpe-o internamente com água destilada e depois aplique outra solução de cloreto de potássio 3 mol.

 

Sensor do condutivímetro

Em contrapartida aos eletrodos de pH e ORP, fazer a limpeza da célula de condutividade não é difícil. É um medidor usado apenas em amostras de água, então basta água e detergente neutro ou água deionizada para resolver o problema.

Às vezes, quando perceber que o sensor precisa de uma limpeza mais profunda, utilize uma solução com álcool isopropílico, éter etílico e ácido clorídrico 0,1 mol.

Assim que o processo de limpeza for finalizado, seque o excesso usando um papel toalha macio, sempre com delicadeza, e recalibre o condutivímetro.

 

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Referências

METTLER Toledo. Perguntas frequentes sobre pH/ORP. Mettler Toledo, c2021. Disponível em: https://www.mt.com/br/pt/home/library/know-how/process-analytics/faq-thor-orp-ph.html. Acesso em: 01 out. 2021.

ANALYSER – Instrumentação Analítica. Eletrodo de pH e ORP. São Paulo: Analyser, c2021. Disponível em: https://www.analyser.com.br/eletrodo-ph-orp. Acesso em: 01 out. 2021.

CITISYSTEMS. Condutivímetro: Precisão na Medição de Condutividade. Sorocaba, SP: Citisystems, c2021. Disponível em: https://www.citisystems.com.br/condutivimetro/. Acesso em: 01 out. 2021.

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Vidrarias de laboratório: saiba como fazer a limpeza corretamente

como fazer a limpeza de vidrarias de laboratório

As vidrarias são utensílios feitos para uso em laboratório, que ajudam a analisar e manipular substâncias químicas de forma segura e precisa. São feitas de uma mistura de vidro cristal (ou temperado) com vidro borossilicato. A união desses materiais forma uma estrutura firme e leve ao mesmo tempo.

Uma boa vidraria de laboratório não pode reagir a produtos químicos. Também deve ter maior ponto de fusão, além de resistência ao calor e a choques térmicos. Com tantas características, é natural que o preço desse tipo de material seja alto. Sendo assim, é preciso cuidar bem das vidrarias para garantir uma vida útil longa.

No laboratório se analisa todo tipo de substância. Se a mesma vidraria é usada para manipular amostras diferentes, o contato entre elas pode causar reações que mudam o resultado da medição. Desse modo, para garantir que isso não aconteça, devemos fazer a lavagem do material depois do uso. Neste artigo vamos falar sobre limpeza de vidrarias e quais são as etapas para uma higienização eficiente.

 

 

O que é preciso para fazer a limpeza de vidrarias de laboratório?

Antes de mais nada, lavar vidrarias é um processo que pede atenção e tempo. A forma de fazer a higienização muda dependendo de qual substância foi usada no utensílio.

Para preparar seu kit de limpeza e não precisar sair correndo em cima da hora atrás do que não tem, fizemos uma lista com os produtos mais usados:

Lembre-se que fazer a limpeza de materiais envolve manipular substâncias que não devem entrar em contato com a pele, portanto utilize os EPIs adequados para o ambiente de laboratório e garanta sua segurança.

 

LEIA TAMBÉM: Tudo o que você precisa saber sobre a importância do uso de EPIs em laboratório

 

Limpeza de vidrarias de laboratório: passo a passo

Toda substância possui características próprias, como pH, densidade e aderência, por exemplo. Algumas sujeiras são mais difíceis de tirar. Há duas classificações gerais para sujidades:

Desse modo, basta determinar o tipo de sujeira e o pH da substância. Assim é possível escolher os produtos e métodos certos para limpar a vidraria. Como resultado, seus utensílios estarão prontos para uso no futuro.

 

Processo de lavagem

O objetivo da lavagem é, sobretudo, diluir a substância usada nas vidrarias. Depois que o tipo de sujidade for identificado e qual é a substância adequada para fazer sua remoção, basta seguir as etapas para fazer uma limpeza adequada.

Às vezes algumas vidrarias novas, que ainda não foram utilizadas, podem estar com suas paredes internas levemente alcalinas. Para resolver o problema, coloque-as de molho por algumas horas em solução ácida. Em seguida, faça o enxágue.

O primeiro passo para lavar vidrarias usadas é aplicar o detergente com pH adequado e, usando uma escova de cepilho, esfregar o material por dentro. Ao lavar frascos arredondados na base, dobre a ponta da escova para alcançar as paredes internas.

Se a vidraria ainda está com resíduos de sujidade, mesmo depois de esfregar com a escova e enxaguar, deixe-a de molho em solução com detergente para tirar a sujeira. O banho de imersão deve estar em temperatura ambiente ou morno e durar de 1h a 16h, que é o tempo suficiente para diluir os resíduos.

Fique atento para nunca deixar bolhas de ar quando colocar as vidrarias dentro do banho. Se ao terminar o processo você identificar manchas brancas nas paredes internas do vidro, o material não está totalmente limpo e precisa ser lavado de novo.

 

Processo de enxague

O mais importante ao enxaguar vidrarias não é o tanto de água usada, mas o número de repetições. O indicado é realizar o processo de 3 a 4 vezes usando água corrente, e mais 3 a 4 vezes usando água destilada.

Cada vidraria tem um formato diferente. Para o enxágue ser bem feito é preciso fazer o manuseio adequado do material. Resíduos de detergente podem causar contaminação cruzada e erros ao analisar outras amostras.

Vidrarias finas, como pipetas e bastões de vidro, devem ser agitadas durante todo o processo de enxágue. Dessa forma, tanto a água corrente quanto a destilada penetram bem o interior e eliminam os resíduos de sujidade e detergente.

Já utensílios como balões e Erlenmeyer são mais largos na base, então gire o bocal quando enxaguar com água corrente e destilada. Assim é possível alcançar toda a parede interna da vidraria.

 

Processo de secagem

O mais indicado é deixar as vidrarias lavadas secando em temperatura ambiente. Jamais use um material molhado ou úmido para fazer análises, pois os resultados serão afetados.

Se precisa trabalhar com o material na hora, existe a opção de usar a estufa. Mas fique atento às exceções: a recomendação é evitar vidrarias volumétricas, pois o vidro dilata e pode alterar a escala de medição. Para outros tipos, a orientação é colocar os utensílios quando a estufa ainda estiver fria. Lembre-se de não deixar ultrapassar 40°C e espere a câmara esfriar antes de retirar o material.

 

 

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Referências

CASTANHEIRA, A. C. Controle de Qualidade de Leite e Derivados. 1. ed. São Paulo: Cap-Lab, 2010. 269 p.

MANUAL da Química. Vidrarias de Laboratório. Goiânia, GO: Rede Omni, c2021. Acesso em: 30 set. 2021.

WEBINARS Analítica. Como melhorar a sua Lavagem de Vidrarias? São Paulo: Analítica, 2021. 1 video (1h29min). Acesso em: 29 set. 2021.

ANJOS, E. H. Limpeza de Vidrarias e Descarte de Resíduos. São Paulo: Eli Heber Anjos, 2020. 1 video (27 min). Acesso em: 28 set. 2021.

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Tudo o que você precisa saber sobre o uso de EPIs dentro do ambiente de laboratório

técnica de laboratório fazendo uso de EPIs para trabalhar

Depois que passamos pela pandemia de COVID-19, sabemos mais sobre os EPIs e sua importância na proteção dos trabalhadores da saúde. Dentro do ambiente de laboratório, no entanto, o uso desses equipamentos sempre foi necessário.

Quer entender o que são os EPIs, o que diz a lei brasileira sobre seu uso e quais são os principais equipamentos para se ter em laboratório? Neste artigo falamos tudo o que você precisa saber sobre o assunto!

 

 

O que são EPIs?

Equipamento de Proteção Individual (EPI) é qualquer produto que proteja o trabalhador ao fazer tarefas que coloquem sua segurança e saúde em risco. O uso desses equipamentos é obrigatório desde que a lei 6.514 da CLT foi aprovada, em 1977.

Em ambientes de trabalho que apresentem perigo ao bem-estar dos funcionários, a distribuição dos EPIs deve ser gratuita e para todos. Assim é possível evitar acidentes, riscos de contaminação e o contato direto com substâncias químicas.

Ou seja, qualquer empregador correto deve respeitar as regras de Segurança do Trabalho. Trata-se de um conjunto de medidas de prevenção garantidas pelo Governo Federal. Assim os colaboradores ficam protegidos e se reduz os custos com acidentes de trabalho, incluindo gastos com processos judiciais.

 

O que a lei brasileira diz sobre o uso de EPIs em laboratório?

A Norma Regulamentadora Nº 6, que foi publicada em junho de 1978, define quais são as obrigações dos empregadores, funcionários e fornecedores no que diz respeito ao uso e venda dos EPIs.

De acordo com a norma, são autorizados para uso apenas equipamentos que tenham um Certificado de Aprovação. Esse documento é feito pelo Ministério do Trabalho e garante que o produto está de acordo com as regras de proteção. Para fins de identificação, todos os EPIs devem ter o número do lote de fabricação.

Acima de tudo, é dever do empregador garantir todos os EPIs necessários a seus funcionários. Os produtos devem estar em perfeito estado e prontos para uso, assim como a entrega deve ser registrada. O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) é quem faz a lista dos equipamentos que serão distribuídos.

Além disso, também cabe à empresa exigir o uso dos produtos durante o horário de trabalho. O ideal é realizar treinamentos para reforçar a importância dos EPIs e fazer a substituição de qualquer equipamento que seja perdido ou sofra danos. A limpeza e manutenção dos produtos deve ser feita de tempos em tempos, para seguir a norma de proteção aos usuários.

Da mesma forma, é papel do funcionário se preocupar em sempre usar os EPIs quando desempenhar funções que apresentem risco a sua saúde e segurança, bem como se responsabilizar pela guarda e conservação. Se acontecer de algum EPI se tornar impróprio para uso, o colaborador deve informar o problema ao empregador.

 

Quais são as penalidades quando não se usa EPIs?

Se a norma não for cumprida, contudo, a empresa corre o risco de ser fechada. Também pode sofrer processos cíveis e trabalhistas, além de estar sujeita a multa. O valor da multa varia de acordo com o tipo de ocorrência.

O colaborador que não seguir as regras de uso dos EPIs pode levar advertências, ser suspenso e até mesmo ser demitido por justa causa.

 

LEIA TAMBÉM: Balanças de precisão: como surgiram e qual delas usar em seu laboratório

 

Quais são os principais EPIs para uso em laboratório?

Agora que sabemos o motivo do uso dos EPIs no ambiente de trabalho, veja quais são os equipamentos certos para garantir a segurança dentro do laboratório.

 

Jaleco

Dentro do laboratório os técnicos costumam trabalhar em bancadas altas, que estão na altura do tronco. Tudo pode acontecer, inclusive respingos e derramamento de amostras. O uso do jaleco serve para impedir o contato de fluídos químicos com a pele, evitando assim que sejam absorvidos.

A orientação padrão é que os jalecos sejam de manga longa, para cobrir ao máximo os membros do técnico. É obrigatório que tenham elástico nos punhos, para proteger os braços por inteiro. O material deve ser resistente, não-inflamável e impermeável. Os jalecos feitos de algodão ou fibra sintética são os mais usados.

O jaleco deve estar sempre fechado durante o trabalho no laboratório. Os botões devem ser de pressão ou de velcro, assim basta um puxão para abrir após o uso, já que o ato de desabotoar pode causar contaminação através das mãos. A indicação é que o jaleco não tenha bolsos, tanto superiores quanto inferiores.

 

Óculos de proteção

A região dos olhos é uma das partes mais sensíveis do nosso corpo. Está sempre exposta ao ambiente, ainda mais no laboratório, onde se mexe com substâncias tóxicas e materiais que soltam partículas. Quando trabalhamos com produtos químicos, não usar óculos de proteção é um risco sério.

Existem vários tipos de óculos de proteção. O material e o formato variam conforme o trabalho que será desempenhado. No laboratório, o ideal é que o material dos óculos seja resistente a corrosões. O equipamento deve estar ajustado ao rosto do técnico, sem ficar apertado ou frouxo demais. A ideia é proteger a região dos olhos por completo.

 

Máscara

A pandemia de COVID-19 nos ensinou a importância das máscaras para a proteção de doenças respiratórias, que são transmitidas pelo ar. Do mesmo modo, há risco de inalação de vapores tóxicos e partículas de materiais dentro do ambiente de laboratório.

Há máscaras feitas de diversos materiais e em modelos diferentes, que podem ou não contar com filtros. Avalie o nível de proteção necessário para escolher a melhor para o uso. Quanto mais tóxicas forem as substâncias analisadas, maior deve ser a proteção que a máscara oferece. 

 

Luvas

Não tem como trabalhar em laboratório sem usar as mãos. Elas são o principal instrumento que os técnicos têm para mexer com equipamentos e analisar substâncias. Usar luvas é crucial para evitar que a pele entre em contato com soluções químicos.

Os tipos de luvas mais usados são:

 

Este post foi útil? Então dê uma olhada no site da Cap-Lab, onde você encontra mais informações e artigos para o seu laboratório! Entre em contato com o nosso Departamento de Vendas em vendas@cap-lab.com.br.

 

Referências

NORMA Regulamentadora Nº 6 (NR-6). Governo Federal, 2021. Acesso em: 21 set. 2021.

OLIVEIRA, A. F. Tudo o que você precisa saber sobre segurança do trabalho. Beecorp, 2021. Acesso em: 21 set. 2021.

EPI para uso em laboratório químico: quais são os principais. Volk do Brasil, 2020. Acesso em: 21 set. 2021.

LEI do uso de EPIs: entenda as penalidades para quem não cumpre. Volk do Brasil, 2019. Acesso em: 21 set. 2021.

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Balanças: como elas surgiram e qual delas você deve usar em seu laboratório

balança de precisão em uso

Acima de tudo, as balanças de precisão sempre tiveram o acerto como objetivo. É um instrumento indispensável para medir massa e peso, e também acompanha a evolução do ser humano há milênios. Marcou presença em mitos religiosos, no avanço das trocas comerciais e no desenvolvimento da tecnologia que conhecemos hoje.

Muito usadas na rotina do laboratório, as balanças de precisão servem para medir as amostras com detalhes. Há várias marcas e modelos, com modos diferentes de uso.

Está buscando por uma balança de precisão, mas não sabe qual comprar? Aqui está tudo o que você precisa saber para escolher o tipo certo, e de brinde entender o impacto deste equipamento na história da humanidade.

 

 

Uma breve história das balanças

Os indícios mais antigos de registro e uso das balanças remontam ao Antigo Egito, em aproximadamente 3000 a.C. A importância simbólica do instrumento para os egípcios era grande, como vemos no famoso mito da pesagem do coração dos mortos. Também era necessária para calcular o preço dos produtos que eram vendidos a outros povos.

Eventualmente, as trocas do mercado ajudaram a popularizar o uso da balança em várias civilizações antigas, chamando a atenção dos médicos com o passar do tempo. Sendo assim, as antigas farmácias passaram a receitar os remédios com informações de massa.

Por muitos anos a engenharia das balanças não teve grandes mudanças, até a tecnologia química ganhar mais seguidores no século XVI. Segundo os estudiosos da época, o uso das balanças era fundamental para os processos químicos e industriais. Assim era possível saber a quantidade exata dos materiais.

Por fim, à medida em que as leis da Física foram descobertas e a Química Analítica foi desenvolvida, os engenheiros passaram a construir balanças cada vez mais sensíveis. Até o final do século XIX o equipamento estava presente em todos os domínios da química.

Dessa forma, junto com a popularização da microanálise, método para avaliar substâncias em pequenas ou minúsculas quantidades, foi produzida a primeira balança analítica. Inventada pelo alemão Florenz Sartorius em 1870, era de dois pratos e tinha uma cabine de isolamento.

O modelo de prato único só foi criado em 1946, depois do fim da Segunda Guerra Mundial. O custo da produção aumentou, mas a pesagem ficou mais exata.

Como resultado, a revolução tecnológica trouxe as balanças eletrônicas e digitais. Sensíveis e fiéis ao material pesado, elas atualmente dominam o mercado e são usadas em laboratórios, indústrias, farmácias, consultórios médicos e outros lugares.

 

O que considerar antes de escolher uma balança para o seu laboratório?

Já falamos que o objetivo de qualquer análise de substâncias é o acerto. A intenção das balanças de laboratório é descobrir a massa das amostras, mesmo que sejam bem pequenas.

Portanto, deve-se levar em conta características importantes antes de se adquirir uma balança de precisão. Existem diferenças entre um modelo e outro, e os parâmetros que merecem mais atenção entre as balanças são:

Contudo, se você prefere testar a balança manualmente antes de usar, vale a pena adquirir um conjunto de pesos padrão para calibração. Assim você garante a medição exata dos resultados.

 

Os tipos de balança para laboratório

 

Balanças analíticas

Protegida por uma capela de isolamento em vidro, a balança analítica é uma das mais sensíveis no mercado. Sua resolução é de 0,0001g e trabalha com até 320g de capacidade, variando o fabricante.

Tem alta capacidade de leitura e o ideal é que seja utilizada em lugares fechados e remotos. A temperatura deve ser ambiente, sem correntes de ar ou vibrações. Isso evita que o resultado  das amostras seja alterado.

Se você procura atingir um alto grau de precisão nas suas análises, esse é o tipo de balança mais indicado. O modelo M214AIH da marca Bel possui calibração automática e estrutura com dupla caixa.

 

Balanças semi analíticas

A princípio, é comum que as pessoas se confundam com os modelos de balança semi analíticas. Algumas contam com capela de isolamento, outras não. Apesar da classificação ser a mesma, suas diferenças mudam o jeito de usar.

 

Com capela

Sua capacidade é de até 520g, variando o fabricante, e tem resolução de 0,001g. As balanças semi analíticas com capela de isolamento promovem uma experiência parecida com a das analíticas, só que lendo menos decimais.

É uma balança menos sensível que a analítica, mas deve ser igualmente utilizada em ambientes remotos. Assim não há perigo dos resultados sofrerem alterações.

O modelo S203H da marca Bel conta com capela circular de vidro. Também possui display LCD e calibração  automática. Já o modelo SJX323BR da Ohaus conta com capela de plástico e modos de aplicação variados.

 

Sem capela

Sua capacidade é de até 6200g, variando o fabricante, e tem resolução de 0,01g. As balanças semi analíticas sem capela são a melhor opção para quem trabalha com análises mais pesadas e menos objetivas.

O ambiente não costuma afetar a leitura das amostras, mas é indicado o uso de uma mesa anti vibratória para garantir a qualidade dos resultados.

O tamanho dos pratos varia entre os modelos disponíveis no mercado. O prato do modelo SJX6201BR da Ohaus tem 170×140 de tamanho. A vida útil da bateria é de 80 horas e leva 1 segundo para estabilizar. Já o modelo S2202H da marca Bel tem prato redondo com 130 de diâmetro e alimentação bivolt.

 

E agora, você está pronto para adquirir sua própria balança de precisão? Dê uma olhada no catálogo de produtos da Cap-Lab e escolha a sua!

 

Referências

AFONSO, J. C.; SILVA, R. M. Título: A evolução da balança analítica. Química Nova, São Paulo, v. 27, n. 6, p 1021-1027. 2004. Disponível em: http://static.sites.sbq.org.br/quimicanova.sbq.org.br/pdf/Vol27No6_1021_29-AG03221.pdf. Acesso em: 15 set. 2021.

ALBUQUERQUE, M. Uma história de peso. Notícias Magazine, 2019. Disponível em: https://www.noticiasmagazine.pt/2019/uma-historia-de-peso/historias/237594/. Acesso em: 15 set. 2021

MICROANÁLISE. Portalsaofrancisco.com.br, c2021. Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/quimica/microanalise. Acesso em: 15 set. 2021.

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Problemas na medição de pH? Confira 3 dicas úteis para não errar mais

phmetro em uso com eletrodo mergulhado na substância

Quem trabalha em laboratório de análises sabe: é preciso conhecer todos os detalhes das substâncias. Dessa forma, é possível assegurar a qualidade dos produtos comercializados, principalmente nos casos dos setores alimentício e farmacêutico. É aqui que a medição de pH ganha seu merecido destaque.

Definir se o pH da amostra é ácido, neutro ou alcalino é parte essencial desse processo. Sendo assim, não cometer erros durante a medição é crucial para evitar o retrabalho.

Cansou de falhas e imprecisões em suas análises? Saiba como realizar medições impecáveis com as técnicas que reunimos neste artigo, além de ganhar uma refrescada na memória sobre a importância do pH na constituição dos produtos. Vamos lá?

 

 

Aula de Química: afinal, o que é pH?

Antes de mais nada: você sabe o que é um átomo? Segundo o dicionário Oxford Languages, átomo é um “sistema energético estável, eletricamente neutro, que consiste em um núcleo denso carregado, envolvido por elétrons”.

Todo elemento químico é constituído por átomos, que ao se agruparem formam moléculas. Em suma, a fórmula molecular é o que ajuda a identificar qual é a composição de átomos de uma molécula em específico. Por exemplo, a fórmula da água: ela é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O).

Ou seja, quando “se quebra” a molécula da água libera quantidades iguais de íons H+ (hidrogênio) e OH- (hidroxila), o que faz dela uma substância neutra. Do mesmo modo, a dissociação não ocorre apenas com a água: as moléculas dos ácidos e das bases também podem “se quebrar”.

Desse modo, se uma substância, quando está em contato com o meio aquoso, libera mais íons H+ do que OH-, ela é classificada como ácida. Similarmente o contrário também ocorre: se são liberados mais íons OH-, a substância é considerada básica ou alcalina.

Em conclusão, a escala de pH é a medição do potencial de hidrogênio: vai de 0 a 14, com o 7 considerado neutro (a água é usada como referência). Quanto maior o potencial de hidrogênio, mais ácida é a substância (em tons que vão de amarelo ao vermelho). Quanto menor o potencial de hidrogênio, mais básica/alcalina é a substância (em tons que vão de verde ao roxo). Veja na imagem abaixo:

 

escala de ph indo de 0 a 14

 

Como fazer a medição do pH?

É possível saber qual é o pH exato de uma substância utilizando um pHmetro, equipamento que mede o potencial de hidrogênio. Foi inventado em 1934 pelo químico estadunidense Arnold Orville Beckman.

Acima de tudo, o que proporciona a mágica da medição é o eletrodo. Conectado a um circuito potenciômetro, ele produz milivolts quando submerso na amostra, ao passo que são convertidos em unidades de pH depois. Para ter resultados mais precisos é necessário calibrar o eletrodo antes de usar o pHmetro.

demonstrativo de eletrodo de vidro

 

Por fim, para analisar a amostra, a ponta do eletrodo deve ser imersa completamente na substância, ultrapassando a ponte salina e atingindo o corpo de vidro seco. É possível inserir todo o eletrodo na amostra, se preciso, sempre respeitando o nível máximo apontado no manual do produto.

 

3 dicas para não errar as medições de pH

Agora que esclarecemos a importância do pH e como o eletrodo é o responsável pela medição, seguem nossas dicas para a conservação e utilização do equipamento. Como resultado, você não terá mais problemas ao usar o pHmetro e garantirá medições precisas, sobretudo eliminando o retrabalho. Dê uma olhada abaixo:

 

1. Cuide bem do seu eletrodo

Conforme o esclarecido nos parágrafos anteriores, o eletrodo é a parte mais importante do processo de medição. É o componente que lê os resultados do pH.  Suas camadas hidratadas são sensíveis e precisam de muito cuidado durante o manuseio e armazenamento. Desde já, tome notas para manter a saúde do seu eletrodo:

 

2. Use o tipo certo de eletrodo para cada medição de pH

Por vezes, dependendo da substância que terá o pH medido, é preciso usar outro tipo de eletrodo. Há três tipos disponíveis no mercado, cada um com suas diferenças:

Portanto, não desperdice tempo e garanta a medição objetiva da sua análise escolhendo o eletrodo adequado.

 

3. Faça a calibração na frequência correta

É necessário calibrar o pHmetro antes de realizar qualquer medição, para garantir a leitura precisa do nível de pH da substância analisada. A calibração determina a inclinação e o deslocamento do eletrodo e registra as informações no indicador do equipamento.

O ideal é calibrar o pHmetro todos os dias. Se não for possível, há a opção de realizar o procedimento duas vezes por semana. Desse jeito você otimiza o tempo para realizar medições mais rápidas. Quanto maior a frequência de calibração, mais precisa é a medição do equipamento.

 

Este post foi útil? Então dê uma olhada no site da Cap-Lab, onde você encontra mais informações e artigos para laboratório! Entre em contato com o nosso Departamento de Vendas em vendas@cap-lab.com.br.

 

Referências

TOP 10 Erros na Medição de pH. Hanna Instruments, 2019. Disponível em: https://hannainst.com.br/top-10-erros-na-medicao-de-ph/. Acesso em: 22 set. 2021.

CONCEITO de pH. Manual da Química, c2021. Disponível em: https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/conceito-ph.htm. Acesso em: 23 set. 2021.

COMO o pHmetro foi inventado?. Clube da Química, c2021. Disponível em: https://clubedaquimica.com/2021/03/28/como-o-phmetro-foi-inventado/. Acesso em: 23 set. 2021.

POR QUE a Química me interessa?. Introdução às Bases, ácidos e escala de pH. Youtube, 11 jan. 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QeqiRHJpY0s. Acesso em: 23 set. 2021.

COLTEC Tube. #Química – Medindo pH com pHmetro. Youtube, 23 out. 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=zosqquhAQx0A. Acesso em: 24 set. 2021.